O Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil lançou uma moção de apoio às/aos estudantes  que realizam ocupação em escolas, universidades e institutos federais. Leia na íntegra:

 Moção de apoio do Movimento de Mulheres Camponesas aos/as estudantes que realizam ocupações em Escolas, Universidades e Institutos Federais.

O Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil, vem a público manifestar apoio a toda forma de mobilização das (os) estudantes que buscam através de sua organização denunciar e combater a Proposta de Emenda Constitucional 241, que tramita no senado com o Nº55, e a Reforma proposta para o Ensino Médio, pois entendemos que a reforma do Ensino Médio é arbitrária e foi imposta sem considerar os sujeitos da área da educação. Da mesma forma a PEC 55 vem no sentido de impor às camadas populares, à classe trabalhadora, a retirada de direitos na área da Educação, Saúde, Previdência, Assistência, bem como, nas políticas públicas destinadas a Agricultura Familiar e Camponesa, entre outras. Tais medidas ferem mortalmente a constituição cidadã de 1988.

Entendemos que as ocupações das Escolas, Universidades e Institutos Federais são instrumentos para que os jovens possam debater e aprofundar as consequências de tais medidas, bem como, proporcionar o exercício pedagógico de formular e defender seus direitos, faz parte da formação humana de pessoas críticas e conhecedoras de seus direitos e de seus deveres.

Nos colocamos como parceiras e apoiadoras desta causa e estamos atentas para que os direitos dos estudantes sejam garantidos, pois com esse movimento mais uma vez a Juventude Estudantil se coloca na luta por resistência e compromisso com uma sociedade com igualdade de direitos.

A juventude precisa ser respeitada e repudiamos qualquer medida repressiva, autoritária ou de perseguição a suas lideranças, pois esta manifestação é pacífica, legítima e promove o conhecimento e o empoderamento dos/as jovens.

Movimento de Mulheres Camponesas
Mulher camponesa é aquela que de uma ou de outra maneira, produz o alimento e garante a subsistência da família. É a pequena agricultora, a pescadora artesanal, a quebradeira de coco, as extrativistas, arrendatárias, meeiras, ribeirinhas, posseiras, boias-frias, diaristas, parceiras, sem terra, acampadas e assentadas, assalariadas rurais e indígenas. “A soma e a unificação destas experiências camponesas e a participação política da mulher, legitima e confirma no Brasil, o nome de Movimento de Mulheres Camponesas”, diz o movimento em seu site.

A origem da organização tem como marco a criação, em 1995, da Articulação Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, reunindo as mulheres dos seguintes movimentos: Movimentos Autônomos, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Pastoral da Juventude Rural – PJR, Movimento dos Atingidos pelas Barragens – MAB, alguns Sindicatos de Trabalhadores Rurais e, no último período, o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA.

“Constituir um movimento nacional das mulheres camponesas se justifica a partir da certeza de que “a libertação da mulher é obra da própria mulher, fruto da organização e da luta”, explicam.

 

O jornalismo independente e de causa precisa do seu apoio!


Fazer uma matéria como essa exige muito tempo e dinheiro, por isso precisamos da sua contribuição para continuar oferecendo serviço de informação de acesso aberto e gratuito. Apoie o Catarinas hoje a realizar o que fazemos todos os dias!

Contribua com qualquer valor no pix [email protected]

ou

FAÇA UMA CONTRIBUIÇÃO MENSAL!

Últimas