Elas nos inspiraram em 2022
Mulheridades que entusiasmam e constroem o feminismo no Brasil
Em 2022 o Portal Catarinas dialogou com centenas de mulheres (cis e trans) e travestis que estão na luta por nossos direitos. Também relembramos a vida daquelas que se foram, a exemplo das gigantes Elza Soares, Gal Costa e Hebe de Bonafini.
Para nós, já é tradição celebrar essas agentes de mudança, que se destacam na arena pública pelo caráter político de suas atuações. Em 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, listamos as companheiras cuja luta nos inspirou, criando memória da nossa resistência. Em 2022, seguiremos a experiência, listando 150 dessas personalidades.
A cada uma delas, a nossa admiração e o nosso muito obrigada.
Representante do Conselho Federal de Psicologia, ela foi uma das poucas pessoas a defender abertamente os direitos das meninas e mulheres durante uma audiência pública, realizada em junho deste ano, que discutiu a nova norma técnica sobre atendimento ao aborto legal do Ministério da Saúde.
Em entrevista ao Catarinas, ela abriu sua trajetória até se tornar a primeira reverenda travesti da América Latina.
Aline Marcone ganhou destaque no Catarinas por seu trabalho no cinema. Ela roteirizou “De Volta aos 15” para a Netflix, “Noturnos” para o Canal Brasil e “Manhãs de Setembro” para a Amazon Prime Video.
Alyne Pimentel (in memoriam)
Vinte anos após a morte de Alyne Pimentel e de seu bebê, vítimas de negligência médica, o Catarinas relembrou sua história em podcast.
Psicóloga, Amanda Kliemann atendeu a menina de Santa Catarina que teve seu direito ao aborto legal negado pela justiça catarinense e mostrou preocupação com a forma que a saúde mental da criança estava sendo abordada pelas autoridades – seu laudo psicológico sustenta o desejo da menina de interromper a gestação.
Advogada e co-coordenadora do projeto Cravinas (Clínica de Direitos Humanos e Direitos Sexuais e Reprodutivos da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília), ela se manifestou contra a abertura da CPI do Aborto.
No Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, 25 de novembro, a jornalista Ana Laura Baldo lançou o documentário “Eu Estou Aqui: A violência contra a mulher no período de pandemia”.
Ana Lodi, diretora-presidenta do Instituto Semear Diversidade, foi a primeira mulher do Brasil a ter um filho por inseminação artificial, com doadores anônimos, dentro de uma relação homoafetiva. Este ano, ela contou essa história ao Catarinas.
A artista plástica Ana Terra Vignes é a criadora do Projeto Ecoa – Recortando a Dor, exposição virtual que este ano fez provocações ao público por meio do compilado de agressões verbais que integram o cotidiano da maioria das mulheres.
Ana Thaís Matos foi comentarista da Globo na Copa do Catar, quebrando a tradição machista da emissora.
A antropóloga Anahi Guedes, de Santa Catarina, foi uma das supervisoras do primeiro LesboCenso do mundo, publicado este ano.
Este ano, quando a Prefeitura de Florianópolis ofereceu um terreno impróprio para a Casa de Passagem Indígena, a Procuradora da República saiu em defesa dos direitos dos povos originários.
Anastácia (in memoriam)
Anastácia é cultuada como santa na Irmandade do Rosário, popular entre os escravizados. Resgatamos sua história de luta contra a escravidão.
Andrielli Amanda dos Santos teve sua bebê arrancada de seus braços ainda na maternidade pelo Conselho Tutelar, mas não se calou: lutou para reorganizar a sua vida e recuperar o direito de maternar.
A escritora lésbica teve sua obra “Um útero é do tamanho de um punho” indicada pelo Catarinas.
A história de Anicely Santos e Elis Lages é marcada pela luta por um cristianismo mais amoroso, plural e acolhedor para as pessoas LGBTQIA+. Casadas, as duas se aproximaram construindo o Movimento Negro Evangélico de Pernambuco, criado em 2017. Ambas foram entrevistadas da terceira temporada do Narrando Utopias.
