América Latina vai ser toda feminista!
Estamos há três semanas das eleições municipais no Brasil e bons ventos de lutas e resistências sopram por todos os lados da nossa latinidade.
A união das companheiras Chilenas garantiu que a nova constituição do país será escrita por mãos e mentes de mulheres e homens, em paridade. Um marco para as democracias.
Na Bolívia, Bolivianas conquistaram 20 das 36 cadeiras do Senado (56%), 10 delas feministas declaradas, eleitas pelo MAS (Movimento Ao Socialismo). E vai além, metade das vagas serão ocupadas por indígenas bolivianos. Na bancada dos povos originários da Bolívia, estão 10 mulheres e 8 homens. Na Câmara baixa, 62 mulheres eleitas, para 130 cadeiras (48%).
É a política de “paridade e alternância” implementada pelo Movimento Ao Socialismo – Instrumento Político pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP) e o voto em mulheres que coloca o país andino no pódio da representação feminina no parlamento de toda a sua história.
“É importante destacar que a Lei de Participação Política, que garantiu a paridade e a alternância de mulheres na lista de candidaturas dos partidos, foi uma conquista do MAS, graças à presença feminina proveniente do setor popular na Assembleia Constituinte – entre 2006 e 2007 – aprovada na Constituição Política do Estado Plurinacional de 2009”, afirmou Dolores Arce, ex-diretora-executiva do Centro de Produções Radiofônicas da Bolívia (Cepra).
Duas inspirações que precisamos manter vivas em nossas projeções de futuro.
Pelos próximos próximos 20 dias, que possamos vibrar nessas referências até chegarmos às urnas no dia 15 de novembro bem equipadas com nossos votos feministas!
Plano sequência, com mais feministas eleitas e com poder, que possamos trabalhar por uma Reforma Política feminista, popular e antisistêmica.
Para sermos muitas
Para elegermos feministas, precisamos votar em feministas. São muitas as mulheres feministas que se colocaram a disposição e que precisam ser mais visibilizadas e conhecidas. O voto feminista precisa ser diário, constante. Em tempos de eleição isso fica em ainda maior evidência. É importante que os nomes e números das feministas que queremos no poder seja a reforçado cotidianamente.
Para ajudar você a fixar essa informação, a campanha-ação Meu Voto Será Feminista lançou um modelo para você preencher suas sugestões de candidatas e feministas e compartilhar nas suas redes e nos seus grupos de mensagem. A imagem pode ser copiada lá nos destaques do instagram da Campanha.
Também iniciaremos uma sequência de postagens para apresentar melhor as candidatas que estão em nosso mosaico. A partir do dia 28/10, lançaremos diariamente carrosséis de imagens com suas fotos, números e perfis.
Para manter no horizonte
Em 2020 vamos eleger feministas e nos embalar com as hermanas latino-americanas. A América Latina será toda feminista e ainda temos muito para avançar. Em 2021, já com mais brasileiras feministas no poder, precisamos nos engajar e fortalecer a luta por uma reforma política no Brasil. A campanha-ação Meu Voto Será Feminista já constrói e contribui com a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político.
Fica aqui um convite para que você conheça mais sobre o assunto, tão importante para nossa chegada, resistência e permanência nos espaços de poder!
Pra quem é de vídeo, tem o canal de Youtube. Pra quem é de site, aqui.
Para o futuro, agora | Canal Reload
Em setembro de 2020 foi lançado o canal Reload no youtube. Um projeto arrojado feito por jovens para jovens, que tem a proposta de democratizar o acesso à informação para a juventude, com vozes jovens, diversas e de vários lugares do país. Durante as eleições, estão produzindo materiais sobre política e representatividade. Democratizam e tornam a política acessível e interessante para nossas futuras lideranças!
Conheça mais o trabalho dessa turma!
*Escrita pelas jornalistas do Meu Voto Será Feminista, essa coluna é divulgada pelo Catarinas e tem o apoio nas artes e redes sociais dos Arquivos Feministas.