“Eu sou uma mulher nascida de família pobre, meu
pai era operário, negro, minha mãe uma índia analfabeta.
Tiveram 18 filhos e eu sou a 17”.

 

Nessa série dividida em três partes, homenageamos a feminista, militante, guerreira e intelectual Lélia Gonzalez, que atuou na construção das lutas das mulheres negras, conjuntamente à luta povo negro brasileiro. Neste 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e do Dia Nacional de Tereza de Benguela, queremos referenciá-la como uma das precursoras do pensamento interseccional no continente. Nas décadas de 1970 e 1980, Lélia já apontava e confrontava as desigualdades marcadas pela condição de gênero, raça e classe social, na tentativa de compreender as dominações históricas e coloniais que persistem atadas à condição de ser mulher latino-americana, e principalmente de mulher negra e indígena.

As contribuições científicas e de luta de Lélia forjaram um legado ímpar na formação do pensamento político-cultural brasileiro, transcendendo as barreiras transnacionais e transcontinentais. O uso recorrente de “Améfrica Ladina” ao falarmos de Lélia revela desde “dentro” as conexões entre as experiências de resistências dos povos originários e da diáspora, e entre os saberes ancestrais dessas mulheres, dando visibilidade às histórias secularmente apagadas.

Para adentrar na vida e obras de Lélia Gonzalez, a série conta a participação especial da socióloga, professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da AFRO\Cebrap, Flávia Rios, que atualmente também coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa Guerreiro Ramos (NEGRA/UFF). A entrevistada é uma das autoras, junto com o professor Alex Ratts (LAGENTE\UFG), da biografia de Lélia, obra que integra a Coleção Retratos do Brasil Negro, lançada há 10 anos.

Quem foi Lélia Gonzalez

Lélia nasceu em 1935, em Minas Gerais, filha de mãe indígena, Dona Urcinda Seraphina de Almeida, e de pai operário ferroviário negro, Acácio Joaquim Almeida. Ainda jovem, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, logo da contratação de seu irmão Jayme Almeida como jogador de futebol no clube Flamengo. Lá ela frequentou o colégio tradicional e de prestígio na capital carioca e, posteriormente, ingressa na Universidade de Guanabara, hoje, chamada de Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Nesta universidade, ela estudou Filosofia, História e Geografia, momento em que já lecionava na rede pública de ensino.

Foi nesse ambiente acadêmico que Lélia conhece Luiz Carlos Gonzalez, herdeiro de uma família espanhola, com quem se casa em 1964. A relação inter-racial sofreu enormes tensões e pressões externas, sendo alvo de discriminação social e racial por parte da família de Luiz. No ano seguinte do casamento, a discriminação culminou no suicídio de seu esposo.

Lélia, então, se volta para si, fazendo uma revisão, análise e autoanálise profunda acerca de sua vida e das marcas internalizadas e subjetivadas que carregava consigo, passou assim, pelos estudos da psicanalise e do candomblé, pilares (re) constitutivos de sua transformação.

A mulher reinventada em Lélia buscou transformar o mundo, desbancando e rompendo as estruturas hierárquicas sexistas e racistas dessa sociedade. Por meio da explicitação e da ampla compreensão dessas opressões e exploração que delega as mulheres negras à marginalidade, ela constrói seu horizonte de luta.

Lélia, 1951, 1966 e 1968 (da esquerda para a direita)/Fotos: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Memória.

