Dos 23 vereadores eleitos em Florianópolis em 6 de outubro, 82,6% são homens – há apenas quatro mulheres, uma a menos do que no pleito de 2020.
“Creio que se continuarmos nesse ritmo talvez tenhamos paridade (de gênero) por volta de 2150 mais ou menos. Essa é uma visão pessimista, mas os resultados mostram que os avanços são pequenos e os atrasos são fortes”, afirma a professora da UFSC Joana Maria Pedro, que pesquisa relações de gênero, feminismo e história das mulheres.
Ela entende que parte desse retrocesso está ligado à misoginia. “Em Santa Catarina, apesar de ser um Estado com nome de mulher, temos uma postura bem misógina. E não são só os homens, temos mulheres misóginas aqui, também”, pontua.
Além disso, 20 dos vereadores eleitos se autodeclaram brancos. As exceções são Ingrid Sateré-Mawé (PSOL), que é indígena, Claudinei Marques (Republicanos), que se autodeclara pardo, e Bezerra (MDB), preto.
Ingrid é a primeira mulher indígena a ocupar formalmente uma cadeira na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Ela recebeu apoio de 3.430 eleitores. “Vamos construir uma cidade mais inclusiva, sustentável e acolhedora. Estou empolgada para iniciar essa nova etapa ao lado de vocês”, afirmou ao comemorar sua eleição.
Câmara segue conservadora e com cenário favorável a Topázio
A casa legislativa permanece com maioria conservadora, com 10 das 23 vagas ocupadas por PL e PSD, partido do governador Jorginho Mello e do prefeito reeleito Topázio, respectivamente.
As duas siglas ampliaram a presença na Câmara. Em 2020, cada uma elegeu dois vereadores, nesta foram cinco cada. O PSDB reduziu as cadeiras de duas para uma. Novo, PSC e Podemos, que tiveram eleitos em 2020, não terão representantes a partir de 2025.
Já o PT, ampliou uma cadeira, chegando a dois vereadores. O PSOL mantém suas três legislaturas, mas renova sua bancada, aponta Daniel Corrêa, professor de Relações Internacionais, Direito e Comércio Exterior da Univali. Com exceção da reeleição de Afrânio Boppré, os outros dois parlamentares ocuparão uma vaga pela primeira vez: Camasão, que fez 3.975 votos, e Ingrid Sateré-Mawé.
Custo do voto variou de R$ 3,47 a R$ 39,38
Rafinha de Lima (PSD) foi o vereador eleito que mais gastou com votos. Ele recebeu o apoio de 2.765 eleitores e arrecadou R$ 108,8 mil na campanha, o que representa custo de R$ 39,38 por voto.
Na outra ponta da lista, quem menos gastou foi Josimar Pereira Mamá (União Brasil). Cada um dos 5.334 votos recebidos por ele custou R$ 3,47. Mamá arrecadou R$ 18,54 mil na campanha eleitoral.
Os valores de arrecadação são referentes à última atualização feita pelos candidatos à Justiça Eleitoral. A consulta dos dados foi feita na quinta-feira (10). Os candidatos têm até 5 de novembro para prestarem contas à Justiça Eleitoral.
Confira a lista
Conheça os candidatos eleitos
Gemada (PL)
Candidato a vereador mais votado em Florianópolis, Gemada, 45 anos, foi eleito para seu segundo mandato na Câmara de Vereadores.
Nascido na Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, Gemada diz que começou a trabalhar desde cedo. “Comecei meu primeiro emprego formal na Frutaria e Peixaria Pinheiro e aos 14 anos comecei a trabalhar como cobrador de ônibus, tornando-me motorista aos 21 anos”, diz.
Foi diretor da Intendência do bairro Campeche, depois atuou como presidente do Conselho Comunitário Fazenda do Rio Tavares. “Incentivado por familiares e amigos, decidi me candidatar a vereador de Florianópolis para expandir meu trabalho pela cidade, sempre com o lema: Ação, Trabalho e Sem Promessas!”
