Durante seis horas, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI) ocuparam a Mesa do Plenário do Senado, impedindo a votação da Reforma Trabalhista nesta terça, 11 de julho. As parlamentares buscava negociar, ao menos, a supressão da emenda que desprotege as mulheres grávidas e lactantes do trabalho insalubre, prevista na reforma. Em retaliação, o presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), chegou a desligar os microfones e cortar a energia elétrica do plenário. A sessão, marcada para as 11h da manhã, foi reaberta apenas no início da noite para votação da proposição.
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Mesmo com a sub-representação numérica, é marcante a resistência feminina no parlamento. No ano passado, deputadas federais também usaram o mesmo recurso na Câmara Federal, então presidida por Eduardo Cunha (PMDB). Após ignorar pedido de verificação nominal durante a votação de proposição que tentava alterar a comissão parlamentar de Defesa dos Direitos da Mulher, Cunha enfrentou a ofensiva feminina. As deputadas Moema Gramacho (PT-BA) ocupou a cadeira central da Mesa, cendendo em seguida o lugar para Luiza Erundina (Psol-SP). Outras deputadas, como Alice Portugal (PCdoB-BA) e Erika Kokai (PT) também se manifestaram.
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