Diariamente, antes de começar as atividades de trabalho, faço um tour pela internet clicando, salvando e lendo conteúdos variados. Procuro links, fotos, textos, vídeos, dicas, frases e pessoas, em busca de inspiração, ideias, conhecimentos e coisas que, de alguma forma, me abram a cabeça.

Numa dessas encontrei este texto que listou ’68 homens que nos inspiraram em 2017′.

Dei um overview na lista e até pensei “hmm, bacana!” mas fiquei encucada com aquilo. Não particularmente com quem estava, ou porque aqueles homens estavam naquela lista, mas porque eu não tive uma identificação direta com eles.

Pensando em 2017 como um ano repleto de debates, questões e bandeiras feministas levantadas, onde o movimento feminista se espalhou e se fortaleceu – a ponto de “feminismo” ser a palavra do ano no dicionário –  resolvi ‘dar um Google’ procurando por uma lista de divas, maravilhosas, inspiradoras mulheres na minha manhã de segunda-feira.

Eis que encontrei essa lista da revista Glamour que cita 10 nomes femininos. Dentre eles Anitta, Michelle Obama e Luiza Helena Trajano. Achei bacana também, todas são expoentes de representatividade feminina, sem tirar nem por.

Mas mesmo assim, eu queria mais. Não porque não me identifico com esta lista, mas porque de certa forma ela está longe de mim e da minha realidade. Senti falta. Este foi um ano em que diversas matérias, elaboradas pelo Catarinas (que foi o ponto de partida deste texto) e por outras tantas fontes, me provocaram a pensar sobre representatividade.

Por isso, a ideia é reunir aqui mulheres, algumas já conhecidas e outras nem tanto ,  que marcaram o meu, o nosso (e até talvez o seu) ano de 2017, e que acreditamos que podem inspirar outras pessoas.

Mas inspiradoras, por que? Em que sentido?

Antes de ir para a lista, é importante dizer que ela não está seguindo nenhum critério de organização e, de forma nenhuma, é uma lista comparativa ou de competição. Reunimos aqui mulheres para mostrar que #somosmuitas (em quantidade e diversidade) e podemos (e devemos!) valorizar e inspirar umas às outras. ❤

A maior parte das mulheres estão aqui porque nos inspiraram e representaram de alguma forma durante o ano. O que não impede que você deixe seu comentário ao fim do texto contando quem te inspirou e que você acha que deve estar aqui!

 

As mulheres que me nos inspiraram em 2017

#1 As Mulheres da POLI/USP
Elas gravaram um vídeo maravilhoso para a IntegraPoli, uma espécie de gincana da faculdade de engenharia e viraram notícia, trazendo para debate a cultura machista em um campo dominado majoritariamente por homens.

#2 Edi Reis
Tricampeã brasileira de pole-sports na categoria 50+, Edi é para mim um símbolo de superação de todos os esteriótipos possíveis que existem em torno do pole enquanto esporte. Além disso, ela também quebra tabus com relação à idade e limitações que enquanto mulheres acreditamos ter, e fala mais sobre isso nessa entrevista para a TPM.

Edi Reis (52), tricampeã mundial de pole sports na categoria 50+ Crédito: Autumn Sonnichsen/TPM

#3 Juliana Strassacapa
A cantora e compositora do hino “Triste, louca ou má”, uma música de libertação, e que com certeza arrepia qualquer mulher, conta mais sobre sua trajetória nessa entrevista para o Catarinas.

#4 Louie Ponto
A youtuber é mestranda em crítica feminista e em seus vídeos sempre traz reflexões extremamente pertinentes sobre direitos, feminilidade, sexualização, visibilidade e muitos outros temas. No mês da visibilidade lésbica ela fez um baita trabalho que você pode dar uma olhada aqui.

