2019 foi um ano atípico que exigiu de nós feministas, mulheres dos movimentos sociais, pesquisadoras da academia, atuantes em várias áreas profissionais, fôlego e disposição além do habitual para fazer frente à tirania de um Governo Federal, expoente do fanatismo patriarcal militante que ultrapassa as fronteiras do país.

A conjuntura política de ataque aos direitos fundamentais e humanos, no entanto, é marcada pela ambivalência de uma crescente participação das mulheres em espaços públicos, movimento sociais, nas mais variadas frentes de conhecimento, poder e decisão.

Neste contexto de permanente resistência do patriarcado aos movimentos de justiça social como o feminismo, todo passo na ampliação da representatividade feminina legitima a importância da mobilização social por equidade.

Isso porque cada uma que nós que persiste motiva outras a estarem de pé, firmes na visão de que não há superioridade entre os sexos, mas, sim, obstáculos históricos naturalizados pelos papéis desiguais atribuídos a homens e mulheres.

Em 2017 e 2018 já listamos as mulheres que nos inspiraram, como uma forma de nos lembrar que #somosmuitas (em quantidade e diversidade) e podemos (e devemos!) valorizar e inspirar umas às outras.

A ideia deste catálogo de mulheres que nos inspiraram em 2019 é que possamos reconhecer umas às outras como pontos de apoio, de influência, com admiração e entusiasmo.

Uma forma de lembrarmos que não estamos sozinhas, que se nos organizarmos, nos fortalecemos e podemos mudar o mundo – com gestos grandes e pequenos – se estivermos juntas!

Aos ataques às nossas existências, lutas e conhecimento respondemos com novas maneiras de pensar o cotidiano, nossas relações de afeto e profissionais, e a sociedade, pactuadas pelo senso de justiça e solidariedade.

#SomosMuitasNaResistência

MAS, INSPIRADORAS EM QUE SENTIDO?

As mulheres aqui listadas nos inspiraram e nos representaram de alguma forma durante o ano – muitas vezes longe dos holofotes e da grande mídia.

Assim como nos anos anteriores, a lista de Mulheres que nos Inspiraram em 2019 não segue nenhum critério de organização, favoritismo e, de forma nenhuma, é uma lista comparativa ou de competição.

Por isso, fique à vontade para deixar seu comentário ao fim do texto contando quem te inspirou! 🙂

#1 Adriana Guzman Arroyo, integrante da Revista Marea, Bolívia, denuncia o golpe de Estado.

#2 Alessandra Mawu Defendi Oliveira mulher travesti, membra da Associação de Travestis e Mulheres Transexuais de Foz do Iguaçu – Casa de Malhu, Promotora Legal Popular da Fronteira Trinacional e estudante de Antropologia pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

#3 Alexandria Ocasio-Cortez, ativista e organizadora comunitária dos Estados Unidos, expoente da ala esquerda do Partido Democrata é deputada na Câmara dos dos Estados Unidos por Nova Iorque. Defensora do impeachment de Trump, tem sido uma voz a denunciar a tirania do governo.

#4 Aline Salles representante do Movimento Nacional da População de Rua.

#5 Amelinha Teles  diretora da União de Mulheres de São Paulo, coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares, integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e é assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. Militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi presa em 1972. Levada à Operação Bandeirantes (Oban), foi submetida a sessões de torturas pelo major do exército Carlos Alberto Brilhante Ustra.

#6 Ana Paula da Silva, a Paulinha, deputada estadual (PDT) que tomou posse na Alesc e foi o assunto mais comentado sobre o evento nas redes sociais pelo uso de um vestido decotado.

#7 Anahi Guedes de Mello, antropóloga, doutora em Antropologia Social da UFSC, atua nos movimentos sociais de pessoas com deficiência e LGBTI+.

#8 Andréia de Lima, presidenta da Usina de Ideias, moradora da favela do Parolin, em Curitiba (PR), promotora e defensora popular, transformadora social há 25 anos.

#9 Angela Davis, professora e filósofa socialista estadunidense que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras. Uma das mais importantes ativistas do mundo, esteve no Brasil recententemente para lançar o livro Uma Autobiografia pela editora Boitempo.

