“As mulheres são as mais impactadas porque estão nas relações mais frágeis de trabalho. São as mais precarizadas, recebem os salários mais baixos, têm a saúde mais suscetível pela sobrecarga de trabalho e pelas jornadas extenuantes”. A afirmação é da sindicalista Heloísa Helena Pereira, representante da central Intersindical, que participou do programa Catarinas em debate. Nesta edição, o tema é a Greve Geral que mobiliza o país nesta sexta-feira (28). Catarinas em debate também entrevistou a diretora da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Vera Lucia dos Santos.

Dentre todas as mulheres, as negras são especialmente prejudicadas. “Elas começam a trabalhar mais cedo, moram nas regiões mais pobres e têm os salários mais baixos”, lembrou Vera Lucia. Ela contesta a existência do déficit, argumento utilizado pelo governo para mudar o sistema de aposentadorias. “A previdência tem superávit. Se o governo deixar de pagar juros com o dinheiro da previdência, não precisa fazer reforma”, afirma.

Em todo o Brasil, a Greve Geral promete mobilizar trabalhadores/as de diversas categorias e superar a passeata de 15 de março, que reuniu dez mil apenas na capital catarinense. Em alguns locais, as atividades da greve começam ainda nesta quinta-feira (27). Em Florianópolis, está prevista a paralisação de trabalhadores/as do transporte, dos serviços bancários, educacionais (até mesmo de escolas particulares), e da saúde. “A greve precisa ser mais um elemento para derrotar aos projetos de reforma”, finaliza Heloísa.

 

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