Nicole: “Nosso português não é português: é pretuguês”. Lélia foi essa poderosa influência de originalidade e suas obras resultaram no desvelo da ocultação da racismo e do sexismo na sociedade brasileira, mas também suas obras mantiveram intensa criatividade – cultural e política, daí sua conexão com a África, sendo ela a precursora do saber diaspórico ou da diáspora no continente. Como podemos explicar as categorias de “pretuguês” e de “amefricanidade” ou “Améfrica Ladina” no pensamento de Lélia?
Flávia: Pra explicar essas três categorias, que ela se moveu bastante e as pessoas gostam e têm uma recepção de querer entender essas terminologias e os significados, a gente precisa considerar um pouco o que é a história brasileira e um pouco que é a história latino-americana. No Brasil, a gente não chegou a formar, não sei se talvez nos quilombos, uma experiência de você ter uma língua quase um dialeto autônomo à língua portuguesa. Então, o processo de criolização da língua no Brasil é complexo. Eu acho que o pretuguês é uma tentativa dela de compreender esse processo de fusão entre a língua dominante e as várias línguas dos grupos dominados, principalmente africanos, que modificaram a língua, mas que não conseguiram alterar ao ponto de formar uma nova língua, mas que deixaram suas marcas. Que marcas são essas? O português de Portugal falava no imperativo, por exemplo dá-me é um jeito imperativo e autoritário de falar e pelas falas das mulheres escravizadas (principalmente) ela vai marcar e falar: me dá. Pois, quando você traz o pronome antes do verbo, você cria uma relação mais afetuosa, menos hierárquica, na cultura o dá-me soa muito mais imperativo você não tem margem de negociação, o me dá tem uma doçura maior, embora tenha o mesmo sentido de dar algo, entregar algo. Ela fala disso, da quebra das palavras, outro exemplo é senhor, daí tem a construção do nhonhô, que é um jeito africano de falar da língua portuguesa que você repete a palavra e quebra o som. Ela vai explorando esses elementos da linguagem que aí ela vai chamar de pretuguês, tudo que vai gerando diminutivo, tudo que vai levando para uma quebra da palavra dura… Que é o fato, de você transformar a língua sem que ela se torne uma língua nova, mas era um processo de criolização – eu poderia chamar assim. E que mostra a influência cultural e principalmente das mulheres, que são elas que vão ensinar a língua na prática: a criança está ali, sendo amamentada, cuidada, o jeito como elas vão falando é como as pessoas vão internalizando. Daí ela traz outros elementos da influência de língua banta*, as palavras muleque e bunda, esses termos que não são da língua portuguesa, mas que fazem parte da cultura nacional. Hoje, esses termos dizem de quem o Brasil é.

Tem também tem aquilo de quando a cultura ocidental padroniza a língua, o português se entendia que a língua tinha que ser falada numa gramática, padronizada e tal. E ela defende que há certas construções que não são exatamente erros gramaticais, mas são ainda essas influencias das línguas outras, faladas desde os séculos 19 e 20, que se perderam, mas que algumas estruturas linguísticas permaneceram fundidas. Hoje, as pessoas interpretam como se fossem erros, mas na verdade são ainda os vestígios anteriores e que de algum modo foram passados, principalmente por que grande parte dessa população não foi escolarizada, tudo era partir da fala oral. Então, o pretuguês tem a ver com essa oralidade que permitiu a persistência de uma história pela linguagem falada.

Ela conecta muito isso com a psicanálise, a lacaniana principalmente, que tem influência no pensamento dela, pois é a linguagem que permite entender os lapsos da língua, daquilo que não é dito ou daquilo que é ocultado, daquilo que a gente fala sem querer.

Ela começa a trazer todos esses elementos lacanianos fazendo uma fusão, demostrando que esse falar sem querer ou falar “errado” na verdade é trazer um elemento que estava oculto. Quando isso que está oculto emerge, é preciso analisar e não apagar e corrigir. A prática de correção, segundo ela, revela os apagamentos e ocultamentos.

É muito interessante esse tipo de raciocínio que ela elabora e esse mesmo raciocínio é operado para estudar e pra falar da Améfrica Ladina. Ela vai dizer: que a América Latina é uma construção eurocêntrica que estabelece a cultura ibérica como sendo a matriz central. Quando ela traz essas inversões – Ladino e Améfrica, ela traz para além do que é ibérico aquilo também que é africano, que construiu a região!

Então, é nesse sentido das inversões linguísticas, que ela tá tentando tirar do apagamento: a coisa que foi encoberta, ela tenta a partir da linguagem trazer à tona, justamente, pra gente olhar, essas categorias são isso, vão contra o ocultamento.

A Amefricana traz essas dimensões e tem um caráter emancipatório, pois ao trazer essas categorias à visibilidade elas poderiam formar potência de mudança daquela estrutura dominante ibérica, de hierarquia, que partia de ordenar os grupos desde a escravidão.

Nicole: E me parece que até hoje existe na educação formal esse tipo de aprendizado, inclusive na universidade. Lélia conhecia muito bem esses espaços …
Flávia:
Muito. A Lélia é formada numa época (estudou nos anos 40 – 50) quando a escola pública brasileira era uma escola de elite, eram poucas pessoas que estudavam, grande parte da população nem tinha acesso ou então fazia só a primária e acabou. Ela estudou numa escola pública de alta qualidade, num colégio muito importante até hoje que é o Colégio Pedro II, onde o acesso da população pobre era raríssimo, só mesmo a classe média, uma pequena burguesia, as elites estudavam lá. Depois ela estuda filosofia, um curso que estuda os conceitos, os termos, um curso exegético, com uma preocupação muito conteudista e ela vem dessa tradição e romper com isso foi um desafio.

