Por Adriana Franco*

“Eu quero dizer a todas vocês que façam da indignação, a esperança; que transformem a esperança em movimento e um movimento em atos concretos porque assim nós saíremos das ruas e não nos sucumbiremos a este golpe neoliberal tão violento em cima da população pobre brasileira, das mulheres, das negras, das LGBTs, indígenas e de todas e que todas as pessoas que ao longo de 13 anos de governo conquistaram o mínimo de direito para poder avançar. Vamos à luta!” reiterou Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Mulheres do Governo Dilma, ao Portal Catarinas no início da Marcha de Mulheres que aconteceu nesta quinta-feira, 8 de março, em São Paulo.

Saindo da Praça Osvaldo Cruz, ao final da tarde, o grupo de mulheres só engrossou ao longo do trajeto que terminou em frente ao escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista já no início da noite com cerca de 15 mil pessoas. Assim como o discurso proferido por uma militante, as mulheres tornaram-se como a água, que juntas não podem ser contidas. E ninguém parou a marcha, que seguiu por toda a avenida. Fazendo das palavras da militante e feminista Eleonora uma realidade: a esperança de um mundo justo, igual e digno transformou-se em um grande movimento.

O movimento reivindicava diversas pautas e posicionavam-se contra a PEC 181, pedindo pelo aborto legal; manifestaram-se contra as reformas trabalhista e da previdência, contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e a favor da vida das mulheres; pediam por um plano emergencial contra a violência e rebelaram-se contra os poderosos de todo o mundo, por nenhum direito a menos; posicionaram-se ainda contra à guerra às drogas e o encarceramento das mulheres e à favor do ex-presidente Lula ser candidato; defenderam ainda a educação, o trabalho, a soberania e a democracia em uma jornada por direitos.

Eram mulheres de São Paulo, Ubatuba, Embu das Artes, Campinas, Vale do Paraíba, Franco da Rocha, Ferraz de Vasconcelos e tantas outras cidades próximas e distantes da capital que, ao final do ato, reuniram-se com suas baterias e avisaram coreografando que “Feminismo é revolução”.

Fotos: Bianca Castro Di Nizo

       

*Jornalista

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