Deborah Finocchiaro e Áurea Baptista da Companhia de Solos & Bem Acompanhados de Porto Alegre apresentam a peça GPS Gaza, hoje, 19 de agosto, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) às 20h. A apresentação integra o 13º Festival Palco Giratório Sesc que iniciou neste mês e segue até 31 de agosto. Os ingressos gratuitos são distribuídos uma hora antes do início de cada espetáculo, no local do evento. A mesma companha apresentou também a peça “Pois é, vizinha”, em 17 de agosto.
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Faixa de Gaza é conhecida mundialmente, seu nome é uma referência. Mas, mesmo com a grande repercussão do que lá ocorre, não é, nem de longe, a mais expressiva história de desapossamento, sofrimento e violência contra homens, mulheres e crianças. Para além da conjuntura política, econômica e religiosa, o espetáculo GPS GAZA trata das questões humanas desse tipo de experiência. Países como Ruanda, Bangladesh, Brasil, Venezuela, Filipinas e povos como curdos, armênios, judeus, palestinos, japoneses, tibetanos, sírios, entre tantos outros, foram usados pela História afora, servindo a interesses que não incluem o respeito à pessoa e suas necessidades.
Enquanto a geografia se altera anunciadamente pelos meios de comunicação, o flagelo dos envolvidos é citada em gráficos e percentuais que afastam a realidade da dor. São os muros – concretos ou metafóricos -, sempre construídos para afastar o que não se quer ver, sentir ou saber. Assim, GPS Gaza não se debruça sobre judeus e palestinos, percorre o mundo – em grandes guerras ou nos conflitos cotidianos da convivência – onde até Deus é vendido de acordo com interesses políticos e econômicos. A GPS Gaza procura a Faixa de Gaza existente nas sociedades contemporâneas e dentro de cada um, aqui e agora.
A peça tem classificação de 14 anos e duração de 60 minutos.