Nicole: Esse saber da diáspora tem sido muito revisitado na atualidade e Lélia já trazia isso nos 70. Podemos dizer que Lélia foi uma das precursoras desse saber/pensamento na região?
Flávia: Antes tínhamos Paul Giroy que é um autor muito influente que partiu da Inglaterra… o Stuart Hall … são vários autores. O mundo anglofono produziu essa literatura forte sobre a diáspora. E aqui, não só a Lélia, mas tem outra autora brasileira importante que se chama Beatriz Nascimento. Tem um texto em que Beatriz fala assim: eu sou Atlântica, que é uma fala dela num filme, que ela faz uma análise da chegada dos povos nas Américas, no Brasil da África. Então, essa ideia do Atlântico de que você está sendo construída não num território fixo, mas numa cultura em transformação. A visão delas é de que elas foram construídas nesse mundo colonial, construídas num trânsito, nas trocas. E lógico que não foram construídas em trocas harmônicas, mas sim com violência e dominação, mas foi nesse mundo em trânsito. A ideia de diáspora carrega essa escravidão, do deslocamento, de que essas identidades estão construídas de forma transcontinental e não tão territorializadas. E a Lélia talvez carregue isso quando ela fala de amefricanidade, porque não tá territorializado, e não é só Brasil, é pensar nessa cultura atlântica.

Nicole: A gente poderia assimilar a produção e reprodução desse saber essencialmente a prática da oralidade? 
Flávia: Essa entrada dela na oralidade, ela conta muito de um Brasil analfabeto e de muitas mulheres analfabetas. Na época que Lélia vivia, tinha uma parte das mulheres de classe média que atingiam a universidade, já as mulheres negras eram pouquíssimas e mesmo até os anos 80 o grau de analfabetismo no Brasil era altíssimo e as mulheres negras, muitas não tinham feito a escola primária. Lélia incorpora isso, pois percebe (com o trabalho do coletivo de mulheres negras N’zinga com as mulheres periféricas) que é preciso transcender essas formas dominantes da língua que geram barreiras para a comunicação com a população mais pobre. Ela tenta fazer essa fusão desse saber com a oralidade, pra legitimar um saber que era deslegitimado pela academia, ou seja, ela rompe com o “certo” e o “errado”, favorecendo um olhar para essa cultura que também diz algo sobre o mundo. É isso que está no horizonte dela.

A mulher reinventada 

“(…) fiz escola primária e passei por aquele processo que eu chamo de lavagem cerebral dado
pelo discurso pedagógico brasileiro, porque na medida em que eu aprofundava meus conhecimentos, eu rejeitava cada vez mais a minha condição de negra. E, claro, passei pelo ginásio, científico, esses baratos todos. Na Faculdade eu já era uma pessoa de cuca já perfeitamente embranquecida, dentro do sistema”.

Nicole: Numa entrevista realizada em 1981 para o Jornal AUÊ**, Lélia revela que o seu casamento (inter-racial) foi o ponto de partida para a luta feminista. Para Lélia, a interseccionalidade entre raça, classe e gênero já estava presente na sua história, e levada para a militância tem feito eco nas lutas das mulheres brasileiras, principalmente das lutas das mulheres negras. Quais são as bases ou problemáticas colocadas por Lélia para o feminismo negro, não só brasileiro como da Améfrica Ladina, que ainda encontra-se no horizonte de luta feminista?
Flávia:
De fato, esse casamento foi muito importante pra guinada dela na questão de gênero, feminista e pra questão racial também. Porque na trajetória dela, ela mesmo narra e fazendo autoanálise, que tenha passado por um processo de embranquecimento e de uma formação de uma mulher padrão que ascendeu socialmente, que estudou, que era intelectual, mas que também estava no lugar de uma mulher burguesa de classe média, então ela foi se construindo assim.

Luiz Carlos Gonzalez e Lélia Gonzalez, 1964/Fotos: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Memória.

Nesse casamento, teve um conflito racial não pelo marido, mas pela família em não aceitar. Tudo que ela tinha construído para ser uma “boa” mulher, no sentido de ter um bom casamento, foi destruído pelos preconceitos e isso fez com que ela se engajasse mais na luta, no entendimento da condição da mulher e, sobretudo, também (um pouco depois) no entendimento da condição de ser mulher negra. Isso foi tudo muito importante pra ela se envolver com a psicanálise, para fazer um entendimento subjetivo de que tudo que ela tinha passado pra se enquadrar na sociedade (tendo feito tudo pra isso), ela não conseguiu se enquadrar. Ela teve que rever aquilo tudo, se transformar, se libertar daquelas ideologias para se tornar uma mulher mais libertaria: no corpo, nos comportamentos, na entrada no mundo social de maneira plena, não só discursivamente.