Diretora executiva do Instituto Marielle Franco, este ano Anielle Franco foi convidada a discutir políticas para mulheres na equipe de transição de Lula.
A atriz que protagonizou “Alice Júnior” oferece representatividade a mulheres trans no cinema. Este ano, foi nossa entrevistada.
Anne Sullivan (in memoriam)
Ficou conhecida por ter sido professora de Helen Keller, a quem ensinou LIBRAS por meio do tato. Relembramos sua luta anticapacitista.
Coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública (Nudem) de Santa Catarina, ela se posicionou contra a CPI do Aborto.
A escritora francesa, que em sua obra fala abertamente sobre assuntos como estupro e aborto, foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura 2022
Em sessão na Câmara Federal, a parlamentar se manifestou contra o Estatuto do Nascituro.
Este ano, o movimento foi resistência contra o retrocesso no acesso ao aborto legal nos Estados Unidos.
Mulher negra, mãe solo, vítima de violência doméstica e microempreendedora, ela foi a única pessoa negra a concorrer, em uma chapa majoritária, à cadeira de vice-governadora de Santa Catarina, pela Frente Democrática.
A ativista saiu em defesa dos direitos das pessoas trans, após a polêmica em torno do termo “pessoas que menstruam”.
Junto com Paula Guimarães e Tatiana Dias, a jornalista do Intercept Brasil assinou a reportagem mais impactante do ano do Catarinas: “Suportaria mais um pouquinho?”.
Carla Ayres (PT) foi a primeira vereadora lésbica a assumir um mandato em Florianópolis, em 2020. Em 2022, disputou uma cadeira na Câmara Federal.
Carla Cristina Antunes ficou desempregada durante a pandemia e começou a morar na ocupação Anita Garibaldi, a três ou quatro dias da tomada do edifício. Contamos essa história no Catarinas.
Codeputada das Juntas (PSOL/PE), primeira mandata coletiva feminista antirracista e popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ela é engajada na descriminalização do aborto e foi entrevista ao longo do ano pelo Catarinas.
Carolina Maria de Jesus (in memoriam)
Mulher preta, pobre e favelada, Carolina Maria de Jesus foi uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos. Ela é autora do clássico “Quarto de despejo”. Sua trajetória foi resgatada pela nossa redação.
Doutora em educação e professora associada à Universidade de Brasília, Catarina de Almeida Santos saiu contra o Escola Sem Partido, em entrevista ao Catarinas.
Movimento formado por mais de 90 organizações que lutou pela eliminação do crime de aborto do Código Penal colombiano.
Célia Nunes Correa, também conhecida como Célia Xakriabá, é uma professora ativista indígena do povo Xakriabá. Ela é a primeira indígena a representar Minas Gerais no Congresso Nacional, onde atuará a partir de fevereiro de 2023.
A autora, que teve sua obra indicada pelo Catarinas ao longo do ano, escreve sobre feminismo, antirracismo e ancestralidade.
Cinthia Creatini da Rocha, Vanessa Rosa Gasparelo e Valeska Bittencourt
O trio dirigiu coletivamente o documentário “Pele Negra, Justiça Branca”, lançado este ano, que trata do caso de adoção compulsória das filhas de Gracinha.
Diretora, editora e produtora catarinense. Seu curta “Qual queijo você quer?” recebeu dezenas de prêmios no Brasil e no exterior, e foi indicado pelo Catarinas.
Professora de história no Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina, ela escreveu para o Catarinas sobre sua luta pelo resgate e pela valorização da história dos povos originários no estado.
Daniela Corrêa Jacques Brauner
Representando a Defensoria Pública da União, ela defendeu, em uma audiência pública, os direitos sexuais e reprodutivos das pessoas que gestam no Brasil.
Procuradora do Ministério Público Federal que recomendou ao hospital da Universidade Federal de Santa Catarina que fizesse o aborto na menina de 11 anos que teve seu direito violado pela justiça catarinense.
