Elke Maravilha partiu, mas quem viu não a esqueceu. A figura sorridente e gestual do Cassino do Chacrinha nos anos 80 parecia sumida das telas nas décadas seguintes, mas talvez tenha apenas sido ofuscada pela onda de caretice. Seu último trabalho é o filme Lua em Sagitário, gravado no final do ano passado em Santa Catarina e que estreia em setembro. Recorde alguns momentos em que Elke desafiou o conservadorismo.
Modelo da coleção da estilista Zuzu Angel, foi presa por seis dias durante o governo Médici após rasgar cartazes do governo militar em que Stuart Angel, militante do MR8 e filho de Zuzu, figurava como “Procurado”.
Como a jurada de alegria contagiante do Cassino do Chacrinha
Desfilando para a grife Daspu (2008), criada por garotas de programa da ong DaVida, e durante o Puta Dei (2015).
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“Eu amo as prostitutas. Elas são muito batalhadoras e sofrem muito preconceito. Você não vende o seu trabalho? O médico não atende os pacientes? Qual é o problema delas ganharem dinheiro com o corpo? Eu sou madrinha das prostitutas. Foi algo que aconteceu naturalmente, eu não cheguei e fiquei ensaiando para abraçar essa causa, entende?”, afirmou.
Admitiu que fez aborto
“Fui sábia. Como poucas vezes fui na vida. O que eu vou dizer para uma criança? Educar uma criança é um jogo, mas eu não sei jogar na vida. Não saberia educar falando mentiras.”
Ex-modelo, condenou os concursos de beleza…
“As pessoas, na verdade, deveriam educar melhor seus filhos, sem preconceitos, sem essa merda de atraso que vivemos. Dessa forma, as meninas não precisariam de concurso para elevar a estima”, disse.
…mas apoiou o Miss Plus Size:
“Essa iniciativa, para as meninas, é muito importante. Muitas se sentem inferiores e rejeitadas. Mas isso é culpa da ditadura da magreza. Isso é uma burrice! A pessoa tem quer ser o que é, oras”
Inspiradora das drags
Desmistificou símbolos cristãos do Natal ocidental (assista aqui)