Mãe e filha serão as homenageadas da segunda edição de agosto do “CIC 8:30 – Grandes Encontros”, que acontece na próxima quarta-feira, 24, às 20h30, no Teatro Ademir Rosa. “Trajetória: Especial Elis Regina e Maria Rita”, show da cantora Bruna Nogueira e banda, terá como convidadas Dandara Manoela, Ela Manô, Eloisa Gonzaga, Jana Gularte e Joana Castanheira. Será a primeira vez que a intérprete e instrumentista recebe cantoras no espetáculo apresentado há quase dois anos em casas culturais da capital.

Dandara Manoela, das Bandas Cores de Aidê e Seu Baldecir, faz sua estreia no palco do CIC para cantar músicas orgânicas ao seu trabalho. “Elis sempre foi uma das minhas maiores inspirações. As primeiras músicas que aprendi a cantar foram interpretações dela. É uma honra participar de um show que conta e canta essas mulheres que tanto admiro, ao lado de outras cantoras incríveis”, revela.

“Só convidei feras pra cantar”, afirma Bruna. Natural de Penápolis (SP), ela iniciou sua trajetória musical aos 10 anos, por influência da mãe que também foi cantora. Aos 12 anos estreou seu primeiro “show” cantando e tocando violão em Birigui. Em Florianópolis, cursou Licenciatura em Música na UDESC e, atualmente, apresenta-se como cantora e violonista.

A banda que acompanha o time de grandes vozes é formada pelos músicos Guilherme Moraes (teclado), Lucas Tavares (guitarra), Ryan Campos (baixo), Victor Hugo (bateria), Zé Otávio (percussão) e UBrother (percussão). “Sempre fui muito fã da Elis e a mesma coisa aconteceu com a Maria Rita, passei a acompanhar o trabalho dela quando começou a cantar. O show leva o nome de trajetória, justamente porque passamos por toda a carreira musical das duas”, explica Bruna.

A estreia do espetáculo ocorreu há dois anos no evento Misturada da UDESC quando a cantora ainda estudava. Foi também no espaço acadêmico que o projeto nasceu. “Em conversa com Guilherme Moraes, que hoje é tecladista e diretor musical da banda, surgiu a ideia de fazermos um show em homenagem a mãe e filha, já que o público das duas é praticamente o mesmo”, relembra.

Jana Gularte também se declara intérprete, assim como Elis Regina, sua principal inspiração musical. “Canto Elis desde sempre. Ela era uma cantora que além do inegável talento, não aceitava discriminação por ser mulher. É uma inspiração como cantora e musicista”, afirma.

Para a cantora, Elis fez a diferença em um mundo musical dominado por homens como o da música. “Elis se colocava de maneira firme e vivia sua musicalidade sem medo de transbordar expressividade. Acho que esta falta de pudor em mergulhar nos sentimentos e voltar à tona nos envolvendo nas interpretações era o grande diferencial dela”, acredita.