No mês da Consciência Negra, o Catarinas lança a série “Aquilombar: enegrecendo a cultura catarinense”, que traz entrevistas com cinco mulheres negras, moradoras de Santa Catarina, que produzem cultura na região. 

No estado mais branco do Brasil, elas desafiam a narrativa da branquitude, ou seja, a ficção criada historicamente que ao mesmo tempo invisibiliza pessoas negras e as diminui, ao resistirem produzindo história, cultura e memória negra. A iniciativa foi promovida pela Fundação Heinrich Böll. 

Nas próximas semanas, você vai conhecer mais sobre: Dandara Manoela, Mana MoaMC, Solange Adão e Aldelice Style. A repórter Agnes Sofia Guimarães abre a série conversando com Gugie Cavalcanti.

Pessoas negras ocupando a cidade

Enquanto conversamos, em seu ateliê no Rio Vermelho, na região nordeste de Florianópolis, vejo os retratos que Gugie pintou da família e a foto de uma criança. Pergunto se a imagem, pendurada em uma parede dedicada às mulheres de sua vida, é de sua filha mais nova – ela é mãe de duas meninas. Em resposta, a artista diz que é ela mesma, em sua infância, nos anos 1990, na região da Asa Sul de Brasília, quando era Monique e sonhava em se tornar o que Gugie Cavalcanti é hoje em dia.  

“Hoje tem muito de mim nessa menina”, fala a artista. “Estou voltando a me conectar com uma criança de seis anos que pintava telas e se achava desajustada, porque não conseguia fazer desenhos infantis e ficava fazendo umas coisas de ‘realismo’, pensando as cores e observando como fazer uma mistura para chegar naquele tom.”

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Foto: Tay Nascimento.

Moradora de Santa Catarina desde os 10 anos de idade, Gugie Cavalcanti, 30, já construiu, em sua encruzilhada, grafites e murais espalhados por toda a Florianópolis, participou de exposições reconhecidas nacional e internacionalmente (como a do Brasis, em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo), e segue circulando no caminhão de mudanças que escolheu como cenário para uma de suas instalações.

Depois de uma experiência profissional frustrada como estagiária na área da eletrotécnica, Monique foi para Buenos Aires em busca de arte. Fez suas primeiras visitas a museus, conheceu seus primeiros circuitos de artistas locais. Voltou Gugie e matriculou-se no Bacharelado em Artes Visuais do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), curso que concluiu em 2020. 

Sua produção artística começou com o que hoje nomeia como “publicidade afetiva”, um modo de criar que amplia a ideia política de presença – Gugie leva para as suas obras a prática do verbo “estar”, muitas vezes negada a corpos diversos em espaços públicos e privados.

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Foto: Tay Nascimento.

Um exemplo é seu trabalho de conclusão de curso, Gestos. Durante a pandemia, Gugie realizou uma exposição virtual com oito obras que distribuiu por sete locais distintos de Florianópolis. Em seus quadros, a artista retratou pessoas negras, aos beijos, bem vestidas e felizes, emolduradas nos cantos mais inusitados da Ilha.

“Tudo começou quando coloquei na Lagoa da Conceição um homem negro estiloso e sorridente, em uma região que as pessoas vendem como ideal para o bem-estar e para o acesso a terapias alternativas, mas que na prática só está ali para pessoas brancas. Levar aquele homem para esse local já foi uma grande experiência, porque eu sabia que só d’ele estar ali causava desconforto para muita gente, porque é um homem negro que na tela não ocupa aquele lugar que a sociedade sempre o coloca, violento ou servindo os outros. Acabou que quis levar isso para o Gestos”, conta. 

Gestos consolidou sua necessidade de reivindicar a presença como manifestação política no espaço urbano.

“Criei para que pessoas negras estivessem apenas existindo pela cidade em seus movimentos naturais, para que fossem naturalizadas nesses espaços”, diz. 

Em entrevista ao Portal Catarinas, Gugie compartilha seus processos artísticos e sua relação com as ruas. A conversa aconteceu entre quadros em produção e aqueles já prontos para habitar novos territórios, já que depois do último samba em seu ateliê, marcado para o dia 16 de dezembro, a artista deve deixar a Ilha da Magia. Confira.

Agnes Sofia Guimarães: Em primeiro lugar, conta pra gente: como Monique se tornou Gugie? 

Gugie: Quando cheguei em Florianópolis, aos 10 anos de idade, comecei a conviver com pessoas que produziam arte aqui, pois meu pai era da Aeronáutica, o que nos levava a mudar constantemente, mas também era artista plástico e deu aulas por muito tempo. Por isso, desenvolvi uma conexão com as tintas desde cedo. Era mais ou menos assim: “Fica ali, filha!”, e eu ficava no canto, com as tintas que ele não estava usando.

