Carolina Mariade Jesus: a poeta que refletiu o Brasil
Por Kelly Ribeiro
Diagramação de Gabriele Oliveira
Foto: Reprodução.
Março é o mês em que se comemora o
Dia Mundial da Poesia (21/03)
Também é aniversário de uma das maiores poetisas e escritoras brasileiras de todos os tempos:
Carolina Maria de Jesus
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Nascida há 108 anos, dia 14 de março, em Sacramento (MG), Carolina contrariou todas as expectativas traçadas para ela:
uma mulher de origem rural, preta, pobre e favelada.
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Filha de pais analfabetos, mesmo sendo maltratada na infância, conseguiu frequentar a escola e aprendeu a ler e a escrever. Lia sem parar, sento até acusada de
bruxaria por isso.
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Após perder a mãe, mudou-se para São Paulo, grávida e desempregada. Virou catadora de materiais recicláveis. Fez para ela e os filhos uma casa na
favela do Canindé
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Recolhia cadernos em meio ao lixo e neles escreveu seus diários e poesias, onde registrou seu
cotidiano
na favela
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Daí nasceu o primeiro livro da escritora, publicado em 1960:
Quarto de Despejo
- Diário de uma favelada
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A obra se tornou um best-seller e foi traduzida em mais de 16 idiomas e vendida em 40 países.
Carolina virou a primeira mulher negra brasileira a vender 1 milhão de livros no mundo.
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Com o sucesso, se mudou para Santana, bairro de classe média. A carreira lhe permitiu uma melhor condição de vida.
Mas o olhar sobre as desigualdades seguiu afiado.
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Em 1963, publicou outros livros, onde volta a colocar em palavras uma realidade comum para inúmeros brasileiros - de maneira
crítica, real e poética
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Morreu em 1977, aos 62 anos, por insuficiência respiratória.
Seis obras póstumas foram publicadas,
compiladas a partir de escritos deixados por Carolina.
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Em 2003 sua história ganhou um curta metragem com direção e roteiro de Jeferson De. Em 2017, o jornalista Tom Farias escreveu