Cuidar da saúde sexual e reprodutiva se torna cada vez mais difícil no Brasil. Diante da crise sanitária imposta pela COVID-19 e do avanço do conservadorismo, um grupo de organizações feministas que trabalham com comunicação lançam a segunda edição do Boletim Futuro do Cuidado, com informações qualificadas sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos. O boletim tem como objetivo reafirmar a importância da garantia desses direitos, ainda mais em tempos de grandes incertezas.

O Boletim pode ser acessado a partir do site futurodocuidado.org.br/boletim

O lançamento ocorrerá com uma live, hoje (11/11), às 19h30, no perfil da Campanha Nem Presa Nem Morta no Instagram (@nempresanemmorta). A live terá a participação de Paula Viana (Grupo Curumim), Helena Paro (ginecologista e obstetra, integrante da Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras e da Rede de Médicos pelo Direito de Decidir), Clara Faulhaber (Parceria Cfemea/SPW) e mediação de Morgani Guzzo (Portal Catarinas).

Esta segunda edição do Futuro do Cuidado, na seção Novas Descobertas Científicas, apresenta a experiência positiva de teleatendimento em saúde reprodutiva em tempos de Covid-19.

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O Boletim também aborda os retrocessos nessas políticas. Às vésperas das eleições municipais, esta leitura é útil, pois estamos diante da oportunidade de fazer escolhas conscientes, já que é no nível municipal que se concretiza a atenção básica, que deve garantir este cuidado.

Esta edição é lançada no contexto de derrota de Trump nas urnas norte-americanas. Isso representa certo alento se consideramos a possível perda de força do presidente brasileiro (simpático ao presidente derrotado dos Estados Unidos), que não cessa de protagonizar portarias, decretos, estratégias de desenvolvimento e consensos internacionais que comprometem a liberdade reprodutiva, em especial o direito de decidir por um aborto legal.

O Futuro do Cuidado #2 também coloca em tela as recentes decisões judiciais, como o ataque às companheiras de Católicas pelo Direito de Decidir e a absolvição de um estuprador por um tribunal misógino que alimentou a cultura do estupro.

Entretanto, a produção de notícias, textos e lives reflete que há uma resistência pró-direitos – na sociedade e na mídia – o que permite certo otimismo. Além, é claro, da resistência feminista por justiça e manutenção de direitos.

Esta publicação é resultado da construção coletiva de um grupo formado por organizações como Anis – Instituto de Bioética, Cfemea, Campanha Nem Presa Nem Morta, SPW, Grupo Curumim, Portal Catarinas e Rede Feminista de Saúde, que se reúne para produzir conteúdo em defesa das mulheres e de todas as pessoas que possam gestar.

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