Quando cheguei a Floripa, estava escrito “boogie” na minha camiseta [um estilo dançante com origens no blues], tipo “boogie down“. O pessoal não sabia meu nome e começou a me chamar de Boogie. Como sou aquariana, quis inventar uma variação da palavra, mas eu dizia “ah, cara, a gente fala em português, é Gugie, não é ‘Googie’“. E assim ficou Gugie, mesmo que muitas pessoas ainda me chamem de Googie. A ideia também vem da estética da palavra, da letra “G”, que é muito bonita. Claro, aos dez anos, eu não estava pensando nisso tudo; apenas usei o apelido no Fotolog, no Flogão, no MSN, nas redes sociais daquela época.

Quando me tornei grafiteira, aos 17, 18 anos, escolhi Gugie como nome artístico, pois tinha cinco letras e uma estética legal. Então, na minha primeira exposição individual, em 2020, fiz uma entrevista com Edsoul. Eu sou acadêmica, lá na academia eu era Monique Cavalcanti, e, nas ruas, no grafite, eu era Gugie. Sempre foi algo em que eu não me encaixava, nem nas artes nem nas ruas. Assim como grafiteira, eu sempre estava mudando o que estava fazendo. Mas isso é normal, né? Antes dos dez anos de rua. Dizemos que com dez anos de grafite é que nos tornamos únicos, conseguimos ter uma identidade de fato, mesmo para quem já tem uma identidade artística com dois anos. Quando se tem dez anos, é outra história, entendeu? Então, dei a mim mesma esse tempo. Na exposição, durante a entrevista, Edsoul sugeriu que eu fosse Gugie Cavalcanti, e ficou assim. 

Inclusive, essa exposição também foi meu TCC, e juntei todas as minhas esferas, toda a minha trajetória como arte-educadora, a maternidade, a acadêmica, a grafiteira…

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Foto: Tay Nascimento.

E me parece que o hip hop, com o grafite, foi um pontapé para você assumir o lado Gugie como artista profissional. Como foi isso?

Eu comecei a dançar com 13 anos, em Guarapuava, no Paraná, onde conheci a cultura do hip hop. Eu entrei para uma companhia de dança de break contemporâneo e balé, e os diretores e coreógrafos também são da cultura do hip hop. Eles passaram muitos ensinamentos da cultura para nós.

Eu fui a vários festivais com a companhia, a gente tinha muito incentivo. E me apaixonei pelo entendimento de que existem espaços em que você pode desenvolver a sua própria forma de fazer seus passos. É muito lindo como o hip hop te instiga a ser você mesma, sabe? Lá era o espaço que me dizia isso e em qualquer outro espaço que não fosse dentro do meio do hip hop eu não me sentia acolhida assim. Em qualquer outro espaço eu era inadequada. Então foi bem tranquilo de ir para esse outro rumo que eu tomei, o do grafite, e eu até pensei em ter uma carreira de bailarina, mas eu sou meio sem ritmo e fiquei com o spray mesmo. 

Por quanto tempo você foi dançarina nessa companhia?

Dos 13 aos 19. Foram seis anos. 

E no meio disso ainda tem a eletrotécnica, né? Fiz um curso técnico, e aí também me apaixonei pela coisa da lógica de criar comandos e tudo mais. O processo criativo sempre me encantou muito. Fazer algo aqui que vai responder ali, ou que depende dos outros para que algo aconteça, eu acho que a minha arte é sobre isso. Foram vários processos que me levaram a entender o meu trabalho assim. 

Eu ia fazer engenharia de automação, só que eu fui demitida do estágio e já tinha que pagar aluguel, então a água bateu no teto e eu fiquei assim, que diacho fazer? Eu fui demitida porque lá no estágio, se alguém falava “faz x”, eu fazia x, não fazia xy, floreava e ainda servia café, sabe, eu só fazia x e pronto, virava a folha e continuava desenhando (risos). Então eu não tinha uma visão de escritório de carreira. 

Quando eu fui demitida, na verdade, foi a melhor coisa porque me deu um empurrão. Porque a arte sempre esteve na minha vida, eu nunca a vi como uma carreira. E tem essa ideia engessada também que a maior parte da população tem, né? De que artistas não ganham dinheiro. E aí eu parei para pensar: que diacho é esse meu com o desenho? Eu queria entender como é que artistas sobrevivem, porque eu não fazia ideia. E aí eu juntei uma grana, trabalhei muito e na época custava a mesma coisa ir a São Paulo e ir a Buenos Aires. Então eu fui para Buenos Aires e fiquei dormindo em casas de artistas de graça.

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Foto: Tay Nascimento.

Você foi para Buenos Aires para pintar?

Não! Fui para ver arte mesmo, para aprender o que era viver de arte. Eu morava aqui, e temos um Centro Integrado de Cultura que não é integrado, porque você passa em frente e não acha que pode entrar lá. Eu não fazia ideia nem do que era arte, nem como viver de arte, mesmo tendo um pai professor de artes. 