 #10 Batalha das Mina, coletivo de rappers, majoritariamente negras, que se reúne semanalmente no centro de Florianópolis. Com uma poesia contemporânea, marginal e preta, microfonam o papo reto, dissonantes de quem percebe as desigualdades como parte da paisagem urbana.

#11 Benedita da Silva deputada federal (PT-RJ), ex-governadora do Rio de Janeiro, foi uma das parlamentares constituintes em 1988.

#12 Bianca Santana jornalista e pesquisadora escreveu e organizou o livro Vozes Insurgentes de Mulheres Negras, resgatando o importante papel de diversas personagens desde o século 18 até a primeira década da presente época.

#13 Camila Durães  violoncelista e pesquisadora, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas da UFSC, idealizadora da performance “Medusa enredada: como lembrar? Mas…como esquecer?”. A apresentação instrumental e cênica tem como pano de fundo uma releitura feminista de Medusa, personagem da mitologia grega representativa da culpabilização da vítima de violência sexual.

#14 Carla Ayres – pesquisadora e ativista dos direitos LGBTI+, assumiu como vereadora suplente em Florianópolis durante o mandato de Lino Peres (PT).

#15 Carla Gisele Batista, ativista e autora do livro Ação Feminista em Defesa da Legalização do Aborto.

#16 Cauane Maia doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC, mestra em Antropologia Social pela mesma instituição, bacharel em administração e graduanda em ciências sociais. Colunista do Portal Catarinas e integrante do Cores de Aidê.

#17 Célia Xakriabá (MG) ou Célia Nunes Correa, do grupo Indígena Xakriabá, é professora indígena e ativista. Graduada em Formação Intercultural para Educadores Indígenas, Mestra em Desenvolvimento Sustentável, e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMG. Foi coordenadora na educação escolar indígena – Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais. Secretaria parlamentar da deputada federal Áurea Carolina.

#18 Chimamanda Ngozi Adichie feminista e escritora nigeriana. É reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras de literatura feminista contemporânea.

#19 Clair Castilhos, farmacêutica-bioquímica, sanitarista, integrante da Casa da Mulher Catarina e da Rede Feminista de Saúde, professora aposentada do Departamento de Saúde Pública da UFSC.

#20 Coletivo Negras PTistas – sediado em SC é o primeiro coletivo de mulheres negras do partido no Brasil.

#21 Cores de Aidê bloco de percussão, canto e dança, formado por mais de 100 mulheres que no último carnaval levaram à avenida o enredo “Aidê Braço de Maré forças que abrem caminhos”, comparando a união das mulheres à força do mar.

#22 Cristina Scheibe Wolff, professora do Departamento de História da UFSC, integrante do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) mesma universidade.

#23 Conceição Evaristo romancista, contista e poeta, uma das maiores referências da literatura brasileira nas últimas gerações, é atuante na luta pela afirmação da identidade negra no país. Aos 73 anos, foi recentemente homenageada pelo prêmio Jabuti e condecorada cidadã honorária de São Paulo.

#24 Dandara Manoela cientista social, compositora e cantora, canta as vivências e existências das mulheres negras em seu primeiro álbum Retrato Falado. É integrante do bloco Cores de Aidê.

#25 Debora Diniz, antropóloga, professora da UNB e fundadora da Anis – Instituto de Bioética.

#26 Denise Carreira, coordenadora executiva da Ação Educativa, umas das três brasileiras que passaram a integrar a Rede Gulmakai do Fundo Malala em defesa da igualdade de gênero e de raça na educação. É educadora popular, mestre e doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP).

#27 Donas do Placar estudantes de Jornalismo da UFSC que integraram o projeto de extensão vinculado ao Núcleo de Radiojornalismo Esportivo. Por meio da web rádio, as estudantes narraram jogos da Copa do Mundo Feminino na França e divulgaram boletins diários sobre as seleções que disputaram o torneio.

#28 Eliane Brum, jornalista premiada com coluna no El País, atua principalmente em defesa do meio ambiente e da população indígena.

#29 Elisangela Palhano, ativista pelos direitos da população LGBTI+, ampliando o debate para a questão da discriminação racial.

