Organizações de mulheres dos cursos de saúde da UFSC lançam o Coletivo Feminista Maria Aragão, amanhã, 31 de agosto, às 17h30, no Centro Acadêmico de Nutrição, anexo ao Centro de Ciências da Saúde.
A exemplo de outros coletivos, como o Jornalismo sem Machismo, criado pelas alunas do curso de Jornalismo da UFSC, o Maria Aragão nasce da necessidade de mobilizar mulheres em torno de um debate feminista sobre as discriminações que sofrem no cotidiano, como por exemplo, o assédio de professores.
A ideia é romper os muros das universidades para reunir estudantes e trabalhadoras de todas as profissões. O coletivo leva o nome da médica e professora Maria José Camargo Aragão, conhecida como Maria Aragão, na busca de resgatar exemplos e dar visibilidade às mulheres que fizeram parte da história brasileira.
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“A fome só vai desaparecer dessa casa quando vocês estudarem”, disse a mãe de Maria Aragão, certa vez, aos filhos. Maria não esqueceu o conselho. Mulher e negra, ela enfrentou a extrema pobreza no Maranhão e o preconceito, ainda mais forte no século passado, e se transformou numa professora e médica ginecologista. No exercício da medicina, passou a se dedicar a causas sociais, em defesa de uma sociedade justa e igualitária. Líder do Partido Comunista do Brasil, a médica foi também diretora do jornal Tribuna do Povo e lutou contra a ditadura militar. Morreu em 1991 aos 81 anos.
No documentário “Maria Aragão e a organização popular”, a Editora Expressão Popular e a Escola Nacional Florestan Fernandes resgatam um pouco da história dessa mulher empoderada.
Lançamento do Coletivo Maria Aragão
Quando: 31 de agosto (quarta)
Horário: 17h30
Onde: Centro Acadêmico de Nutrição – Anexo ao Centro de Ciências da Saúde
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