Buenos Aires tem muita cultura, né? Por causa do pessoal da dança eu já fazia ideia de que era uma cidade que respirava cultura, então eu fui aos museus, aos centros culturais, era arte para todo lado, até me emociona pensar no pessoal ocupando todo espaço possível para fazer arte. Aí eu fiquei na casa desse casal de artistas e era assim, cheio de tinta, canetinha para todo lado. Eu pensei: “Nossa, é assim que se vive”.

Eu me inspirei e pensei: “Quer saber? Eu vou fazer artes visuais”. E também tive outra confirmação de uma pessoa que conheci nesse caminho, que tentava muito fazer exposições, estar nos lugares, e me disse: “Cara, eu não consigo fazer uma exposição na Badesc [Fundação Cultural de Santa Catarina] porque eu não tenho diploma do Udesc”. Aí eu pensei: “Opa! Tem um sistema que funciona para acontecer, então eu vou correr atrás do meu diploma.”

O famoso sistema para tentar o acesso aos espaços…

É outro tabu que a gente tem. Tabu, não, mas mito de que o artista não precisa de diploma. A gente romantiza muito o autodidata, o que faz muito sentido, mas não só. Eu acho que o autodidata tem que se dobrar mil vezes mais. É possível? É, mas é mais complicado. Com o diploma a gente já entra nesse esqueminha, que a academia é um braço importante aí.

Pode contar mais sobre essa comparação entre o que você viveu em Buenos Aires e depois na universidade? Porque lá você teve algo que eu vejo que teve um impacto na sua formação como artista, e isso foi antes dessa validação acadêmica, né?

Eu acho que sou muito metódica. Eu preciso entender como funciona, ter uma visão da coisa e aí eu vou fazer. Pode ser a maior loucura, mas se eu estou vendo 11 projetos daquilo, eu vou fazer, eu vou seguir todos esses projetos até entender as soluções e saídas, eu vou fazer para dar certo. A faculdade foi muito importante para amadurecer o meu projeto de artista. E foi ótimo porque seguiu tirando pedrinhas da minha cabeça, né?

Quais pedrinhas?

Por exemplo, eu já entrei para ser bacharel, não fui para a licenciatura, porque eu sabia que não queria ser professora, que eu queria aprender a fazer arte e entender mais sobre como essas coisas funcionam. A faculdade fez parte desse projeto e foi ótimo porque seguiu tirando pedrinhas na minha cabeça. Os professores que passaram por mim contribuíram com suas pesquisas para que eu encontrasse as minhas. 

Nosso curso é muito aberto, às vezes existe uma dificuldade que é entender o como usar esse conhecimento no mercado, então quando fui fazer a minha exposição, os meus professores me orientavam, mostravam que tudo era possível, e explicavam como a arte abarca Floripa. Ao mesmo tempo, o grafite já me dava uma conexão com as pessoas. O hip hop já me dava também porque eu era produtora, cheguei a organizar dois eventos. A faculdade foi uma oportunidade para aprimorar caminhos. 

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Foto: Tay Nascimento.

E que técnica foi essa que você aprimorou? Aliás, você colocaria sua arte dentro de alguma caixinha de movimento artístico?

Pelo mundo se chama pop realismo. Só que eu sou uma artista contemporânea. Da pintura eu posso falar, se for para me colocar numa caixa, é pop realismo, mas eu sou múltipla.

E ainda tem o seu trabalho no grafite, não é mesmo?

Grafite é uma cultura, sim, é um muralismo que eu faço. O grafite está longe de ser entendido dentro das linguagens artísticas, porque ele é mais do que o que a gente pinta, ele é o todo antes. É uma ideia que serve de base para minha pesquisa também. É algo que agora quero levar para um mestrado. 

Qual ponto você quer debater sobre o grafite quando diz sobre seu desejo de levar a conversa para a academia?

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Foto: Tay Nascimento.

Todo mundo acha que o grafite é aquilo que se faz com spray na rua e tal. Algumas pessoas até levam em conta a vivência que o artista tem, mas ele não é só isso. Ele está ali dentro da cultura do hip hop. Está dentro da cultura, está dentro do mundo, de um modo de vida, essa relação com a cidade, com as pessoas. Ele é de tudo um pouco. Ele não é tão rico por ser uma obra individual, ele é rico por todas as questões que existem em volta e eu tenho que levar tudo isso junto quando pratico o grafite. É uma cultura que ainda está muito longe de a academia entender. E é uma relação racista a que a academia tem com o grafite. A gente é marginalizado na marginalização.

Eu trabalho como artista visual e o grafite, a cultura que vivo, me deu técnicas, me deu urgências, experiências que me possibilitam ser uma artista que trabalha a pintura junto com as relações com as pessoas.