Pesquisadora e ativista reconhecida nacionalmente por sua luta pelos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil. Este ano, se posicionou contra a violação do direito da menina catarinense de 11 anos.
Jurista e ex-subprocuradora da República que estuda a fundo o aborto legal no Brasil. Foi nossa entrevistada.
Dorina Nowiil (in memoriam)
Especialista em educação para cegos, ela colaborou com a lei de integração escolar regulamentada em 1956. Relembramos sua luta anticapacitista.
Integrante engajada da Frente 8M Florianópolis, cuja atuação fez a diferença este ano.
Elaine Tavares é mestra em Comunicação Social e doutora em Serviço Social. Este ano, escreveu o artigo “O universo paralelo do fanatismo”, publicado no Catarinas.
Eleonora Pereira da Silva, 58 anos, teve seu filho assassinado em 2010 por dar continuidade ao seu trabalho com meninas que haviam sido exploradas sexualmente dentro do Ceasa-Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco, perto de sua comunidade Jardim São Paulo, em Recife. Depois de mais de vinte anos de luta pela dignidade das meninas, ela vive em estado de vulnerabilidade social e está desassistida do Programa Nacional de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos desde 2019. Contamos sua história no Catarinas.
Elza Soares (in memoriam)
Ícone na luta contra a violência de gênero, a cantora Elza Soares nos deixou este ano.
Enfermeira, doutora e pesquisadora em saúde pública, ela é engajada na luta antirracista e foi nossa entrevistada ao longo do ano.
Roteirista, diretora e pesquisadora, ela dirigiu o curta “Uma paciência selvagem me trouxe até aqui”, premiado no Festival de Sundance deste ano. Indicamos sua obra.
Fabiana Dal´Mas Paes é promotora de justiça do núcleo central do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento À Violência Doméstica (GEVID), de São Paulo, e tem uma longa carreira relacionada ao enfrentamento às violências de gênero na sociedade. Foi entrevistada pelo Catarinas.
Jornalista premiada e colunista do The Intercept Brasil, este ano Fabiana Moraes lançou o livro “A pauta é uma arma de combate”, que oferece reflexões para uma prática jornalística contra-hegemônica.
Fabíola Oliveira é pastora feminista e conecta inter-religiosidade e ancestralidade em sua experiência de fé na igreja evangélica e no candomblé. Ela foi uma das entrevistadas da terceira temporada do podcast Narrando Utopias.
Mulher negra com deficiência, Fernanda Vicari é assistente social, ativista pelos direitos das mulheres com deficiência, presidenta da Associação Gaúcha de Distrofia Muscular (AGADIM) e fundadora do Coletivo Feminista Helen Keller de Mulheres com Deficiência. Ela foi uma das entrevistadas da segunda temporada do podcast Narrando Utopias.
Em 2022, Francia Márquez se tornou a primeira mulher negra a chegar à vice-presidência da Colômbia, impulsionando o primeiro governo de esquerda da história do país.
Gal Costa (in memoriam)
A cantora que fez história na Tropicália brasileira, combatendo a ditadura, faleceu este ano.
Giovana Mondardo (PCdoB) é a vereadora mais jovem da história de Criciúma e resiste aos ataques desde o momento em que foi eleita, por se posicionar contra o bolsonarismo. Falamos de sua luta no Catarinas.
Diretora e produtora, ela ajudou a fundar a produtora Aroma Filmes, que lançou os longas “Café com canela”, “A ilha” e “Até o fim”. Indicamos seu trabalho ao longo do ano.
A bibliotecária Guilhermina Cunha, de Santa Catarina, foi uma das supervisoras do primeiro LesboCenso do mundo, publicado este ano.
Hala Faria é médica ginecologista engajada na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos de meninas e mulheres brasileiras. Foi nossa entrevistada sobre o tema.
Hebe de Bonafini (in memoriam)
Líder das Mães da Praça de Maio, organização que desde 1977 denuncia os desaparecimentos de opositores durante a ditadura na Argentina, ela morreu este ano.