#30 Emanuelle Goes, doutora em saúde pública e pesquisadora em direitos reprodutivos e saúde das mulheres negras, abordou o conceito de justiça reprodutiva, que amplia a visão dos direitos reprodutivos a partir da experiência das mulheres negras, as quais historicamente tiveram seus direitos violados, incluindo o direito à maternidade. Coordenadora do Programa de Saúde das Mulheres Negras e doutora em Saúde Pública.

#31 Eneida Desiree Salgado, professora da UFPR e idealizadora do Instituto Política por.de.para Mulheres.

#33 Erika Kokay psicóloga, bancária, sindicalista e deputada federal pelo PT-DF, tem sido uma voz atuante contra as forças conservadoras no parlamento.

#33 Erica Malunguinho da Silva (PSOL/SP) a primeira mulher transgênera eleita deputada estadual de SP.

#34 Francisca Márquez a menina chilena que aos 12 anos registrou em seu diário o cotidiano vivido em seu país após o 11 de setembro de 1973. Sua história ficou conhecida a partir do curta – metragem (2019). Um registro importante da memória chilena.

#35 Gabriela Rondon, advogada, pesquisadora e assessora jurídica da Anis – Instituto de Bioética.

#36  Grazielly Alessandra Baggenstoss doutora e mestra em Direito pela UFSC; doutoranda em Psicologia Social Crítica pela UFSC; professora de Direito e coordenadora do Lilith: Núcleo de Pesquisas em Direito e Feminismos – CNPq/UFSC; advogada integrante da Comissão de Direito Homoafetivo e de Gênero da OAB/SC.

#37 Greta Thunberg, ativista ambiental sueca eleita pela Revista Time como a personalidade de 2019.

#38 Iris Gonçalves Martins – advogada e ativista pelos direitos das mulheres, integra o movimento/fórum 8M em Santa Catarina.

#39 Janice Ferreira da Silva, a Preta Ferreira, publicitária e ativista na luta por moradia, foi encarcerada sob acusação de extorsão, sem comprovação judicial.

#40 Jessica Gustafson jornalista, pesquisadora e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, autora do livro “Jornalistas e feministas: a construção da perspectiva de gênero no jornalismo” que traz um estudo de caso sobre o Portal Catarinas.

#41 Joanna Búrigo mestre em Gênero, Mídia e Cultura (LSE), coordenadora Pedagógica da Emancipa Mulher e conselheira editorial do Portal Catarinas.  

#42 Joênia Wapichana deputada Federal (REDE-RR), pertence ao grupo indígena Wapichana, é advogada, a primeira mulher indígena a exercer a profissão no Brasil, e a primeira a conquistar um posto no legislativo federal (2019-2022).

#43 Joluzia Batista, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), tem atuado em várias iniciativas para conter os retrocessos no legislativo federal, em defesa dos direitos das mulheres, em especial direitos sexuais e reprodutivos.

#44 Juliana Ben, escritora, performer, produtora cultural, antropóloga, professora e uma das idealizadoras do Abrasabarca, coletivo de mulheres poetas. É também uma das responsáveis pelo 1º PIPA – Festival de Literatura, o primeiro festival dedicado à literatura na capital catarinense.

#45 Juliana Crispe, uma das curadoras da ação Mulher Artista Resiste, em parceria com Francine Goudel e Sandra Makowiecky, responsáveis também pela organização da 14 Bienal de Arte Contemporânea Internacional de Curitiba em Santa Catarina. Uma das idealizadoras do Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza e vencedora do prêmio Jovens Curadores da Bienal de Curitiba 2019.

#46 Juliana Monguilhott, presidenta da Associação Brasileira de Enfermeiras Obstetras, Neonatais e Obstetrizes (Abenfo/SC). Enfermeira obstétrica e uma das mobilizadoras do projeto Centro de Parto Normal em Florianópolis, Monguilhott é docente no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

#47 Kátia Brasil jornalista, cofundadora e editora-executiva da Agência Amazônia Real

#48 Katie Bouman jovem cientista responsável pela primeira imagem de um buraco negro.

#49 Katú Mirim rapper, atriz, mãe e ativista indígena LGBT da periferia.

