Diagramação por Gabriele Oliveira
Fotos: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Memória.
Texto por Inara Fonseca
“Eu sou uma mulher nascida de família pobre, meu pai era operário, negro, minha mãe uma índia analfabeta. Tiveram 18 filhos, e eu sou a 17”.
Lélia Gonzalez
“ [...] aquilo que estava reprimido, todo um processo de internalização de um discurso ‘democrático racial’ veio à tona, e foi um contato direto com uma realidade muito dura”, contou.
Pioneira, ela conseguiu apontar o racismo e o sexismo presentes no Brasil. Além disso, criou marcos conceituais para a compreensão da identidade brasileira, como: amefricanidade ou Améfrica Ladina.
Além de fértil vida intelectual, Lélia também teve importante atuação política. Ela participou do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras.
Lélia também participou da formação do PT, foi do PDT, atuou nas discussões sobre a Constituição de 1988 e integrou o primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, na mesma década.
Em duas ocasiões, 1982 e 1986, foi candidata a deputada federal, conquistando a suplência em ambas as oportunidades.