Helen Keller (in memoriam)
Escritora, filósofa, socialista e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência. Sua trajetória foi resgatada pelo Catarinas este ano.
Professora da etnia Sateré-Mawé, Ingrid Silva de Assis é comunicadora e feminista empenhada no combate à cultura do estupro nas escolas, defensora dos direitos dos povos indígenas e dos direitos humanos.
Ingrid Limeira é advogada, conselheira tutelar e conselheira política da Ocupação Cultural Jeholu. Este ano, ela participou do ciclo de debates sobre racismo religioso organizado pelo Catarinas.
Freira, filósofa, teóloga e uma das fundadoras das Católicas pelo Direito de Decidir, Ivone Gebara é ativista pela descriminalização do aborto. A honramos por isso.
Militante pelos direitos das pessoas com deficiência, Izabel Maior foi a primeira PcD a assumir a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Relembramos sua luta anticapacitista.
Este ano, Jane Campion se tornou a terceira mulher na história do Oscar a receber o prêmio de Melhor Direção.
Abertamente feminista, Janja ganhou destaque na campanha de seu marido, Lula, presidente eleito do Brasil.
Indicada por mais de cem mulheres feministas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e diferentes representações do movimento negro para compor a chapa vencedora das eleições na universidade, a vice-reitora eleita Joana Célia dos Passos traz consigo uma história de dedicação à educação, ao feminismo e ao antirracismo.
Militante feminista, Joluzia Batista integra a Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea). Este ano, lutou incansavelmente por nossos direitos.
Júlia Andrade Ew é coordenadora estadual do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas e presidenta da Unidade Popular (UP) em Santa Catarina. Este ano, foi candidata a deputada no estado.
Jornalista investigativa premiada, Juliana Dal Piva foi ameaçada pelo advogado de Bolsonaro. Este ano, contamos sua história no Catarinas.
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Uma das coordenadoras do Movimento de Mulheres Olga Benário. No Catarinas, contamos que ela ocupou uma casa abandonada no Centro de Florianópolis com o intuito de transformá-la em uma casa de referência no acolhimento psicológico, jurídico e social para as mulheres vítimas de violência.
Juliana Mittelbach é enfermeira e trabalha no Hospital das Clínicas do Paraná, atendendo pacientes com câncer. É doutoranda em Saúde Pública na Fiocruz e estuda saúde da mulher com foco em mulheres negras. Foi nossa entrevistada.
Diretora do documentário “Racionais: das ruas de São Paulo pro mundo”, indicado pelo Catarinas ao longo do ano.
Juliette Gordon Low (in memoriam)
Criou as Escoteiras dos Estados Unidos, em 1912, com o objetivo de criar um ambiente inclusivo onde meninas pudessem fazer treinamentos de sobrevivência e trabalhos em equipe. Relembramos sua luta anticapacitista.
Kátia Brasil é editora-executiva da Amazônia Real, veículo jornalístico que tem um importante papel na defesa dos povos indígenas na região. Este ano, foi homenageada pelo Prêmio Vladimir Herzog.
Liderança indígena do povo Guarani, Kerexu Yxapyry foi candidata a deputada federal em Santa Catarina e compôs o grupo de transição do governo Lula.
Ex-assessora de Marielle Franco, a mulher trans/travesti, escritora e comunicadora feminista Lana de Holanda estreou como colunista do Catarinas este ano.
Laura Molinari é coordenadora da Campanha Nem Presa Nem Morta por Aborto e lutou incansavelmente por nossos direitos este ano.
Laureane Lima Costa é psicóloga, consultora em Educação Sexual e mestra em Educação pela Universidade Federal de Jataí. Ela foi uma das quatro mulheres com deficiência entrevistadas para a segunda temporada do Narrando Utopias.
Uma das maiores sambistas do país, Leci Brandão foi reeleita para o seu quarto mandato como deputada estadual de São Paulo, em defesa da cultura, da educação e da democracia brasileira.
Letícia Carolina Nascimento é mulher travesti, negra e gorda, ativista do Acolhe Trans e do Forúm Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans). Atualmente é pesquisadora e docente da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Este ano, falou de transfeminismo para o Catarinas.
Lia Manso é coordenadora de projetos da ONG Criola, advogada e mestra em Direitos Humanos. Foi entrevistada pelo Catarinas.
Lia Zanotta Machado é antropóloga e faz parte da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. “Toda exigência e imposição sobre mulheres e meninas estupradas configura imposição após uma tragédia e nova violação ou tortura”, disse em uma audiência que discutiu o aborto legal.
Lilian Conceição da Silva utiliza a teologia feminista negra para enegrecer as narrativas sobre o sagrado. Ela foi entrevistada da terceira temporada do Narrando Utopias.
Lívia Reis é especialista em Ciências Criminais, feminista, abolicionista penal e produtora de conteúdo no perfil @liv.re_. Este ano, escreveu para o Catarinas.
Professora e blogueira feminista, ela nomeia a lei brasileira contra misoginia na internet. Foi entrevista pelo Catarinas.
Lúcia Xavier é coordenadora da ONG Criola e atua na defesa dos direitos das pessoas negras. Foi entrevistada pelo Catarinas.
Luciana Panke é líder do Grupo de Pesquisa Comunicação Eleitoral (CEL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e autora do livro Campanhas Eleitorais para Mulheres. Foi entrevistada pelo Catarinas.
Lusmarina Campos García é teóloga e pastora luterana e pesquisadora de direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela assina a carta enviada por defensoras de direitos humanos e ativistas feministas a Lula.
Isabel Cristina Ribeiro Rosa, a Mãe Cristina, é fundadora da premiada Associação Ojinjé, que dissemina as tradições de matriz africana em Navegantes, litoral norte de Santa Catarina, por meio do trabalho social, da arte e da comida. Ela foi uma das entrevistadas do podcast Alimentação Ancestral.
ONG com intensa atuação nas redes sociais que se tornou referência na defesa dos direitos da população LGBTQIA+. Honramos esta luta no Catarinas.
Margareth Menezes
Cantora negra engajada na luta antirracista, ela foi nomeada Ministra da Cultura por Lula.
Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e vice-presidente nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família, ela analisou, a pedido do Catarinas e do Intercept, as imagens da audiência em que uma criança catarinense de 11 anos, grávida após um estupro, foi interrogada pela juíza Joana Zimmer, que negou seu direito ao aborto.
A nadadora fez história nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, quando subiu ao pódio cinco vezes – três delas para receber o ouro. Falamos de sua luta anticapacitista.
Maria da Penha é símbolo no combate à violência contra a mulher e dá nome à lei brasileira que trata do tema. Este ano, relembramos sua luta.
Professora que foi injustamente demitida da Faculdade Ielusc, em Joinville, após criticar o bolsonarismo.
Maria Firmina dos Reis (in memoriam)
Primeira mulher a escrever um romance no Brasil e primeira autora negra da nossa literatura. Em 2022, comemoramos os 200 anos de seu nascimento.
Líder comunitária que dedicou 36 anos de sua vida pela regularização e urbanização da Serrinha, no Maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis. Contamos sua história no Catarinas.
Feminista cuja obra se tornou um marco para os estudos de gênero e colonialidade. Falamos de sua obra no Catarinas.
Maria Lutterbach
Diretora do documentário ‘Verde-Esperanza’, lançado este ano, que narra a discussão sobre a descriminalização do aborto na América Latina.
Vereadora e presidenta do PT em São Miguel do Oeste, ela sofreu ataques após denunciar ao Ministério Público o vídeo onde manifestantes fazem a saudação nazista “Sieg Heil”. Contamos o caso este ano no Catarinas.
Advogada que assina a representação ao Ministério Público Federal contra a CPI do Aborto.
Mariana Rosa é integrante do Coletivo Feminista Helen Keller de Mulheres com Deficiência e atua como ativista pelos direitos das pessoas com deficiência e pelos direitos humanos. Ela foi entrevista na segunda temporada do podcast Narrando Utopias.