#5 Neivia Justa
Em seu perfil no Linkedin, Neivia provoca muitas reflexões com a hashtag e o movimento #ondeestãoasmulheres, criado para discutir e promover a representatividade justa das mulheres em todos os campos da sociedade, principalmente incentivando mais lideranças femininas.

#6 Letícia Alves Maione
Letícia é criadora da Zine Útero Livre, que compartilha informação sobre aborto e chama atenção para a violação de direitos. Ela conversou com a equipe do Catarinas contando mais sobre o projeto e a zine. Você pode conferir aqui.

#7 Maria Odete Semedo
Maria Odete Semedo é escritora, política e professora universitária da Guiné-Bissau, esteve no Brasil para o 11º Fazendo Gênero e 13º Mundos de Mulheres. Ela defende a literatura como um espaço para denúncias sobre as violências contra a mulher e traz reflexões importantes sobre direitos das mulheres negras.

#8 Jarid Arraes
Jarid é autora dos livros “As lendas de Dandara” e “Heroínas Negras Brasileiras” —  este segundo que reúne 15 histórias em cordel.

Jarid Arraes - Foto de Dani Costa Russo/Divulgação
Jarid Arraes – Foto de Dani Costa Russo/Divulgação

#9 Débora Thomé
Débora reuniu “50 brasileiras incríveis para conhecer antes de crescer” em um livro infantil com biografias de grandes mulheres.

#10 Angélica Kalil e Mariamma Fonseca.
Juntas elas mantém o canal Você é feminista e não sabe, que propõe uma discussão sobre o movimento. Além disso, elas lançaram um livro com base em uma série de entrevistas que leva o mesmo nome do canal.
(Você pode ler uma entrevista das quatro: Jarid, Débora, Angélica e Mariamma na Trip, aqui)

#11 Jout Jout
Depois do vídeo “Não tira o batom vermelho” a youtuber, de forma bem despojada e irreverente, vem falando de temas diversos que merecem a nossa atenção, reunindo uma família de mais de 1 milhão de inscritos em seu canal.

#12 Karol Conka
Karol é um expoente da música brasileira, da representatividade negra e feminina. Entrou nessa lista porque recentemente colocou um gringo em seu lugar. E de uma forma ‘gente-como-a-gente’ e bem fácil de entender deu o recado: “Quando você se cala diante de uma situação de abuso ou agressão, você é cúmplice. Então quando você vir uma situação dessa, reaja, faça alguma coisa, não fique do lado do agressor”.

#13 Tracee Ellis Ross
Tracee é atriz, modelo, comediante, produtora e apresentadora de TV americana. Ela fez um discurso fodástico para a Revista Glamour. Tão bom que eu vou colocar ele aqui em baixo para você assistir:

#14 Flávia Azevedo
Flávia escreveu este texto e com certeza gerou identificação com muitas mulheres com um recado simples “Não vim ao mundo para ser mãe de quem devia ser parceiro”.

#15 Esta senhora (da qual não sei o nome) que pediu desculpa a um imigrante senegalês nas ruas de Londrina.

#16 Nina Grando
Coolhunter, trabalha no observatório de tendências box 1824 e idealizadora da Ovelha Mag. Ela falou sobre body neutrality, junto com Fernanda Lensky, Jussara Ferreira e Bia Gremion para a revista Elle, aqui.

#17 Julia Melim
Presidenta da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Joinville, lidera o projeto do primeiro escritório de advocacia feminista e LGBTI de Santa Catarina. 

#18 Jessica Michels
Fotógrafa e ativista de Joinville, idealizou o projeto fotográfico “Maio em Mulheres”.

#19 Marlene de Fáveri
Professora do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Udesc, tem uma trajetória reconhecida nacional e internacionalmente nos estudos de gênero e feminismo. Em 2017 ela foi acusada de perseguição ideológica e pode ser considerada um símbolo de coerência e ética. Marlene conversou com a equipe do portal Catarinas sobre o caso aqui.

