Este é o segundo encontro do ciclo de diálogos sobre racismo religioso promovido pelas organizações
Qual o papel do Direito diante da ausência de justiça e garantia de liberdade de expressão e crença para as religiões de matriz africana? Quais as possibilidades de justiça para quem sofre com ataques decorrentes do fundamentalismo religioso e do discurso de ódio crescentes no Estado Brasileiro?
Para abordar essas questões, refletir e contribuir para o fortalecimento das articulações em prol da busca de direitos e justiça para as religiões de matriz africana, Criola, Conectas e Portal Catarinas, com apoio de Synergia, se reúnem novamente, na próxima quinta-feira (14) de julho, para o segundo encontro on-line do “Diálogos sobre racismo religioso”, um ciclo de debates público, gratuito e de amplitude nacional.
Convidamos as advogadas Ingrid Limeira, conselheira tutelar de Santo André e conselheira política da Ocupação Cultural Jeholu, Vera Baroni, integrante da Coordenação Executiva Colegiada da Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco e Coordenação da Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco; e o advogado Dr. Hédio Silva, Coordenador Executivo do Instituto de Defesa das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro).
O objetivo é entender as lacunas que existem no debate político e de direitos humanos sobre liberdade religiosa e racismo religioso, levando em consideração a intersecção de gênero, identidade de gênero, territorialidade e outras dimensões de opressão.
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No primeiro encontro, realizado em 5 de maio e disponível no Youtube do Portal Catarinas, as convidadas e convidados foram enfáticos ao defender que a expressão da intolerância religiosa não faz justiça à violência sofrida pelas religiões de matriz africana e nem oferece ferramentas para sua defesa. Não é intolerância, é racismo.
“Trata-se de uma prática persistente, consistente, do Estado brasileiro e de setores da sociedade. E essa prática, o tipo de legislação e o tipo de ação política que cabe ao Estado, mesmo ele sendo também um violador, não são suficientes para abarcar a ideia de intolerância”, afirmou Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola.
Nesta segunda etapa do ciclo, os participantes vão falar justamente sobre o papel que cabe ao Direito e ao Estado Brasileiro na proteção, garantia de direitos, liberdade e justiça aos povos afetados pela violência crescente promovida pelo fundamentalismo religioso e pelos discursos de ódio.
Serviço:
Segundo debate sobre racismo religioso realizado por Criola, Conectas e Portal Catarinas
Conteúdo: Qual o papel do Direito diante da ausência de justiça e garantia de liberdade de expressão e crença para as religiões de matriz africana? Quais as possibilidades de justiça para quem é atacado pelo fundamentalismo religioso e pelos discursos de ódio crescentes no Estado Brasileiro?
Data: 14 de julho
Transmissão: YouTube do Catarinas
Horário: 18h às 20h
Convidados: Ingrid Limeira – Advogada. Especialista em Direitos Humanos, Diversidade Sexual, Racial e Religiosa. Conselheira política da Ocupação Cultural Jeholu;
Dr. Hédio Silva – advogado, militante, doutor em Direito Constitucional e Mestre em Direito Processual Penal pela PUC-SP. Coordenador Executivo do IDAFRO (Instituto de Defesa das Religiões Afro-Brasileiras)
Vera Baroni – Iyabasé ye Egbomi do Ilê Obá Aganjú Okoloyá-Terreiro de Mãe Amara. Advogada Sanitarista e Ativista Negra pelos Direitos Humanos. Integrante da Coordenação Executiva Colegiada da Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco e Coordenação da Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco.