Uma intensa agenda mobiliza a comunidade que luta pelos direitos da população LGBTTI nesta semana do 17 de maio, dia mundial de luta contra a homofobia. A data foi integrada ao calendário por que marca a exclusão, em 1990, da homossexualidade, lesbianidade e bissexualidade (orientações sexuais) da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No ano seguinte, o Brasil oficializou a data por decreto e em 2008, o dia contra a homofobia passou a integrar também o Calendário Oficial de Eventos Anuais de Florianópolis após lei municipal. Desde então, todos os anos, são realizadas ações pela ampliação dos direitos civis igualitários para a população LGBT.

A programação na capital de Santa Catarina abrange atividades institucionais e festivas. Pela manhã, uma audiência pública na Assembleia Legislativa promovida pela Comissão de Direitos Humanos reforçará a defesa à resolução 001/99 do Conselho Federal de Psicologia. A norma procura garantir a atenção não-discriminatória dos profissionais de psicologia a pacientes LGBT em contraposição a posturas patologizantes. Em fevereiro, a Câmara dos Deputados reconsiderou proposta de suspensão da resolução do CRP para permitir a chamada “cura gay”. O tema também será debatido na Mesa “Cura ou não cura?: Os reflexos da patologização da homossexualidade e das identidades trans” que ocorre à noite na UFSC. São convidadxs para tratar do tema a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos LGBT Guilhermina Cunha, a presidenta da Associação em Defesa dos Direitos Humanos (ADEH), Lirous K’yo Fonseca, o historiador Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho, e o representante do CRP, Daniel Kerry.

À tarde, uma festa-ato com djs, apresentações artísticas e intervenções políticas marca a data no centro da capital.

Veja a programação: