As manifestações de adesão à greve geral, por direitos e contra as reformas previdenciária e trabalhista, começaram cedo em Santa Catarina. Por volta das 5h30, na região metropolitana de Florianópolis, houve barricadas em vários pontos com fechamentos da Via Expressa, em São José, que dá acesso a Florianópolis, da via expressa Sul, que dá acesso ao sul da ilha, e da SC 401, em frente ao Centro Administrativo do Governo.

Em Florianópolis, Blumenau e Joinville foram suspensos os serviços municipais e estão fechadas agências bancárias, escolas públicas e particulares, autarquias e outros estabelecimentos. Muitos lojistas também decidiram fechar seus estabelecimentos. Em Criciúma, no sul,  motoristas e cobradores de ônibus já haviam cruzado os braços em frente à maior empresa de transporte da região antes das quatro horas da manhã.  Também aderiram à greve trabalhadoras e trabalhadores de São José e Palhoça, na grande Florianópolis; de Lages, no sul; e de Chapecó e Quilombo, no oeste.

https://youtu.be/MH0poBf6kbk 

A concentração dos grevistas na capital começou ainda na noite de quinta-feira, com a assembleia dos/as trabalhadores/as do transporte público na chamada Praça de Lutas, próximo ao Terminal Central da Capital. Os motoristas e cobradores decidiram suspender os serviços do transporte público. A prefeitura divulgou que vans particulares. O transporte alternativo custaria R$ 7,00. Na metade da manhã desta sexta, os carros foram impedidos pelos manifestantes de sair do ponto inicial, na Avenida Beiramar.

Pelo menos três atos de violência foram cometidos contra os grevistas na capital. No sul da ilha, um motorista armado furou o bloqueio da rodovia, atropelou um pedestre e passou em cima do pé de uma manifestante. Em seguida, fugiu do local. Na BR 101, outro motorista se insurgiu contra os manifestantes, ferindo um deles com uma garrafa. O motorista ainda ameaçou os manifestantes mostrando a arma que portava na cintura, mas fugiu com a chegada da polícia.

Uma estudante foi presa por crime contra o patrimônio público perto de uma barricada, na rótula do Bairro Carvoeira, nas proximidades da UFSC, durante a manhã. Policiais suspeitaram da manifestante porque ela estaria com o rosto coberto e usaram a força para imobilizá-la. A estudante teve o ombro deslocado e foi levada à emergência do Hospital Universitário, onde passou pelo setor ortopédico. Após o atendimento, foi conduzida à 5ª Delegacia de Polícia, na Trindade. A polícia civil entendeu que o caso se tratou de “crime contra a União”, por acontecer nas proximidades do campus federal. Sob orientação da sua advogada, a estudante registrou, na mesma delegacia, ocorrência de crime de lesão corporal contra a polícia. Durante a tarde, ela segue para um exame de corpo de delito no Instituto Geral de Perícias (IGP). No início da tarde, o clima no centro da capital é tranquilo, com pouco trânsito de pessoas e pedestres. Está prevista concentração estudantil na UFSC e caminhada até o centro da cidade e também ato dos servidores públicos municipais de Florianópolis na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa.

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Trânsito interrompido na BR 101, em São José

Em Chapecó, grevistas se concentram na Praça Coronel Bertaso

Barricada, na via Expressa Sul, em Florianópolis

Em Criciúma, manifestações começaram na madrugada

Manifestantes marcham nas ruas de Joinville

Rodovia de Quilombo, oeste catarinense, é bloqueada

BR 116 é bloqueada em São Cristóvão do Sul

Terminal de ônibus de Blumenau é fechado

Terminal de ônibus de Chapecó é fechado

Terminal de ônibus de Lages é fechado

 

Confira a programação na Grande Florianópolis:

Greve Geral mobiliza trabalhadores/as em defesa de direitos nesta sexta-feira (28)

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