Nós voltamos ao ar com o apoio de vocês! Estamos aqui para agradecer e pedir que continuem nos apoiando.

A mobilização nas redes e nos grupos políticos dos quais participamos possibilitou que nos reuníssemos, na última quinta-feira (2), com uma equipe técnica disposta a fazer o portal voltar ao ar, resistente aos ataques. E desde então, estamos vencendo as investidas maliciosas. A equipe bloqueou os acessos e comandos vindos de servidores de outros países, que estavam gerando a queda de todo o site. Esses comandos podem ter sido enviados daqui do Brasil ou de qualquer lugar no mundo, usando redes privadas, as chamadas VPNs, por exemplo. O ataque é conhecido como DDoS (distributed denial of service, na sigla em inglês), que, a partir da requisição de vários computadores, impõe uma sobrecarga ao servidor para que recursos do sistema fiquem indisponíveis a seus usuários.

Apoie a nossa campanha de financiamento colaborativo.

Leia o nosso comunicado sobre os ataques.

Recebemos o apoio técnico de homens e mulheres da Outsiders Black, da Repórteres Sem Fronteiras e do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). 

Fomos apoiadas também pelo Cladem (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher), que se disponibilizou a visibilizar a situação, e pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que publicou nota informando sobre o caso.

Ao acionarmos as redes feministas, tivemos retorno imediato. Foram fundamentais na divulgação dos ataques aquelas e aqueles que estão sempre do nosso lado: pessoas, organizações e coletivos feministas.

Imagem: Catarinas

Temos consciência de que fomos vítimas de uma violência política, de censura e silenciamento do nosso trabalho que é o jornalismo feminista. Por isso, também enviamos um pedido de apoio a mulheres parlamentares de Santa Catarina, de outros estados e deputadas federais.

Estamos no ar, mas sabemos de toda a estrutura que precisamos erguer para adotar mudanças tecnológicas nas nossas plataformas. Os ataques nos encontraram em fase de reformulação do Portal, que envolvia melhorias técnicas e atualização do layout. Além de manter o site no ar, nos move o desejo de apresentar nossos conteúdos a vocês em uma plataforma ainda mais versátil, intuitiva, moderna e potente.

Por esses motivos nossa mobilização continua. O patriarcado não dorme e quer nos derrubar, estaremos vigilantes e contamos com vocês para ficarmos de pé.

Ainda não temos a dimensão das perdas geradas por esses sete dias em que fomos silenciadas. Aguardamos um diagnóstico de como proceder a denúncia do crime cibernético e buscar reparação.

Apesar de todo o desgaste, saímos dessa crise mais fortalecidas e tocadas com a atmosfera de cuidado e consideração à nossa atuação enquanto jornalistas e feministas.

Responderemos aos ataques como a brilhante feminista negra e lésbica Audre Lorde, não deixando que o peso do silêncio venha a nos afogar.

Equipe do Portal Catarinas.

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