Redes em Suspensão pode ser visto até às 20h de hoje.
Por Linete Marins.
O encontro de seis mulheres, artistas inquietas e vibrantes, resultou num trabalho coletivo com o título de “Redes em Suspensão”. Num antigo prédio em frente à praça XV de Novembro, em Florianópolis, está o Instituto Meyer Filho, espaço que abrigou a mostra “relâmpago” das artistas nesta quinta e sexta-feira.
“Redes em Suspensão é uma iniciativa de intercâmbio artístico, criativo e pedagógico entre artistas de diferentes formações e diferentes regiões do Brasil. Por isso, optamos pela multiplicidade de linguagens, tendo as práticas orientadas pelo corpo”, diz o texto de apresentação da mostra.
Nesse curto período de tempo, o que o público pode ver foi a interessante simbiose/costura de instalações, dança, filosofia, artes visuais, performances. E se a arte é para desacomodar do lugar comum, o Redes em Suspensão foi tecido como algo com a intenção de “apontar alguns dos conflitos e contradições da relação entre a arte e seus espaços”, justificam as artistas.
“Portanto, é a partir da costura de uma rede, que explora: novas poéticas visuais; nós;deslocamentos geográficos, afetivos e culturais; cruzamento de linguagens; construção de um campo ampliado em suspensão, que pretendemos ampliar a redução da performance ao vídeo, entre outros, para outras formas de registro e exposição”.
Conheça as artistas:
Zilá Muniz
Coreógrafa, criadora e diretora do Grupo Ronda de Florianópolis. Tem como principal tema de exploração as poéticas da liberdade. Seu principal suporte é o corpo em movimento. Ministra aulas e oficinas de dança contemporânea em Florianópolis. Tem vários projetos premiados que circularam por todo o Brasil.
Ana Pi
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Artista visual, cenógrafa e bailarina contemporânea de Florianópolis. Tem como poética a exploração dos imaginários afrobrasileiros e suas reverberações no corpo e em diferentes objetos de cena. Trabalha com criação de bonecas, objetos lúdicos, costurados, objetos de cena, figurinos e tudo mais que possa ser brincado e sonhado e feito pelas mãos. Integrante do Núcleo de Criação do Ronda Grupo de Dança e Teatro desde 2009, atua como arte-educadora desde 1999. Criadora da marca ‘rosapingo’ (objetos lúdicos, de cena e afins) e co-fundadora e integrante do coletivo artístico ‘Loja Cincocinco’ em Florianópolis (2011-2014).
Carol Marim
Filósofa e performer de São Paulo. Tem como proposta costurar paisagens relacionais entre performance, instalação e filosofia. Revela a criação de um procedimento a partir da costura de retalhos (anotações, vídeos, fotografias, artigos lidos e escritos, conversas) propondo experimentações reais de pensamento e movimento. Utiliza como suporte o tecido, como lugar dos afetos, material maleável, superfície perfeita para se compor conceitos. Desde 2001 vem realizando diversas performances e participando de alguns festivais, tanto no Brasil, como em outros países.
Pati Peccin
Artista visual e cenógrafa de Florianópolis. Tem como poética narrativas ficcionais de personagens inventados em “relicários descolados” sobre cápsulas de memórias. Utiliza como suporte colagem, bordado e objetos de memória. Parceira da Faferia em Florianópolis onde coordena oficinas. Tem realizado exposições coletivas e individuais na Grande Florianópolis.
Lena Muniz
Artista visual de Curitiba. Trabalha com a poética do tensionamento e conceitos como: acumulação, controle e experiência acumulada. Utiliza como suporte fios, tecidos, bordados e cerâmicas. Tem realizado exposições coletivas e individuais em Curitiba e Joinville e participa do coletivo C.O.M.O.
Paula Schlindwein
Artista visual de Florianópolis. Sua poética é autoreferente, busca na arte a unidade das dores e das belezas do universo feminino. Utiliza como suportes a aquarela, bordado, vídeo, entre outros. Tem realizado exposições coletivas e individuais na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Belo Horizonte. Recentemente apresentou seu trabalho na exposição “Conexões Viscerais”, no Tralharia em Florianópolis.