#50 Kerexu Yxapyry Eunice Antunes (SC), Mbyá-Guarani, formada em Gestão Ambiental pela UFSC. Já foi “cacica” e mora na Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, em Palhoça. Foi candidata a deputada estadual pelo PSOL-SC. Com a pauta do ecofeminismo foi a primeira candidata Guarani para a Câmara Federal pelo PSOL.

#51 Lilián Celiberti ativista uruguaia que lutou contra a ditadura no seu país, integrante do Cotidiano Mujer, uma das organizadoras do seminário “Amenazas a la libertad de expresión en contextos de desinformación”, realizado na Universidad de La República, em 3 de maio de 2019.

#52 Lirous K’yo Fonseca Ávila atua com movimentos sociais desde 2004, DJ, assistente social pela UFSC (2016), coordenadora da ADEH – Associação em Defesa dos Direitos humanos, organização que acolhe a população LGBTI+ vítimas de violência oferecendo tratamento psicológico, social e jurídico gratuito.

#53 Lívia de Souza cientista política, mestre em Direito, doutoranda em Ciência Política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (NEPEM/UFMG).

#54 Lola Aronovich dá nome à lei que autoriza a PF a investigar misoginia na Internet. Aronovich tem dedicado seu ativismo a contestar e denunciar o pensamento masculinista, expressado principalmente por grupos de extrema-direita. Professora de Literatura Inglesa na Universidade Federal do Ceará (UFC).

#55 Luana Tolentino professora de história da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e autora do livro “Outra educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula”.

#56 Luciana de Freitas  professora de educação quilombola, atua no Projeto de Educação Comunitária Integrar e no EscutAção, grupo voltado a ouvir relatos de mulheres que sofrem violências, em especial aquelas que vivem nas ruas.

#56 Luciane Carminatti, deputada estadual de Santa Catarina pelo PT.

#57 Luiza Erundina de Sousa assistente social e política brasileira, filiada ao PSOL e atualmente deputada federal pelo estado de São Paulo.

#58 Lorena Cabnal feminista comunitária de Guatemala descendente dos povos mayas, defensora do território – corpo e território – terra.

#59 Maimouna Diallo nascida na Guiné, África, atua em favor das pessoas que vivem com o HIV/AIDS, como coordenadora da equipe comunitária do projeto do Médicos Sem Fronteiras, em Conakry. Já esteve à frente da Fundação Esperança Guiné (Fondation Espoir Guinée) e da Rede Guineana das Associações de Pessoas Vivendo com o HIV. É colunista do Portal Catarinas.

#60 Malala Yousafzai ativista paquistanesa que levou um tiro no rosto ao entrar em uma van escolar em 9 de outubro de 2012 quando tinha 15 anos pelo fato de defender o direito das meninas paquistanesas de estudar. Tornou-se a pessoa mais jovem a ganhar um prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos, em 2014, e criou o Malala Fund — organização internacional sem fins lucrativos que luta pela educação de meninas em vários países.

#61 Márcia Mura doutora em História Social pela USP, Márcia Nunes Maciel é conhecida no Movimento Indígena como Márcia Mura por integrar o Povo Mura da região Amazônica em Rondônia. É ativista contra o processo de colonização, desmatamento e queimadas no seringal.

#62 Márcia Tiburi, filósofa, autora de vários livros, exilada do Brasil por defender a democracia e o pensamento crítico aos grupos fascistas, hoje institucionalizados no Governo Federal.

#63 Margaridas que marcharam em defesa dos direitos das mulheres à não violência, e pela garantia de direitos sociais e bem viver no campo, na floresta e na águas.

#64 Maria da Penha Fernandes responsável pela Lei nº 11.340, popularmente conhecida como Maria da Penha, sancionada em 2006, após quase 20 anos de luta por justiça no caso em que foi vítima de tentativa de feminicídio praticada pelo ex-marido. A Lei é resultado da responsabilização do Estado brasileiro pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.

#65 Maria de Lourdes Mina, ativista pelos direitos da população quilombola, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU).

#66 Maria do Rosário Nunes, deputada federal pelo PT/RS, iniciou processo por danos morais que condenou o presidente Jair Bolsonaro a pagar R$10 mil a ser revertido a alguma entidade voltada a vítimas de violência, e a publicar retratação em jornal de grande circulação, em sua página oficial e canal do YouTube. O presidente foi condenado por declarar em 2014, quando deputado federal, que Maria do Rosário não merecia ser ‘estuprada’ por ser ‘muito feia’.

