Publicação bimestral realiza monitoramento de questões ligadas aos direitos reprodutivos e sexuais

A nona edição do Boletim Futuro do Cuidado, lançada nesta terça-feira, dia 14 de junho, mostra como as conquistas no campo da saúde e direitos reprodutivos, baseadas nos princípios de integralidade, equidade e humanização, estão ameaçadas pela onda de retrocessos nos direitos das mulheres que assola o Brasil.

A seção Giro pelo Brasil expõe o ataque à qualidade da assistência obstétrica, com a portaria que desmonta a estratégia Rede Cegonha e com a nova Caderneta da Gestante, lançada pelo Ministério da Saúde, que tem referências a técnicas que remetem à violência obstétrica

O boletim ainda traz um estudo que detalha como a política de descuido aumentou a mortalidade materna por Covid-19. Além disso, o material aponta que enquanto um estudo mostra que 144 estupros de meninas e mulheres acontecem por dia no Brasil, na Câmara Federal, parlamentares conservadores querem dar andamento à tramitação do Estatuto do Nascituro.

Direito ao aborto

O boletim mostra como atualmente a opinião pública brasileira é majoritariamente favorável à manutenção da lei do aborto já existente ou à ampliação dos casos em que a interrupção pode acontecer, segundo pesquisa do Instituto Patrícia Galvão. Outra vitória aconteceu em Minas Gerais, onde um juiz foi favorável a um abortamento em razão de malformação fetal grave.

Na seção Clipping, o boletim aborda o retrocesso nos direitos reprodutivos nos Estados Unidos, em contraposição com o que cortes latinas podem ensinar a respeito de avanços na lei sobre aborto via poder judiciário.

Por fim, o material apresenta o novo Guia sobre Aborto da Organização Mundial da Saúde (OMS), que atualiza boas práticas e recomenda a descriminalização do procedimento em nome da saúde e das vidas de mulheres e meninas.

Clique aqui para acessar a nona edição do Boletim Futuro do Cuidado

Sobre o boletim

O Boletim Futuro do Cuidado é uma publicação bimestral que tem o objetivo de alcançar feministas, profissionais de saúde e do direito, além de defensores dos direitos humanos com informação qualificada.

O espaço colaborativo se propõe a cumprir o papel de informar, promover o acesso à saúde e estimular a luta feminista pela justiça reprodutiva, diante da política anti-direitos sexuais e reprodutivos do governo Bolsonaro. Integram a comissão editorial do Boletim o Grupo Curumim, Campanha Nem Presa Nem Morta, Anis, Portal Catarinas, Rede Feminista de Saúde, Criola, Coletivo Margarida Alves e Cepia.

“Muito além de reivindicar a autonomia dos corpos e o direito de decidir das mulheres e pessoas que gestam, lutamos por dignidade e justiça”, destacam as organizadoras no editorial da nona edição.

O jornalismo independente e de causa precisa do seu apoio!


Fazer uma matéria como essa exige muito tempo e dinheiro, por isso precisamos da sua contribuição para continuar oferecendo serviço de informação de acesso aberto e gratuito. Apoie o Catarinas hoje a realizar o que fazemos todos os dias!

Contribua com qualquer valor no pix [email protected]

ou

FAÇA UMA CONTRIBUIÇÃO MENSAL!

Últimas