“Continuarei lutando para garantir que mais vias em nossos bairros recebam projetos de drenagem e pavimentação, melhorando a acessibilidade e proporcionando mais dignidade aos moradores.”
Manu Vieira (PL)
Atrás apenas de Gemada no total de votos, Manu Vieira (PL) foi eleita para seu segundo mandato.
Natural de Floripa, se apresenta como “manezinha raiz”. É formada em Nutrição pela UFSC. “Mais tarde, me tornei mestra em Nutrição pela UFSC e tive a oportunidade de ser professora na universidade”, conta nas redes sociais.
“Comecei a me envolver com movimentos que divulgavam as ideias liberais, e, por entender que era disso que o Brasil precisava, me engajei em estudar política e liberalismo”, diz.
Afrânio Boppré (PSOL)
O terceiro mais votado foi eleito para seu quarto mandato como vereador. Afrânio Boppré, 63 anos, recebeu 6.061 votos.
Natural de Florianópolis, Afrânio é economista e professor. Como estudante, foi presidente do Centro Acadêmico Livre de Economia da UFSC, participando da reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE), levada à clandestinidade pelo golpe militar. No início dos anos 1980, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) em Florianópolis. Em 1992, foi eleito vice-prefeito da Capital.
Foi, ainda, deputado estadual por dois mandatos. Na Assembleia Legislativa presidiu a Comissão de Tributação e Finanças, Turismo e Meio Ambiente e Trabalho e Serviço Público. Em 2005, filiou-se ao PSOL e foi presidente nacional da sigla em 2010 e 2011.
Em seu site, diz que sua missão é cuidar de Florianópolis e defende mais transparência “para acabar com a corrupção e respeitar a cidadania”.
Carla Ayres (PT) – 5.743 votos – R$ 197.924,66 – 34,46
Eleita para seu segundo mandato, Carla Ayres, 36 anos, fez 5.743 votos nesta eleição. Natural de Jales, interior de São Paulo, Carla participou do Grêmio Estudantil da escola desde os 14 anos e, aos 16, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Em 2007, mudou-se para Maringá (PR), onde cursou Ciências Sociais na Universidade Estadual de Maringá. “Filha de trabalhadores, seria a primeira pessoa da família a ingressar numa graduação, ainda mais pública. Sou fruto dos projetos de expansão da educação pública superior implementados pelos governos petistas”, diz em seu site.
Foi na universidade, “que aconteceu a minha saída do armário e conheci de frente o que chamamos de ‘movimento social, ONGs, militância’”, conta.
Em 2011, ingressou no mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos. Veio para Florianópolis em 2012. “Cidade que me apaixonei e que escolhi para viver”. Após finalizar o mestrado, iniciou o doutorado em Sociologia Política na UFSC.
Bericó (PL) – 5.476 votos – R$ 77.000,00 (3/10) – 14,06
João Paulo Ferreira, o Bericó, 42 anos, foi reeleito vereador no pleito de 2024. Nascido e criado em Florianópolis, é morador do bairro São João do Rio Vermelho.
É presidente-fundador do bloco carnavalesco “Unidos do Bericó”. Em seu perfil na Câmara dos Vereadores, ele diz que “realiza festas juninas e é incentivador de diversas ações sociais”. Foi presidente da Associação dos Moradores do Rio Vermelho, entre 2017 e 2021.
É casado e pai de dois filhos. “Minha base é a família, minha bandeira é o trabalho e minha missão é servir”, escreveu.
Dinho (União) – 5.372 votos – R$ 80.800,00 – 4/10 – 15,04
Edinon Manoel da Rosa, o Dinho, 61 anos, foi eleito para o seu quinto mandato como vereador. Ele assumiu o cargo, pela primeira vez, em 2009. Nas redes sociais, se apresenta como “filho de pescador e manezinho da Praia do Forte”.
