A canção celebra o protagonismo da mulher negra, reafirmado em clipe que evidencia a potência dessas mulheres unidas.

A cantora e compositora catarinense Dandara Manoela convoca todas as Orixás femininas em seu novo single, “Pretas Yabás”. A canção é uma exaltação à potência e ao protagonismo da mulher negra. De forma poética, exalta sua resistência e ancestralidade. Com direção de Elisa Schmidt, o videoclipe da música foi gravado no centro de Florianópolis (SC) e contou com um elenco de mais de 15 mulheres negras.

Dandara Manoela e suas yabás insurgem esteticamente no Estado que se autodeclara mais branco do país, segundo o último Censo do IBGE.

“A música ‘Pretas Yabás’ aborda o deslocamento simbólico das mulheres negras da base da pirâmide social, do lugar mais silenciado e negligenciado, para o centro, o foco. Faz menção ao espaço que elas vêm ocupando, com muito esforço e luta diária, para serem ouvidas, terem mais acessos e direitos garantidos”, explica a cantora.

“A música é um lembrete de que todas as mulheres negras são rainhas, eram em África e continuam sendo aqui”, completa Renata Schlickmann, produtora executiva do projeto.

Foto: Bolivar Alencastro

A produção musical é assinada por Érica Silva (Mulamba). “’Pretas Yabás’ foi um presente. Nela eu entendi que a produtora que há em mim pode realizar muitas coisas. E eu não vou parar, a MPB (música preta brasileira) produzida por mulheres pretas vai rasgar o mercado musical de cima a baixo.”

Mais do que uma simples música, esta canção é um chamado.

Foto: Bolivar Alencastro

O clipe

“O clipe é uma provocação da norma, o tremor simboliza deslocamento. Mulheres negras ao centro, sendo vistas e ouvidas, ocupando nosso lugar”, define Dandara Manoela. O videoclipe ilustra a poesia da potência de mulheres pretas reunidas. “Para mim, Dandara Manoela é uma personalidade representativa para as lutas sociais da mulher negra, uma vez que se posicione de maneira cuidadosa e a fim de incluir, bem como valorizar às outras mulheres. Sua voz traz expressividade aos anseios da pele e da alma, para fazer tremer a base da pirâmide social, constituída por mulheres negras, e torná-las o foco, ou centro”, define Schmidt.

FICHA TÉCNICA
Dandara Manoela | Composição / Intérprete
Renata Schlickmann | Produção Executiva
Érica Silva | Produção Musical
Klüber | Piano
Caio Guimarães | Percussão
Érica Silva | Guitarra / Baixo / Beat
Fábio Sung | Captação de Voz
Leo Gumiero | Mixagem
Pedro Soares | Masterização
Bolívar Alencastro | Fotografia e Design Capa

Clipe
UMA PRODUÇÃO KRIYA FILMS
Dandara Manoela | Roteiro / Produção Artística
Renata Schlickmann | Produção Executiva / Produção Artística / Catering
Elisa Schmidt | Direção Geral / Direção Artística/ Roteiro
Emanueli Dalsasso | Produção Executiva / Produção Artística

Pedro Oliveira | Direção de Fotografia / Coloração
Thiago Soares | Assistente de Direção / Montagem
Guilherme Maronna e Carmina Silotto | Operadores de Drone
Záire Osório | Vídeos Making-Of
Bolívar Alencastro | Fotografia Making-Of

Amanda Bittencourt | Design de Figurino / Design de Maquiagem e Cabelo
Atêlie Afroiyá | Figurino
Zkaya | Apoio Figurino
Sofia Cunha | Maquiagem / Assistente Figurino
Carolina Ponte Araujo | Maquiagem
Ana Clara | Maquiagem

Stylish Dandara Manoela
Amanda Bittencourt | Design de Figurino e Maquiagem
Orisá Cabelo e Arte | Cabelo

Gianne Abbott | Coreografia

Andréia Zaida |  Ensaiadora e co-criação coreografia
Leo Saconatto | Placa “Antonieta de Barros”
João Magara | Storyboard
Alets Comunicação | Assessoria de Imprensa

Mari Pelli |  Assessoria de Conteúdo e Divulgação

Elenco |
Addia Furtado
ANIS
Andréia Zaida
Azânia Mahin Romão Nogueira
Bruna Barreto
Carla Luz
Cauane Maia
Eli de Paula Pereira
Jhu Florinho
Julia Milan
Laila Dominique
Lais Costa
Mariah Mendonça
Marissol Mwaba
Nattana Marques
Tata Mendonça
Zâmbia Osório

APOIO:
Bro Cave
Dalsasso Produtora

SOBRE DANDARA MANOELA

Dandara Manoela é cantora e compositora de Campinas radicada em Florianópolis que une força e poesia. Sua pluralidade musical representa um símbolo de resistência das manifestações culturais afro-brasileiras e de afirmação da mulher negra e lésbica no campo artístico. Transitando pelo samba e pela MPB, a artista traz à tona lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão. Em 2017 venceu o Prêmio da Música Catarinense na categoria melhor cantora. Em 2018 lançou seu primeiro álbum, Retrato Falado, na sequência venceu o Prêmio da Música Catarinense na categoria Melhor Álbum. Em 2019 lançou o single “Meu Canto”, gravado em colaboração com grandes músicos de São Paulo. E, em 2020 lançou o single “Raíz Forte”. Já abriu shows de Luedji Luna, Liniker e os Caramelows e Francisco El Hombre. Também participou dos shows da Tuyo (na Casa Natura Musical – SP), Mart’nália, Ekena, Francisco El Hombre e Luedji Luna. E marcou presença em festivais de música e eventos internacionais como: SESC na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty (RJ), FIMS – Feira de Música do Sul (PR); Morrostock (RS), Libélula Festival de Carnaval (PR), Bradamundo (SC), Heineken Urban Jungle (RS),entre outros.

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