Então, ela foi uma pessoa que passou por uma reinvenção, o candomblé também foi uma experiência de reencontro consigo mesma. E aí quando ela entra de cabeça nessas lutas, na política, no feminismo negro, ela vai percebendo em diálogo com autoras latino-americanas, com o feminismo negro estadunidense e com a própria produção brasileira, que tem os dilemas importantes. Por exemplo, o principal dilema era do eurocentrismo, de você ter um feminismo preocupado com a luta contra o patriarcado, mas as bases das lutas serem eurocêntricas. Ela entendia que era preciso ter bases na experiência latino-americana, já transformada por essas experiências das mulheres indígenas e negras, que têm suas lutas próprias de resistência, que não necessariamente são intelectualizadas no sentido ocidental e que tem suas bases, lutas e linguagens. Ela faz essas críticas ao feminismo de modo geral.

Ao feminismo negro, quando ele vai se constituindo, ela também tinha uma crítica, principalmente porque a luta pela autonomia das mulheres, das mulheres negras buscou um certo sectarismo, uma certa tensão com os partidos políticos (esses que existem até hoje). Lélia, era autora e ativista, que entendia que tinha que ter uma entrada também na política institucional, ela reagia muito a esse feminismo sectário, mesmo que fosse o negro (feminismo), que não quer entrar na política ou que rejeitasse nos congressos a presença de mulheres partidárias. Havia e, agora, há no Brasil muitas tensões assim e ela achava que é preciso estar junto e com partidos também.

Ela também criticava o feminismo que era anti-homem, no sentido de que a mulher tinha que se construir sem que o homem pudesse ser desconstruído e problematizado junto. Ela sabia que tinha que ter os espaços das mulheres, mas ela não era assim refrataria à educação dos homens, a construção coletiva com eles, as organizações mistas. Ela frequentava as organizações mistas também, ela construí os movimentos juntos. Além disso, achava que o feminismo negro nem podia ser anti-homem porque os homens negros eram racializados. Apesar de agredirem e violentarem as mulheres, eles também eram violentados na sociedade, eles eram mortos, aprisionados … então, ela entendia que o feminismo negro tinha que abraçar essa causa, que hoje a gente chama de genocídio negro.

Bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, 1965/Foto: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Memória.

Outro ponto importante, são essas bases populares na qual Lélia se situava, por isso mantinha uma crítica forte ao feminismo burguês, ao feminismo intelectualizado, de classe média, “bem” comportado. Na sua crítica, ela trazia muito a questão das empregadas domésticas. Questionava:

que feminismo é esse que vai aos encontros e deixa uma mulher na casa trabalhando, dormindo na casa, às vezes podendo ser estuprada pelos maridos, pelos irmãos. Uma crítica forte a essas hierarquias intra-gênero, isso é um elemento importante.

“Agora, me parece, pelo que vi da África, pelo que vi nos EUA, pela transação que eu tive com o pessoal do Caribe…me parece que o Brasil tem um papel importante nessa síntese de uma visão africana e de uma visão da diáspora”.

Rio de Janeiro, 1968. Foto: Acervo Lélia Gonzalez, Projeto Mémoria.

Aí, na Améfrica Ladina (quando ela vai construir isso), uma das grandes contribuições da Lélia, porque ela vai romper com as fronteiras nacionais. Num dado momento, ela vai dizer assim: a gente precisa de um movimento mais amplo, para além do espectro do brasileiro, vamos pensar num ativismo que tenha por base essa experiência que foi colonial, que forjou essa dominação dessas mulheres ameríndias, dessas mulheres negras, latino-americanas. E aí a gente precisa construir a partir dessas imaginações políticas, dessas experiências de resistência, uma unidade coletiva mais ampla, para além da nacionalidade. Particularmente, quando falam dessa parte transnacional dela, é a parte (eu acho) que a torna uma das principais autoras da América Latina por transcender o local e o nacional.

Edição de Paula Guimarães.

*As línguas bantas ou bantu referem-se a um tronco linguístico que deu origem a diversas outras línguas no centro e sul do continente africano. Formam um ramo do grupo com mais de 600 línguas, sendo falada por grupos étnicos diferentes que povoam a mesma zona.

** Resgatado da obra Primavera para as Rosas Negras Lélia Gonzalez em Primeira Pessoa (2018), coletânea organizada e editada pela União dos Coletivos Pan – Africanistas.

*** Os trechos das falas de Lélia foram extraídos do depoimento dado à Carlos Alberto M Pereira
e Heloísa Buarque de Hollanda, publicado em Patrulhas Ideológicas, São Paulo, Brasiliense, no ano 1980 e do documentário Lélia Gonzalez – o feminismo negro no palco da História, produzido pela Abravideo e disponibilizado da web 2015.

****Nicole é feminista, latino-americana, mulher cis e migrante. Formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Serviço Social pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Doutoranda em Sociologia, estuda teorias feministas, lutas de mulheres e feminismos na América Latina com foco na (re)produção de novas espacialidades.

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  • Nicole Ballesteros

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