Foi funcionário da Comcap por 24 anos, fundador e presidente por cinco mandatos da Associação dos Moradores da Praia do Forte e, ainda, comandou a associação de Canasvieiras entre 2003 e 2004, onde mora atualmente.
Roberto Katumi (PSD) – 5.357 votos – R$ 126.269,55 24/09 – 23,57
Aos 55 anos, Katumi foi eleito para seu quarto mandato como vereador. Nesse período, foi três vezes presidente da Câmara de Vereadores.
Natural de Florianópolis, é neto de japoneses. A base eleitoral dele é no sul da Ilha. Katumi tem ligação com o futebol amador de Florianópolis e foi presidente do Bandeirantes Recreativo Clube.
Nos dois primeiros anos do segundo mandato de Dário Berger (PMDB) como prefeito de Florianópolis, Katumi atuou como adjunto administrativo e financeiro da Fundação Municipal de Esportes.
Josimar Pereira Mamá (União) – 5.334 votos – R$ 18.543,75 – 4/10 – 3,47
Josimar Pereira, conhecido como Mamá, foi eleito no último domingo para seu segundo mandato como vereador. Nascido em Florianópolis, foi criado no bairro Tapera.
Em 2016, candidatou-se pela primeira vez a um cargo público. Disputou uma vaga na Câmara de Vereadores e ficou na suplência. Depois, assumiu a intendência da prefeitura no bairro Tapera. Em 2020, foi eleito então para uma cadeira na casa legislativa.
Ricardo Pastrana (PSD) – 5.205 votos – R$ 45.006,00 4/10 – 8,64
Em sua primeira eleição concorrendo a um cargo público, Pastrana, 44 anos, foi eleito como o nono candidato a vereador de Florianópolis mais votado.
Manezinho, é bacharel em Direito e atuou como subinspetor da Guarda Municipal na capital catarinense. Tem como principais bandeiras a mobilidade urbana e a segurança pública.
Para a mobilidade, propõe, entre outros pontos, implantar faixa exclusiva para motos na Avenida Beira-Mar Norte. Já para a área de segurança tem como proposta modernizar o atendimento da central de ocorrências da Guarda Municipal, com atendimento via WhatsApp, e proibir venda de escapamentos irregulares, que, segundo ele, são “aqueles barulhentos”.
João Cobalchini (MDB) – 5.073 votos – R$ 45.589,00 2/10 – 8,98
Reeleito vereador, João Cobalchini tem 39 anos. Veio para Florianópolis com um ano de idade. Ele é advogado e atuou em movimentos de juventude.
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“Aqui cresci, estudei e iniciei minha vida profissional. Desde criança, acompanhando meu pai, deputado Valdir Coblachini, aprendi que a política é um instrumento de transformação social”, escreveu em seu perfil na Câmara de Vereadores.
Adrianinho (Republicanos) – 4.641 votos – R$ 31.832,09 – 7/10 – 6,85
Adrianinho foi eleito para seu segundo mandato. Esta é a quarta eleição em que ele participa. Nas duas primeiras, em 2008 e em 2012, ficou na suplência para vereador.
Após atuar na iniciativa privada na área de Tecnologia da Informação, Adrianinho ingressou na vida pública em 2013, ao assumir o Distrito dos Ingleses, onde ficou até 2015. Depois, foi assessor parlamentar na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Em 2019, retornou para a Intendência.
Entre suas propostas para o mandato de 2025 e 2028, estão a criação de centros de capacitação para mães solo, a construção de um Multihospital no Norte da Ilha e macrodrenagem da região.
Camasão
“Jornalista, bissexual, vegano e antifascista. Pai de dois e marido do Paulo Cordeiro Camasão”. É assim que Leonel Camasão se define nas redes sociais. Aos 38 anos, se elegeu vereador pela primeira vez.
Ele disputou outras sete eleições e ficou como suplente de vereador no pleito de 2020. Exerceu mandato por 30 dias e apresentou seis projetos de lei nesse período.
Natural de São Paulo, é formado em Jornalismo pelo Ielusc e é mestre pela UFSC. É ativista LGBTQIA+ desde 2009, atuou no movimento estudantil, na luta por tarifa zero e no sindicalismo.
Gui Pereira (PSD)
Guilherme Pereira de Paulo, 48 anos, foi eleito para seu quarto mandato como vereador. Ele está desde 2013 na casa legislativa, sendo escolhido para o cargo nos pleitos de 2012, 2016 e 2020.
Esteve à frente do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF), com oferta de cursos profissionalizantes para qualificar pessoas e gerar emprego e renda. Em 2009 e 2010, comandou a Fenaostra.
Jeferson Backer (MDB) – 3.696 votos – R$ 21.161,20 – 6/10 – 5,72
Foi reeleito vereador no último domingo. Natural de Florianópolis, é morador da Agronômica e formado em Geografia na UFSC. Tem atuação voltada para o Maciço do Morro da Cruz.
“Assumir uma vaga no Legislativo Municipal era um sonho que começou em 1988, seguindo os passos do pai, líder comunitário”, escreveu em seu perfil no site da Câmara de Vereadores
Ficou como suplente de vereador nas eleições de 2016 e 2020 e assumiu definitivamente uma cadeira na casa legislativa em julho de 2022. Na época, o então vereador Ed Pereira, que ocupava o cargo de Secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, renunciou ao mandato de parlamentar para ser pré-candidato a deputado federal pelo partido União Brasil.
Ed Pereira foi preso em maio de 2024 nas investigações da Operação Presságio. Ele foi solto em agosto.
Pastor Giliard Torquato (PL) – 3.675 votos – R$ 74.546,10 2/10 – 20,28
Disputando pela primeira vez um pleito, Giliard Torquato foi eleito vereador com mais de 3,6 mil votos. Natural de Florianópolis, é graduado em Processos Gerenciais.
Torquato é pastor na Assembleia de Deus de Florianópolis há 16 anos. “Estou determinado a continuar servindo Florianópolis de uma nova maneira. Minha missão é levar para a Câmara Municipal uma visão de trabalho focada em resultados concretos, priorizando o bem-estar de cada cidadão”, escreveu em seu site.
Em vídeo publicado na semana que antecedeu o pleito, ele agradeceu “a todos os pastores e amigos”. “Hoje, quero expressar minha gratidão a todos os pastores que me apoiaram, trabalharam ao meu lado e oraram por essa campanha. Vocês foram fundamentais para chegarmos até aqui”
Pri Fernandes Adote (PSD) – 3.589 votos – R$ 77.128,89 19/09 – 21,49
Natural de Canoas, no Rio Grande do Sul, Pri Fernandes, 50 anos, foi eleita para seu segundo mandato na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Foi a primeira mulher a assumir a presidência da Câmara de Vereadores e, atualmente, é procuradora especial da mulher na Câmara Municipal.
Ela é protetora de animais há 25 anos e atua para ajudar na adoção dos bichinhos. No Instagram, diz que já resgatou mais de 3 mil animais. Entre suas propostas, estão um Hospital Veterinário Público e uma farmácia popular animal. Pri Fernandes é formada em Psicologia e tem trabalho voltado a mulheres e crianças vítimas de violência.
Ingrid Sateré-Mawé (PSOL)- 3.430 votos – R$ 116.870,00 3/10 – 34,07
Ingrid, 37 anos, é a primeira mulher indígena a ocupar formalmente um cargo na Câmara de Vereadores. Bióloga de profissão, é professora e atualmente estuda Direito.
Natural de Manaus, no Amazonas, mora há 18 anos em Florianópolis. Ela é casada, mãe de três filhos e portadora de fibromialgia. Além disso, é líder da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).
A primeira eleição que disputou foi em 2018 para o governo de Santa Catarina pelo PSTU – na época, o eleito foi Carlos Moisés. Ela atuou, ainda, como assessora parlamentar tanto na Câmara Municipal de Florianópolis quanto no Congresso Nacional. E representou Florianópolis na COP28, em Dubai, levando a luta das mulheres indígenas para o mundo.