Tanto minhas telas quanto meus murais, eles partem do mesmo princípio, da relação que a pessoa vai ter com a imagem. Eu conto com as sensações que a pessoa tem, o que tem a ver com o que rotulamos como pintura contemporânea, então eu fico entre esses dois lugares. E se for para me colocar em algum único lugar, eu diria que tem a ideia de performance, que é algo que une todas essas inquietações. 

O que é performance para você? 

Eu penso a performance enquanto linguagem artística, dentro das artes visuais. Começa com o John Cage*, que traz essa linguagem, e eu atuo nela, consulto sua beleza. É como quando trago as pessoas aqui em casa para uma roda de samba no ateliê.  A performance, ela é proposicional: eu faço uma proposta. Uma coisa meio Yoko Ono*, que é uma artista que é uma referência. Ou a galera do Fluxo*. Ou vários outros segmentos. É o meu entendimento de performance. 

Quais reações você enfrentou no processo de negociar suas obras nas ruas? 

Eu pintei telas e aí eu coloquei em ripas de madeira, com a etiqueta da obra. Ficou como fica num espaço de museu, mas foi muito difícil achar muro e foi interessante que eu negociei com pessoas fora do meio artístico. 

Eu negociei com aquela oficina que tinha na avenida Mauro Ramos, falei com o dono da mecânica, e depois com o dono de uma pousada – esse dono da pousada até me falou: “Ah, tem uma coisa meio afrodescendente no seu trabalho”.

Em Gestos eu me desvencilhei de tudo. Eu pensei: “Quer saber? Eu estou pintando personagens, pessoas negras, mas não é sobre racismo, é sobre a nossa convivência, sobre os nossos gestos”. Então eu estava trazendo a humanização da nossa convivência, que se manifesta em gestos humanos, não é? Gestos negros.

O beijo eu coloquei lá no Mauro Ramos. Aí veio um cara, viu e falou: “Ah, todas as vidas importam”. Que coisa, né? Era só um casal se beijando na tela, e foi quando eu percebi que as pessoas têm essa necessidade de marcar o território. 

De ter aquele casal negro como o Outro, né?

Sim, mas deu certo, a gente ocupou, todo mundo ficou feliz, tipo ai, que lindo essas obras e tal, deu essa representatividade, deu esse carinho. E para quem não gosta, cara, foi ótimo por isso também!

A escritora Françòise Vergés acabou de ter seu livro “Decolonizar o museu – Programa de desordem absoluta” (Editora Ubu) lançado aqui no Brasil, em que ela sustenta a necessidade de reconhecer uma lógica eurocentrada que sequestra para os grandes museus do Ocidente obras de artistas não-brancos. De que forma você acredita que participa desse debate por meio do seu trabalho? 

Eu acho que é uma discussão didática para a branquitude. Uma discussão para eles e da qual a gente não precisa.

Eu me preocupo em criar para que pessoas como os meus pais ou os meus amigos entendam o que eu estou fazendo. A descolonização na arte é uma discussão válida, importante até eu mesma falar sobre isso, mas eu vejo como algo pra branquitude. Essa branquitude que acha que pode fazer o que quer quando quer, e que detém também o poder aquisitivo para fazer as coisas. Falar de descolonizar é didático para que eles entendam que está na hora de mudar.  

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Foto: Tay Nascimento.

É, me parece que sua arte vai para uma proposta de deslocar, talvez.

Eu amo. É um deslocamento, é isso que eu faço. Acredito que eu contribuo com a descolonização mas não é o meu foco. Se eu puder estar ali dentro, é atuar nisso, né? A questão é a gente aprender ali também. E a gente poder trazer aqui fora para os nossos e a gente também pode desenvolver o nosso lá dentro. São trocas, porque a gente não pode cair num lugar de distanciamento e de dor e de ódio, também temos que trabalhar com o conhecimento. Ele está aí pra gente difundir, ter acesso, e usar como uma ferramenta para potencializar o que a gente faz. 

Sobre as referências mencionadas por Gugie:

*John Cage (1912-1992): compositor famoso por suas inovações na música. 

*Yoko Ono (1933-): cantora, compositora, cineasta e artista plástica vanguardista japonesa, famosa por suas obras pacifistas e marcadas pela introspecção e por movimentos provocativos nas artes. 

*Fluxo: movimento do qual Yoko Ono fez parte, formado por diversas expressões de artes, principalmente artes visuais, música e literatura. Aconteceu entre as décadas de 1960 e 1970, e se declarava contra a objetos artísticos padrões, proclamando uma “antiarte”. 

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  • Agnes Sofia Guimarães

    Jornalista e pesquisadora. É Mestre em Comunicação pela UNESP e atuamente está concluindo o Doutorado em Linguística Apl...

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