A partir deste 24 de dezembro até 12 de janeiro de 2022, o Portal Catarinas vai apresentar em suas redes sociais a retrospectiva do ano que termina. Nesses dias relembraremos as principais coberturas de 2021, ano em que resistimos a ataques cibernéticos que nos tiraram do ar durante uma semana. Ataques criminosos e politicamente misóginos que ocorreram na esteira da investida permanente contra os direitos das mulheres, população negra, indígena e LGBT, seja no congresso ou executivo federal.

Com o apoio técnico e político de organizações de tecnologia e jornalismo, como o Instituto de Tecnologia Social (ITS) e o Repórteres sem Fronteiras, foi possível nos levantar contra a covarde ação de silenciamento. Mas principalmente, porque contamos com a mobilização social que amplificou a nossa denúncia e a fez tomar corpo político.

2021 foi o ano de continuidade acelerada dos retrocessos, do avanço do negacionismo científico e da desinformação, da implementação da política da fome e da morte. Nesses tempos gerir a sobrevivência do jornalismo foi ainda mais desafiador. Foi também um ano de muitas coberturas de manifestações #ForaBolsonaro, quando nos alimentamos de esperança e, por vezes, de raiva para seguir em frente.

Por outro lado, 2021 foi o ano em que firmamos novas parcerias, incidimos em espaços políticos, inclusive de controle social, e expandimos as fontes de financiamento.

  • Além disso, fizemos parcerias com a Artigo 19 para uma série de publicações sobre o monitoramento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a respectiva plataforma de dados. 
  • Financiadas pelo Laboratório Anticorrupção da Purpose Brasil, nos unimos a quatro mídias independentes na divulgação do Querido Diário, ferramenta de abertura dos diários oficiais da Open Knowledge Brasil. 
  • Fomos selecionadas para o Web Stories Digital Storytelling, programa que consiste em um apoio aos veículos digitais nativos, incluindo treinamentos realizados pela Fundação Gabo, como também acesso a um fundo de ajuda econômica para a experimentação e produção de conteúdos jornalísticos inovadores num formato novo e único: Web Stories. 
  • Mantivemos atuação em parceria com 15 organizações feministas de todo o Brasil, na realização de coberturas sobre direitos sexuais e reprodutivos. 

https://www.catarse.me/catarinas

  • Fundamos junto com mais de 30 organizações a Associação de Jornalismo Digital (AJOR), que tem se constituído importante espaço articulação para o nosso desenvolvimento profissional e político-institucional. 
  • Assumimos cadeira no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Santa Catarina (CEDIM/SC), demarcando ainda mais a nossa atuação política enquanto organização da sociedade civil.  

O Catarinas termina o ano mais forte por reconhecer a potência do trabalho coletivo e do movimento em redes, seja nas frentes políticas feministas ou jornalísticas.

Agradecemos às organizações parceiras, às vozes dissidentes contra o horror político promovido pelo governo, à nossa audiência e ao público que nos acompanha motivado pela potencialidade do nosso trabalho.

Agradecemos às trabalhadoras da equipe Catarinas, jornalistas, gestoras, designers, ilustradoras, estagiárias, programadoras, fotojornalistas, entre outras profissionais que juntas acreditam no poder transformador do jornalismo feminista, antirracista e anticapitalista.

Se viver é um ato político, sobreviver a um governo fascista e suas investidas misóginas e racistas, é revolucionário.

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