#20 Larissa Luz
Cantora baiana que traz em sua obra influências dos movimentos Afrofuturismo e Afropunk e aposta no experimentalismo através de recortes e colagens eletrônicas. O resultado é uma música dançante que alude ao poder da mulher que conquistou seu território livre de machismo e racismo.

#21 Manu Cunhas
Artista responsável pelas ilustrações “Outras meninas”, com dezenas de depoimentos reais ilustrados em aquarela, de moças falando sobre a relação com o próprio corpo. Ela financiou um livro no Catarse sobre o tema e você pode saber mais nessa entrevista.

Capa do livro Outras Meninas, por Manu Cunhas

#22 Bruna Linzmeyer
Bruna tem se posicionado cada vez mais sobre feminismo, representatividade e sexualidade, engrossando o coro contra o preconceito com LBTQS, em 2017 ela deixou de ser uma baita atriz para ser também uma baita pessoa.

#23 Aidês
Nascido no carnaval de 2017 o grupo Cores de Aidê vem trazendo empoderamento por onde passa nas ruas de Floripa, com seu samba reggae – e elas estão com uma campanha no Catarse para fazer um carnaval ainda mais arrasador em 2018. Ajuda lá!

#24 Gugie
Monique Calvanti, conhecida pelo nome artístico Gugie, faz retratos LINDOS de resistência, além de promover oficinas de grafitti para iniciantes. O Coletivo Maruim e Catarinas falaram com ela.

#25 Sarah Héricy
É uma ilustradora feminista que você com certeza conhece, responsável pelos desenhos preto e branco de mulheres com cactos na cabeça.  

#26 Mulheres do movimento “Vai ter gorda na praia, sim!”
Que protestaram lindamente no verão em Floripa, contra a gordofobia.

#27 Mariana Franco
Ativista dos direitos humanos com foco nas mulheres travestis e pessoas transexuais, é vice-presidenta da União Nacional LGBT (UNA) de Santa Catarina. Você pode saber mais sobre ela aqui.

#28 Letícia Zenevich
Advogada brasileira trabalha para as ONGs Women on Waves (Mulheres em Ondas), que faz campanhas de barco para levar aborto a países onde ele é proibido, e Women on Web (Mulheres em Rede), que fornece informações e medicamentos para mulheres que querem abortar.

#29 Nath Araujo
Nath é uma ilustradora brasileira que fez muito sucesso com suas ilustrações sobre as mulheres de cada signo. Atualmente está criando a série Brasileiras Ilustradas.

Ilustração de Nath Araújo da série #BrasileirasIlustradas

#30 Djamila Ribeiro
Djamila é mestre em Filosofia e feminista negra. Lançou recentemente o livro “O que é Lugar de Fala?” e conversou com a casa TPM.

#31 Fernanda Werneck
Fernanda conciliou a maternidade com a ciência e enfrentou a desconfiança dos colegas antes de se tornar uma pesquisadora premiada. Você pode conhecer a sua história aqui.

#32 Carina Guedes
A Arquiteta de BH que ajuda mulheres da periferia a projetarem suas próprias casas.

#33 Chimamanda Ngozi Adiche
Escritora nigeriana, ganhou a internet com seus discursos no TED e uma inserção no clipe Flawlesss da Beyoncé. Em 2017 seu alcance cresceu e você pode saber mais sobre ela nesta entrevista ao El País.

#34 Rupi Kaur
Poetisa feminista contemporânea, explodiu nas redes em 2017 quando seu livro publicado de forma independente (2014) chegou traduzido ao Brasil. Com muita sutileza mas também força, Rupi fala sobre trauma, que é uma constante na vida de muitas mulheres.

#35 Rebeca Mendes da Silva Leite
Estudante de direito, conhecida por sua coragem em tornar público um pedido de aborto, por questões emocionais e econômicas, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Rebeca teve seu pedido negado, mas recebeu ajuda para abortar na Colômbia, onde a prática é legal. Conheça a história aqui.