Marielle Franco (in memoriam)
A vereadora que é símbolo na luta pelos direitos humanos no Brasil, assassinada em 2018. Este ano, ela ganhou uma estátua no centro do Rio de Janeiro.
Autora lésbica e doutora em antropologia social, cuja obra foi indicada pelo Catarinas ao longo do ano.
Doutora em saúde coletiva cujo foco de pesquisa o aborto legal no Brasil. Em entrevista, falou ao Catarinas sobre a oferta do aborto em Santa Catarina.
Médica do Hospital Universitário da UFSC que recomendou a interrupção da gestação da menina catarinense de 11 anos, alegando riscos como anemia grave, pré-eclâmpsia, maior chance de hemorragias e até histerectomia – a retirada do útero, consequência irreversível.
Historiadora e professora, atualmente aposentada do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Marlene de Fáveri tem uma trajetória reconhecida nos estudos de gênero e feminismo. Este ano, publicou várias vezes no Catarinas.
Única vereadora da Câmara e primeira mulher negra eleita na história de Brusque (SC), este ano ela sofreu um processo de cassação do seu mandato por exigir uma investigação sobre o mau uso do dinheiro público na gestão do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) do município.
Vítima de violência doméstica, Marta de Lara se reergueu e resiste na ocupação Anita Garibaldi. Contamos sua história no Catarinas.
Melania Amorim é ginecologista obstetra, integrante da Global Doctors for Choice e fundadora e diretora da Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras (Brasil). Foi nossa entrevistada ao longo do ano.
Ativista ligada à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Falou ao Catarinas sobre a morte do congolês Moïse Kabagambe.
Artista que deu vida à exposição Mudanças, em 2022, refletindo sobre o papel social da mulher.
Defensora que faz parte do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Gerais. Sua participação na audiência pública sobre aborto legal, realizada em julho, foi registrada pelo Catarinas.
Pesquisadora com foco em gênero e sexualidade e assistente de comunicação e pesquisa no Observatório de Sexualidade e Política/Sexuality Policy Watch (SPW), ela escreveu o tópico sobre o “politicamente correto” em um dicionário político lançado este ano pelo projeto.
Escritora lésbica e autora de Amora, livro que traz narrativas de mulheres que amam mulheres. Sua obra foi indicada este ano pelo Catarinas.
Militante pelos direitos das transexuais e travestis. Sua luta pelo direito ao nome foi destaque no Catarinas.
A agricultora integrante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC/SC) fez uma análise sobre o chamado “PL do veneno”, denunciando as consequências do uso indiscriminado de agrotóxicos e pesticidas para a saúde e alimentação.
Preocupada com a constante violação dos direitos das crianças e o risco de violências, a jornalista Patricia Almeida fez para a filha, uma menina com síndrome de down, um livro com linguagem simples e imagens autoexplicativas. O livro fez sucesso entre educadores e deu origem ao projeto “Eu me protejo”, que atualmente conta com mais de 50 pessoas engajadas e ensina crianças a se protegerem contra o abuso sexual através de vídeos animados, cartilha ilustrada e jogos. Contamos essa história no Catarinas.
A primeira narradora a participar da transmissão da Copa na TV aberta brasileira.
Importante escritora feminista “cancelada” no Brasil após inaugurar a discussão sobre cotas raciais na Universidade de Brasília. Este ano, ela foi convidada da FLIP.
A estudante Rosa Maria Miranda, de apenas 14 anos, se tornou destaque em Santa Catarina após mapear sete possíveis asteroides, através do programa International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa.
Integrante da Católicas pelo Direito de Decidir que defende o direito ao aborto. Honramos sua trajetória no Catarinas.
Escritora lésbica, autora de “Tudo nela brilha e queima: poemas de luta e amor”. Sua obra foi indicada pelo Catarinas este ano.
Deputada federal que ganhou destaque este ano por sua luta a favor da descriminalização do aborto no Brasil.