#67 Maria José Braga presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), defende o jornalismo como ferramenta para superar as desigualdades de gênero.

#68 Mariana Carbajal jornalista do periódico argentino Página 12, entre outros veículos, tem se dedicado a denunciar grupos conservadores que negam os direitos das mulheres e população LGBTI+. Integrante do Coletivo Ni Una Menos e da Rede Argentina de Jornalistas Por uma Comunicação Não Sexista (PAR), foi uma voz crítica no caso da menina Lucia de 11 anos, da província de Tucumán, que violada pelo companheiro da avó teve seu direito ao aborto legal negado.

#69 Mariana Franco, vice-presidenta da União Nacional LGBT (UNA) de Santa Catarina e colunista do Portal Catarinas.

#70 Marina Monteiro, escritora, atriz, arte-educadora e dramaturga, autora do conto “Em nossa cidade amarelinha era sapata” publicado pela editora Patuá.

#71 Marlene de Fáveri, historiadora, professora aposentada do Centro do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED- Udesc) e colunista do Portal Catarinas.

#72 Marta Vieira da Silva  jogadora brasileira de futebol, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, conquistou o título de maior artilheira de todas as Copas – feminina e masculina – com 17 gols, ultrapassando o alemão Miroslav Klose, autor de 16 gols pela seleção alemã. Única personalidade brasileira entre os 20 melhores esportistas do ano, segundo a revista Sky Sports.

#73 Monica Cunha cofundadora do Movimento Moleque, articuladora do grupo Café das Fortes e coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), cuja presidenta é a deputada Renata Souza (PSOL). Atou ao lado da ex-vereadora Marielle Franco nesta mesma comissão.

#74 Monique Prada, autora do livro “Putafeminista”, da editora Baderna, faz palestras, escreve artigos e tem se dedicado à defesa dos direitos das trabalhadoras sexuais, em contraponto aos estigmas e preconceitos ligados à atividade.

#73 Mulheres do 8M integrantes de vários movimentos sociais que desde 2017 se reúnem para articular o 8 de março, Dia Internacional das Mulheres.

#74 Mulheres do Coletivo Valente integrado por filiadas ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (Sinjusc). As valentes têm desenvolvido várias ações de formação, com destaque para a Revista Valente, da qual o Portal Catarinas é parceiro no desenvolvimento do Glossário Feminista.

#75 Mulheres que participaram da Campanha dos 21 dias de ativismo pela não violência às mulheres

#76 Mulheres que realizaram a performance Um estuprador no teu caminho, uma ação idealizada pelo Latesis, coletivo de mulheres artistas da cidade de Valparaíso no Chile, e depois replicada em vários países do mundo. A performance traz a crítica ao poder político do Estado contra as mulheres.

# 77 Mulheres do Exército Zapatista de Liberação Nacional, as zapatistas, que em 2019 se reuniram no Encuentro internacional de mujeres que luchan.

#78 Natália Pereira, de 9 anos, Contratada pelo Avaí, é a primeira menina a passar em uma peneira de categoria de base masculina de um clube profissional do Brasil. Agora, a menina do laço, como é conhecida por jogar com um laço no cabelo, representará o Leão, seu time do coração, em competições de futsal e futebol de campo no sub-10 masculino.

#79 Nicole Ballesteros Albornoz é mestre em Serviço Social, latino-americanista, doutoranda em Sociologia no Instituto de Ciências Sociais e Humanidades (ICSyH/BUAP). É parceira do Catarinas no México, tendo desenvolvido entre outros trabalhos a série Violência Feminicida no México.

#80 Noeli Taborda camponesa, militante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), graduada em Pedagogia e Licenciatura em História, e acadêmica PÓS Metodologia do Ensino de História.

#81 Paula Viana, ativista pelos direitos sexuais e reprodutivos, uma das coordenadoras do Grupo Curumim de Recife.

#82 Pietra Dolamita Kauwá Apurinã integrante do grupo indígena Apurinã, é ativista e antropóloga com Mestrado em Educação. Assim como ela, mais 42 mulheres indígenas foram listadas como inspiradoras nesta matéria especial.