#36 Natalia Maderna
Natalia é uma ativista argentina que criou uma versão da música “Despacito”, reforçando a campanha Ni Una Menos, pelos direitos das mulheres.

#37 Giselle Marques
Autora do livro infantil “O Mundo de Oyá, que compartilha sua história para que outras crianças negras se sintam representadas. Saiba mais sobre o projeto aqui.

#38 Agatha Kim
Idealizadora da campanha Meu Corpo Não é Público.  Contou com a colaboração de diversas artistas que criaram cartazes repudiando o assédio e violência sofridos diariamente pelas mulheres nas ruas ou no transporte público. No site da campanha é possível fazer download dos cartazes para colar pelas ruas ou compartilhar nas redes sociais.

#39 Furiosa
Blogueira do Militância Materna com o texto: Seu feminismo chega à sua mãe?, que vai te deixar refletindo por dias.

#40 Titi Muller
Apresentadora que não deixou barato o machismo na transmissão do festival de música Lollapalooza. 

#41 As mulheres da organização Católicas pelo Direito de Decidir (CDD). Veja tudo sobre elas nesta matéria da BBC.

#42 Judith Butler
A filósofa pós-estruturalista estadunidense, é uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, teoria queer, filosofia política e ética. Ela passou um bafão e foi super hostilizada no Brasil, mas continua firme e forte na luta e a nos inspirar.

#43 Eliane Brum
Eliane é diva de todas as maneiras, mas este seu texto sobre o caso do turbante é cheio de empatia e sororidade.

#44 Caroline Ricca Lee
Ativista do feminismo asiático que, se você ainda não conhece, vale ler aqui.

#45 Laura Molinari
Uma das idealizadoras da robô feminista Betaque atua por meio do chat box do Messenger, aplicativo do Facebook, para monitorar leis, mobilizar as mulheres e pressionar deputados. A robô alerta sobre ameaças aos direitos sexuais e reprodutivos, principalmente em relação ao aborto. Notifica quem tiver interesse e envia e-mails a parlamentares para barrar projetos que representam retrocessos.

Beta – a robô feminista no facebook

#46 Márcia Tiburi
A filósofa e professora esteve em Floripa falando sobre “O direito das mulheres na perspectiva destes tempos” e conversou com o Catarinas sobre a luta das mulheres em um contexto de ofensiva conservadora.

#47 Joanna Burigo
Fundadora da Casa da Mãe Joanna, portal colaborativo sobre feminismo e gênero. Uma das organizadoras do livro “Tem saída? Ensaios críticos sobre o Brasil”, lançado recentemente. Joanna faz palestras no Brasil e no mundo, escreve artigos para revistas e tem contribuído para a construção da teoria política feminista. 

#48 Halana Faria
Halana é ginecologista e integrante do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. Segundo ela “O corpo das mulheres tem sido controlado pela medicina, Estado e igreja”. Na luta contra este controle, Halana também conversou com Catarinas.

#49 Débora Diniz
Fundadora da Anis, instituto de bioética, em 2017 Débora propôs junto com o PSOL, a ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, que pede a descriminalização do aborto no STF.

#50 Erika Kokay
Deputada federal (PT/DF) foi a única parlamentar – e única mulher presente na sessão especial – que votou contra a PEC 181, conhecida como Cavalo de Troia. Se aprovada, a PEC 181 vai proibir totalmente o aborto até mesmo nos casos permitidos por lei (estupro, anencefalia e risco de morte à gestante). Érika tem se posicionado na linha de frente para barrar retrocessos, em defesa dos direitos reprodutivos das mulheres.

#51 Cecília Palmeiro
Jornalista e representante do movimento “Ni Una Menos” da Argentina, que protagonizou a primeira greve nacional de mulheres na história do país e da América Latina. Confira a baita entrevista dela aqui.

