A principal avenida de Chapecó ficou pequena na tarde de sábado (17) com tamanha diversidade. A 2ª Parada de Luta LGBT do Oeste Catarinense reuniu em um mesmo espaço diferentes orientações sexuais e identidades de gênero em busca de respeito e contra todas as formas de preconceito. Rostos de todas as cores e classes sociais, de diferentes cidades da região, se uniram na passeata. De acordo com a União Nacional LGBT Chapecó (UNA Chapecó), entidade que promoveu a parada, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do evento, um número muito superior ao registrado na primeira edição.

Fotos: Tailini Sabadini e Daiane Raup

“Com a edição deste ano percebemos que a Parada LGBT em Chapecó vem se popularizando cada vez mais. Isso repercute e ajuda na consolidação do município como também referência na luta contra o preconceito e a favor das minorias sexuais”, afirma a presidenta da UNA Chapecó, Karla Muniz.

A programação iniciou com a concentração na praça central de Chapecó. Após uma homenagem às 343 pessoas assassinadas no Brasil em 2016, vítimas da LGBTfobia, houve também a leitura dos nomes das 71 travestis e transexuais mortas no país neste ano, exclusivamente, por crimes de ódio.

Fotos: Tailini Sabadini e Daiane Raup

Antes da caminhada pela Avenida Getúlio Vargas acontecer, houve também apresentações com artistas drag queens da região que prenderam a atenção não somente dos participantes, mas também daqueles que passavam pelo local.  Durante a caminhada, LGBTs e apoiadorxs lotaram a Avenida Getúlio Vargas. Com bandeiras com as cores do arco-íris e cartazes de protesto, os participantes oscilaram o momento entre a animação com músicas e danças e gritos de ordem, pedindo por visibilidade e revelando os números da violência contra a comunidade.

“Encerramos a segunda edição da parada com um saldo totalmente positivo, acreditando que, anualmente, com as diversas ações em prol da comunidade LGBT, vamos sensibilizar o restante da população e avançar em busca da igualdade”, conclui Karla.

Sobre a UNA LGBT Chapecó
Fundada em fevereiro de 2016, a UNA LGBT Chapecó possui hoje cerca de 100 filiados. O movimento social tem, entre seus princípios, enfrentar todas as formas de discriminação e defender a livre orientação sexual e às diferentes identidades de gênero. A entidade realiza encontro mensais com seus filiados e desenvolve atividades de formação, acolhimento e empoderamento com a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais do município e região.

Fotos: Tailini Sabadini e Daiane Raup

 

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