Rosana Ursa conversou com o Portal Catarinas e afirma ter sido vítima de abuso de poder por parte do prefeito de Florianópolis

A ex-servidora da Secretaria de Turismo de Florianópolis, Rosana Ursa, decidiu pôr fim ao silêncio de mais de dois anos ao denunciar o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), por estupro. Em entrevista exclusiva ao Portal Catarinas, Rosana afirma ter sido vítima de abuso de poder e desabafa sobre a exposição e os julgamentos que vêm sofrendo na internet.

A acusação tomou uma dimensão gigante na última semana quando houve o vazamento na internet do boletim de ocorrência registrado na delegacia da Capital e das imagens da vítima e do prefeito. De acordo com Rosana, o sigilo do caso não foi respeitado e caberá às investigações descobrir o responsável pela disseminação do material.

Durante a entrevista, a ex-servidora se mostrou firme e aliviada por ter criado coragem de denunciar após um longo tratamento psicológico. “Se antes eu vivia momentos de terror, com problemas para dormir e ficar sozinha, hoje eu me sinto mais em paz”, afirma.

Atualmente, a ex-servidora é candidata a vereadora pelo DEM em Florianópolis e pensou em desistir da candidatura após se ver exposta nas redes sociais. “Eu pensei até em desistir, mas eu achei que ia me acorvadar”, diz.

Rosana ainda desabafa em relação à Câmara de Vereadores de Florianópolis que rejeitou a denúncia de quebra de decoro por parte de Gean Loureiro, na terça-feira (3).

Assista a entrevista na íntegra:

Na noite de terça-feira (3), Rosana publicou um vídeo em suas redes sociais em que diz repudiar a exposição das imagens na internet. O prefeito, Gean Loureiro, também se manifestou e negou o estupro.

O DEM/SC divulgou nota em que diz estar acompanhando com atenção toda a investigação do caso.

“A Direção Estadual do Democratas está acompanhando, com atenção e responsabilidade, todos os desdobramentos do caso. Entretanto, até o momento temos conhecimento apenas do que foi noticiado pela imprensa.

Toda a averiguação dos supostos fatos corre em segredo de justiça. Portanto, qualquer manifestação sobre detalhes da investigação será prematura.”

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