#52 Fernanda Gentil
Atuando em um campo majoritariamente masculino e machista, o do jornalismo esportivo, Fernanda Gentil representou todas nós em 2017, sobre como podemos ser mulheres, mães, profissionais e seres humanos como bem entendemos.

#53 Jéssica Ipólito
Blogueira do Gorda e Sapatão, Jéssica é uma das organizadoras da Virada Feminista On-line – Precisamos falar sobre aborto, que em sua segunda edição reuniu especialistas e ativistas durante 24 horas com debates e palestras ao vivo, pelo Facebook, em 28 de setembro, Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe.

#54 Kerexu Yxapyry
Ex-cacica e atual liderança feminina da Terra Guarani do Morro dos Cavalos, em Palhoça, está entre os 26 líderes da comunidade que participam da atividade “Acampamento Terra Livre”, em Brasília, contra a paralisação das demarcações e contra a tese de “Marco Temporal”.

#55 Flávia Biroli
Coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades – Demodê, da Universidade de Brasília (UNB), e autora de vários livros, entre eles “Feminismo e Política” e “Encruzilhadas da democracia”.  Flávia foi fonte do Catarinas sobre a divisão sexual do trabalho doméstico e impactos da reforma da previdência e trabalhista na vida das mulheres.

#56 Ana Rita Mayer
Fotógrafa e cientista social, Ana criou o baralho “Mulheres Inspiradoras” ,que traz em suas cartas mulheres que são referências de luta em tempos atuais ou passados, mesmo que invisibilizadas pela história oficial. Cada carta vem acompanhada da característica mais forte que simboliza aquela mulher.

#57 Elisa Lucinda
Escritora e atriz, Elisa compôs a mesa que debateu o tema “Questão racial”, recentemente no programa Roda Vida, da TV Cultura, e foi ovacionada nas redes sociais pela forma como confrontou o mito da igualdade racial no Brasil.

#58 Socorristas em Rede
Ativistas argentinas que ajudam mulheres a abortar. Elas se posicionam publicamente sobre o serviço que prestam no país, onde a prática é ilegal. Conheça a atuação delas aqui.

#59 Monique Prada
Putafeminista, Monique faz palestras, escreve artigos e tem se dedicado à defesa dos direitos das trabalhadoras sexuais, em contraponto aos estigmas e preconceitos ligados à atividade.

#60 Sonia Correa
Pesquisadora e ativista feminista, Sonia Correa é co-diretora do Observatório de Sexualidade e Política (SPW na sigla em inglês) e tem atuado internacionalmente em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Sonia foi entrevistada pelo Catarinas nessa matéria, sobre uma mulher que sofreu aborto espontâneo e foi denunciada à polícia, em Campo Grande.

#61 Batalha das Mina
Grupo de mulheres rappers que promove uma batalha de conhecimento em contraponto à batalha de sangue, organizada por homens e essencialmente masculina. As Mina da Batalha se reúnem todo sábado às 18h, no centro de Florianópolis, com rima e improviso pautados por conteúdo feminista e anti-capitalista.

#62 Delfina Meotti Araldi 
Agricultora aposentada que recebeu Catarinas para uma matéria especial sobre a aposentadoria das mulheres rurais. Ela representa as milhares de mulheres que trabalham no campo, ajudando no sustento da família e que ganharam sua emancipação com o recebimento de seu próprio salário. Além de continuar seus trabalhos domésticos, é uma liderança na sua comunidade e inspira mulheres para irem às ruas em defesa dos seus direitos.

#63 Carmen Lucia Luiz
Enfermeira e sanitarista, conselheira do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Carmen atuou politicamente para a realização da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres.

#64 Lilian Celibert 
Ativista uruguaia do Centro de Comunicación Virginia Woolf e da organização Cotidiano Mujer, Lilian foi uma das responsáveis pela realização do 14ª Encontro Feminista da América Latina e Caribe (EFLAC), no seu país. Ela participou também do Fazendo Gênero e Mundos de Mulheres, em Florianópolis. Confira a entrevista.

