Está no ar “Violência de gênero na internet”, último vídeo da campanha de divulgação científica promovida pelo Laboratório de Estudos de Gênero e História, da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com o Portal Catarinas. A produção encerra uma série de oito vídeos elaborados para tornar mais acessíveis termos e conceitos utilizados nos estudos de gênero, feminismos e sexualidades. O objetivo é alcançar o público geral, mas, especialmente, o público jovem e adolescente. 

Essa é a segunda parte do vídeo anterior que se propôs a explicar a violência de gênero, sua relação com os papéis sociais de gênero e apontar os possíveis caminhos para a superação desse tipo de crime. Agora, o conteúdo trata especificamente dos desdobramentos dessa violência com os avanços tecnológicos. 

A campanha que uniu ciência e jornalismo faz parte dos resultados do projeto “A internet como campo de disputas pela igualdade de gênero” e conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc)

O projeto continua, pois ainda estão previstos outros materiais como uma cartilha educativa, podcasts, um ebook com as pesquisas realizadas, além do site internetlegh.ufsc.br, que  reúne todos os resultados citados, incluindo os vídeos já disponíveis.

Violência de gênero na internet

A produção começa recomendando que o público assista ao último vídeo publicado, pois o tema foi abordado de maneira mais ampla anteriormente e isso facilitará a compreensão desta segunda parte.  

Acesse também no Instagram.

O vídeo explica que a violência de gênero pode se manifestar de diversas formas e se concentra em explicar como ela acontece na internet. Também afirma que as meninas e mulheres são as maiores vítimas desse tipo de crime e que, quando os dados são analisados a partir de uma perspectiva interseccional, conclui-se que as mulheres negras e pessoas LGBTQIAPN+ enfrentam um nível ainda maior de violência e discriminação on-line.

Além disso, a produção se preocupa em explicar o que é a misoginia, como é definido o desprezo dirigido às mulheres e a tudo o que se refere ao gênero feminino, sua relação com a violência de gênero na internet e como ela ganhou novos contornos conforme as tecnologias foram avançando. 

A produção traz o exemplo de desinformação generificada para mostrar como essa relação se dá na prática. A desinformação generificada é mais uma ferramenta da violência de gênero e acontece por meio da propagação de informações falsas ou manipuladas e tem o objetivo de fortalecer narrativas que se opõem às pautas feministas e de gênero. Para ilustrar, o vídeo traz como exemplo a campanha difamatória promovida contra a vereadora Marielle Franco e as causas de seu assassinato. 

Ainda para ilustrar como a misoginia se manifesta no mundo digital são abordados os casos de meninas vítimas de ‘nudes’ falsos criados com inteligência artificial pelos próprios colegas de escola. A produção destaca que esse tipo de situação acende um alerta para toda a sociedade civil, governos e plataformas digitais de que todo avanço tecnológico deve vir acompanhado de educação para cidadania digital, além de fiscalização e regulamentação. 

Cartilha educativa_ violência de gênero na internet
Cartilha Educativa do LEGH-UFSC.

O vídeo completa que, para contribuir com esse debate, o Projeto Internet Legh elaborou uma Cartilha Educativa explicando como esse tipo de violência pode acontecer e indicando as medidas de segurança a serem tomadas, incluindo leis e canais de denúncia que podem ser úteis.

Por fim, o material reforça que mudar essa realidade exige ação conjunta, pois somente por meio de esforços coletivos e políticas efetivas será possível criar um ambiente online seguro, respeitoso e igualitário. A produção finaliza recomendando que o público acesse a cartilha no link na bio nas redes sociais onde o vídeo foi publicado ou no site internetlegh.ufsc.br.

Confira o penúltimo vídeo:

Créditos:

Inara Fonseca: edição final de roteiro

Paula Guimarães: edição de divulgação

Kelly Ribeiro: locução, pesquisa e roteiro

Cristina Scheibe Wolff: revisão e pesquisa

Elaine Schmitt: revisão e pesquisa

Luiza Monteiro: edição de vídeo

Rafaela Coelho: arte de capa

Referências:

Vítimas de violência de gênero digital precisam de medidas urgentes de proteção

Violência de gênero online 

Mulheres negras são as maiores vítimas em casos de violência

Quais são as maiores vítimas da violência no mundo digital? 

Guia para entender a violência de gênero

Violência de gênero na internet: o que é e como se defender

Violência virtual contra as mulheres

Desinformação generificada

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