#83 Rafaela Catarinas Kinas organizou a Primeira Mostra da rede Catarina de Palhaças, fazendo de Blumenau uma cidade com mais 50 palhaças e mais de 100 espetáculos espalhados pela cidade.

#84 Rita Segato antropóloga argentina escritora do livro La guerra contra las mujeres (2016).

#85 Rosana Pinheiro-Machado, cientista social e antropóloga,  pesquisadora feminista e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

#86 Sabrina Fernandes socióloga e idealizadora do canal Tese Onze, lançou o livro “Sintomas mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira”.

#87 Sandra Andrade, da comunidade quilombola Carrapatos da Tabatinga, município de Bom Despacho (MG).

#88 Sarah Santos, jornalista ativista pelos direitos das mulheres com deficiência.

#89 Serena Williams, 37 anos, tenista afro-americana em um esporte geralmente dominado por jogadores brancos. Tem o maior domínio já visto no tênis feminino em toda sua história. De seus 23 troféus de Grand Slam, 10 aconteceram na década de 2000 e outros 12 na de 2010, completando assim 20 anos de soberania.

#90 Silvia Camurça, ativista pelos direitos sexuais e reprodutivos, integrante da SOS Corpo, organização com sede em Recife (PE).

#91 Simone Pereira Schmidt professora titular aposentada da UFSC, área de Letras. Atua em Estudos Feministas e Pós-Coloniais.

#92 Simone Silva, ativista do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), foi vítima do crime ambiental em Mariana (MG).

#93 Simony dos Anjos integrante do Coletivo Evangélicas Pela Igualdade de Gênero, cientista social, mestre em educação e curadora da Coluna Féministas, no portal Justificando.com.

94 Silvana Bahia, diretora do Olabi e coordenadora da PretaLab, organização voltada ao protagonismo de mulheres negras na produção de tecnologia e para que haja mais diversidade no setor.

#95 Sirlei Antoninha Kroth Gaspareto professora da Unochapecó, especialista em educação em direitos humanos, mestre em ciências sociais, mestre em história, doutora em desenvolvimento regional, autora do livro Pedagogia da Semeadura. É militante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

#96 Sônia Alvarez, cientista Política e professora da Universidade de Massachusetts.

#97 Sonia Corrêa, do Observatório de Sexualidade e Política (SPW sigla em inglês).

#98 Sônia Guajajara (MA), ativista no Movimento Indígena do povo Guajajara, contribuiu para dar visibilidade às questões indígenas como a demarcação de terras. É coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Formada em Letras e em Enfermagem, especialista em Educação especial pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Recebeu em 2015 a Ordem do Mérito Cultural/ Foto: Acervo pessoal Facebook.

#99 Sonia Guimarães, a primeira mulher negra brasileira doutora em Física e primeira mulher negra brasileira a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

#100 Talíria Petrone Soares professora de história, socialista, deputada federal (PSOL/RJ), atua na Frente Parlamentar com Participação Popular Feminista e Antirracista.

#101 Thais Lippel, Iara Hornke, Rosângela Koerich Souza e Iara Hornke, integrantes do Coletivo Memória, Verdade e Justiça que lutaram bravamente contra a ditadura militar.

#102 Valdelice Veron (MS), integrante do povo Guarani-Kaiowá, é ativista e líder do grande conselho de articulação Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul. Vive em constante ameaça de morte. Muitos de seus parentes já foram assassinados.

#103 Vanda Pinedo ativista pelos direitos da população negra, integra o Movimento Negro Unificado (MNU).

#104 Verónica Gago, integrante do Ni Una Menos da Argentina e da coordenação internacional da greve 8M.

#105 Victoria Santa Cruz, afroperuana, artista, coreógrafa que compôs Me gritaron Negra, desenhadora e pesquisadora das culturas de raiz africana.

#106 Yalitza Aparicio Martínez a professora mexicana, nascida em Oaxaca que estreou nas telas como protoganista do filme Roma.

#107 Zozibini Tunzi, sul-africana que venceu o Miss Universo 2019. Em seu discurso, a jovem de 26 anos falou contra o racismo e o machismo.

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