Advogada e co-coordenadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher. Foi nossa entrevistada.
Silvana Maria Pereira trabalhou como enfermeira no Hospital Universitário entre 1985 e 2018, fazendo parte da implantação do serviço de aborto legal em Santa Catarina. Foi nossa entrevistada este ano.
Antropóloga e doutoranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo e integrante da Rede de Mulheres Negras Evangélicas, Simony dos Anjos escreveu um artigo brilhante sobre o caso da menina catarinense de 11 anos que teve seu direito de abortar violado.
Soraia Mendes é jurista, doutora em Direito, Estado e Constituição com pós-doutorado em Teorias Jurídicas Contemporâneas, mestra em Ciência Política, com atuação e obras reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal e pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Este ano se tornou colunista do Catarinas.
Filósofa e escritora, Sueli Carneiro é uma das principais ativistas do movimento de mulheres negras brasileiro. Este ano, ela concedeu uma entrevista histórica a Mano Brown.
Sueli Maxakali é uma cineasta indígena, liderança dos Tikmũ’ũn. Este ano, sua obra foi indicada pelo Catarinas.
As sufragistas brasileiras também ganharam destaque no portal, em função dos 90 anos do voto feminino.
Tabata Tesser é socióloga, mestra em Ciência da Religião pela PUC/SP e católica feminista. Este ano, ela escreveu um artigo convidando as mulheres cristãs a darem um basta em Bolsonaro. O texto foi publicado no Catarinas.
Talíria Petrone é professora, política e ativista. Na Câmara dos Deputados, atuou diversas vezes em 2022 em favor dos direitos das mulheres.
Junto com Paula Guimarães e Bruna de Lara, a jornalista do Intercept Brasil assinou a reportagem mais impactante do ano do Catarinas: “Suportaria mais um pouquinho?”.
Tatiana Nascimento é uma escritora negra e lésbica. Sua obra foi indicada pelo Catarinas este ano.
Thays Bieberbach (PT) foi resistência contra o conservadorismo na Câmara dos Vereadores de União da Vitória.
Através da educação, do samba e da fé, Uda Gonzaga transformou o morro do Monte Serrat. Sua história foi contada na série Mulheres do Morro.
Vanda Pinedo (PT) é militante do Movimento Negro Unificado de Santa Catarina e este ano foi candidata a deputada estadual pelo coletivo Nossa Força, Nossa Voz.
Vera Baroni, Iyabassé do Ilê Obá Aganju Okoloyá, integrante da Coordenação Executiva Colegiada da Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco e Coordenação da Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco, falou de racismo religioso em um ciclo de debates promovido pelo Catarinas.
Vera Farias falou ao Catarinas sobre a experiência de ter uma filha com deficiência. “Mães solos são aquelas que, mesmo com os maridos dentro de casa, fazem tudo sozinhas.”
Candidata à presidência do Brasil em 2022, Vera Lúcia foi a única a defender a legalização do aborto.
Vitória Bernardes foi vítima de uma bala perdida aos 16 anos de idade e, a partir daí, passou a precisar de cuidados específicos. Em entrevista ao Narrando Utopias, ela falou de sua militância pelo controle de armas.
Viviane Ferreira é uma cineasta negra brasileira que dirigiu e roteirizou diversos curtas, longas e videoclipes. Seu trabalho foi indicado pelo Catarinas.
Pastora da igreja Cristão de Brasília e membra do Movimento de Mulheres Evangélicas do Brasil, Wall Moraes defende a descriminalização do aborto. Honramos sua trajetória em uma publicação no Catarinas.
Xica Manicongo (in memoriam)
Xica Manicongo é considerada a primeira travesti brasileira. Este ano, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou um projeto de lei que dá seu nome a uma rua da cidade.
Dirigiu o curta-metragem Kbela, que traça de maneira poética o papel do cabelo na identidade das mulheres negras, desde as tentativas de embranquecimento até a conexão com a ancestralidade. Seu trabalho foi indicado pelo Catarinas.