No primeiro episódio do podcast Mulheres Semeando a Vida, Geni, Geovana, Justina, Kerexu, Nina e Noeli falam um pouco sobre suas trajetórias e práticas ancestrais

Está no ar o primeiro episódio do Mulheres Semeando a Vida, um podcast para esperançar. A série de três episódios traz as histórias de seis mulheres, duas indígenas e quatro do campo, de diferentes cantos do Brasil, que estão no presente semeando em suas comunidades as sociedades que sonham: com justiça de gênero, social e ambiental, através de práticas agroecológicas. 

Ao longo de dois meses, entrevistamos: Geovana Castelo Branco, mulher do campo de 50 anos que vive em um assentamento da Reforma Agrária no Acre; Maria Madalena dos Santos, a Nina, quilombola de mais de 70 anos que vive no interior da Bahia; Justina Inês Cima, 65 anos; e Noeli Welter Taborda, 40 anos, ambas mulheres do campo do Oeste de Santa Catarina. Todas as quatro fazem parte do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Além delas, conversamos com Kerexu Yxapyry, mulher indígena Mbyá-Guarani, de 41 anos, da Terra Indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC); e com Geni Núñez, de 30 anos, indígena Guarani de Florianópolis.

No primeiro episódio, “Guardiãs das Sementes e das Florestas”, Geni, Geovana, Justina, Kerexu, Nina, Noeli contam um pouco sobre si mesmas e os motivos que as levaram a se reconhecerem como guardiãs das sementes e das florestas.

“Nos consideramos guardiãs das sementes, guardiãs das florestas, porque a gente tem o maior respeito pela nossa Mãe Terra, pela água, pela semente, porque como a gente sempre fala: nós não queimamos, não desmatamos, a gente procura produzir de uma maneira agroecológica, sem agredir o meio ambiente, a gente costuma preservar a água que tem lá naquela localidade. Então, nós somos sim, guardiãs das sementes e da floresta também”, explica Geovana. 

Ouça o primeiro episódio, clicando aqui.

As mulheres também contam como suas ações já mudaram a realidade das comunidades em que vivem hoje promovendo mais segurança alimentar e recuperando o meio ambiente. Em Santa Catarina, por exemplo, os projetos de reflorestamento da Mata Atlântica estão trazendo vida novamente ao Território Indígena Guarani, do Morro dos Cavalos, espécies nativas brotaram do solo, assim como a água.

“Estou muito feliz e animada, muito fortalecida, porque a terra é muito generosa, ela retribui muito rápido com a gente. Tínhamos uma estimativa de cinco, seis, sete anos de começar a ver esse resultado dentro da Terra Indígena, mas não. A gente já está tendo esse resultado em todas as esferas, tanto nessa parte da alimentação, que é uma delas, das recuperações de nascentes, porque a gente já tem nascente jorrando água, aquelas quedas d’água descendo”, conta Kerexu Yxapyry. 

No segundo episódio, “Sementes de resistência: criando outros mundos possíveis hoje”, Geni, Geovana, Justina, Kerexu, Nina, Noeli contam histórias do trabalho cotidiano que têm desenvolvido na construção do Bem Viver. Já no terceiro episódio, “Bem Viver e Agroecologia”, exploramos os conceitos, a partir das perspectivas das mulheres entrevistadas, como proposta para construção de uma sociedade com justiça de gênero, ambiental e social. 

O podcast é parte da campanha “Mulheres Semeando a Vida” e faz parte do projeto Narrando a Utopia, uma iniciativa de Puentes para imaginar um futuro feminista, interseccional e inspirador.

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