#65 Luci Choinacki
A ex-deputada federal recebeu o Portal Catarinas na sua nova lida. Depois de 40 anos dedicados à vida política, Luci voltou a ser agricultora e cultiva alimentos orgânicos numa terra arrendada num bairro rural de Florianópolis. Ela acompanha as votações da Câmara dos Deputados em Brasília e acredita na organização das mulheres para combater os retrocessos.

#66 Maria do Rosário
Professora e política brasileira, atualmente deputada federal (PT/RS), enfrentou o machismo do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) e do humorista Danilo Gentili em processos na justiça, e saiu vitoriosa.

#67 Angela Davis
Filósofa estadunidense, esteve recentemente no Brasil, onde fez palestras e propôs que o feminismo negro defenda punições alternativas à prisão. Presa em 1970, acusada de conspiração e homicídio após envolvimento com o movimento dos Panteras Negras nos EUA e pesquisadora sobre o sistema carcerário, a ativista estabeleceu as relações entre o sistema escravista e o sistema prisional.

#68 Eleonora Menicucci 
A ex-ministra de Políticas para Mulheres do Governo Federal venceu em segunda instância o processo que sofria do ex-ator Alexandre Frota. Eleonora acusou Frota de fazer apologia ao crime de estupro em rede nacional. Leia aqui.

#69 Mariana Torquato
Criadora do canal “Vai uma mãozinha ai?” Mariana fala sobre diversidade em um canal livre de moldes ou padrões. Afinal, o ser humano é diferente!

#66 Dina Alves
Dina Alves é advogada, ativista da causa feminista, levanta sua voz denunciando o encarceramento e a violência do Estado contra a população negra, sobretudo das mulheres negras. Ativista e membro do Coletivo Adelinas de Mulheres Negras.

#67 Paloma Cipriano
Paloma ensina seu canal construção e dá dicas na pegada DIY (do it yourself).

#68 Simone Silva
Ativista lutadora do Movimento dos Atingidos por Barragens em Minas Gerais. 

#69 Karla Concá
Palhaça, artista e militante, representando mulheres da palhaçaria feminina que fazem da vida um ato político.

#70 Nátaly Neri
Ela é o nome por trás do canal Afros e afins, que trata de temas desde beleza negra e até empoderamento. Você pode conhecer mais nesta entrevista para Elle aqui.

#71 Raquel Preto
Raquel defende a representação feminina nos cargos de decisão no setor público e privado e o combate à violência contra a mulher neste TEDx Talk de São Paulo.

#72 Joana Maria Pedro
Autora do livro
“Nova história das mulheres no Brasil”.

#73 Conceição Evaristo
Doutora em literatura comparada e militante do movimento negro, Conceição fala sobre questões como o racismo brasileiro e a condição de ser mulher negra no país.

#74 Mulheres da Frente Evangélica pela legalização do aborto, abrindo debate sobre direito das mulheres aos seus corpos frente à perspectiva cristã.

#75 Verinha Dias, administradora da página Feminismo sem demagogia com mais de um milhão de seguidores, que provoca reflexões na rede.

#76 Amara Moira
Travesti, doutoranda, prostituta e autora do livro “E se eu fosse puta”. Você pode conhecer mais sobre ela aqui.  

#77 Alexandra Gurgel
No canal Alexandrismos, a jornalista que viveu por anos com complexos em relação ao seu corpo fala sobre autoconhecimento, body positive, amor-próprio, autoestima, cabelo, saúde mental e relacionamentos.

#78 Gabriela da Silva e Rafaella Machado, que organizaram em Floripa o 1º Marias Vão com as Outras, um projeto independente em nome do ‘desprincesamento‘ para ensinar meninas que sim, elas podem ser princesas, mas também pode ser uma infinidade de outras coisas. Para saber mais, veja a entrevista aqui.

 

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