Destacamos trecho do depoimento de defesa de Dilma Rousseff no Senado, durante o processo de impeachment:

“Apesar de receber o peso da injustiça nos meus ombros, continuei lutando pela democracia.”

Há 10 anos, em 15 de março de 2015, ocorreram atos impulsionados, principalmente, pelo Movimento Brasil Livre (MBL), contra a então presidenta Dilma Rousseff em todos os estados.

Os atos culminaram no processo de impeachment contra a ex-presidenta. Em 31 de agosto de 2016, o Senado votou pela cassação do mandato.

Classificado como golpe por movimentos sociais, o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff teve como justificativa principal as acusações de “pedaladas fiscais” — manobras contábeis que, segundo seus opositores, teriam sido usadas para maquiar as contas públicas e esconder déficits no orçamento. No entanto, em 2022, o Congresso Nacional aprovou as contas dos anos de 2014 e 2015, referentes ao governo Dilma, validando sua gestão fiscal. Em 2023, na esfera judicial, o processo contra a ex-presidenta foi finalmente arquivado, reacendendo debates sobre a legitimidade do impeachment e seus desdobramentos políticos.

Dilma nasceu em Minas Gerais e integrou movimentos contra a Ditadura Militar (1964-1985). Iniciou o curso de economia na Universidade Federal de Minas Gerais em 1967. Dois anos depois, teve que abandonar os estudos e viver na clandestinidade pelas perseguições.

Em 1970, foi presa, submetida a torturas e condenada a seis anos de prisão. Conseguiu redução da pena junto ao Superior Tribunal Militar e saiu da prisão no final de 1972. Mudou-se para Porto Alegre e retornou os estudos, ainda fazendo oposição à ditadura. Em 2001, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT).

Foi eleita a primeira presidenta do Brasil em 2010 e reeleita em 2014. Promoveu políticas públicas como a ampliação de institutos federais e do programa Bolsa Família, a criação do Mais Médicos, a regulamentação do trabalho doméstico, a política de cotas e a investigação de crimes da Ditadura.

Em 2023, foi eleita presidenta do Banco do Brics, grupo de países de economia emergente, e defende o aumento dos financiamentos em moedas nacionais, em substituição ao dólar.

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