Suas principais bandeiras são o direito das mulheres, preservação do meio ambiente, justiça social e cuidado com Florianópolis. “O futuro é feminista, indígena e ecológico. E esse futuro começa agora”, escreveu nas redes sociais.
Duas mulheres indígenas já exerceram o cargo antes de Ingrid: Joziléia Daniza Jagso Schild e Janaina Barbosa Rodrigues. Elas participaram via mandato coletivo, eleito em 2020. Joziléia estava na formação original do grupo que tinha cinco mulheres. Janaina entrou depois, e ainda é covereadora junto com o coletivo.
Por regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o registro de candidatura, nome e foto na urna só pode ser de um integrante. Nesse caso, foi de Cíntia Mendonça, que representou a Coletiva Bem Viver. Por isso, formalmente, Ingrid é a primeira mulher indígena eleita vereadora em Florianópolis.
João Padilha (PL) – 3.173 votos – R$ 61.380,00 4/10 – 19,34
Aos 49 anos, João Padilha foi eleito para cargo público pela primeira vez após disputar três eleições. Natural de São Paulo, ele se apresenta no Instagram como o candidato de Ana Campagnolo e Julia Zanatta e líder do Conservadorismo Floripa.
Nas redes sociais, se posiciona como pró-armas. Eles tem um destaque no Instagram com fotos com armamentos e em clubes de tiro. Ele também era contra o passaporte vacinal durante a pandemia.
Claudinei Marques (Republicanos) – 3.110 votos – R$ 70.805,00 – 23/09 – 22,76
Foi eleito para seu terceiro mandato como vereador. Natural de Matelândia, interior do Paraná, é pastor há mais de 25 anos e tem formação em Gestão Pública no Centro Universitário Maurício de Nassau Recife (UNINASSAU).
Em fevereiro de 2021, assumiu a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SDS), atuando com políticas públicas de assistência social e habitação em Santa Catarina.
Em setembro de 2022, assumiu como primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, tomando posse em janeiro de 2023.
Rafinha de Lima (PSD) – 2.765 votos – R$ 108.889,00 – 9/10 – 39,38
Manezinho, Rafael de Lima, 35 anos, cresceu no bairro Sambaqui, no norte da Florianópolis. Essa é a primeira eleição que ele disputa.
Formado em Economia e Administração, tem mestrado em Administração e especialização em orçamento e finanças públicas. Ocupou cargos de chefia e direção na Câmara Municipal e na Prefeitura de Florianópolis. Foi secretário municipal, chefe de gabinete do prefeito (adjunto) na gestão Topázio e presidente do comitê de revisão do Plano Diretor, aprovado em 2023.
Renato da Farmácia (PSDB) – 2.650 votos – R$ 35.850,00 – 29/09 – 13,52
Natural de Blumenau, Renato Geske, conhecido como Renato da Farmácia, tem 70 anos e foi eleito para seu quarto mandato na Câmara de Vereadores.
Ele se mudou para Florianópolis para estudar. Farmacêutico, resolveu entrar para a política em 2008, quando disputou seu primeiro pleito e foi eleito pelo Partido da República, que mudou de nome e hoje é o Partido Liberal. Atualmente no PSDB, Renato da Farmácia já foi filiado também ao PSD e ao PSOL.
Ele foi líder do governo Topázio Neto (PSD) na Câmara de Vereadores.
Bezerra (MDB) – 2.607 votos – R$ 12.340,00 19/09 – 4,73
Natural de Florianópolis, Bezerra, 46 anos, foi eleito pela primeira vez como vereador no último domingo. Ele disputou as eleições de 2016 e 2020, quando ficou na suplência.
Atuou como gerente na Fundação Catarinense de Esporte durante três anos e promoveu eventos, como os Jogos Abertos da Terceira Idade. Diz que uma das conquistas mais significativas nesse período foi a criação de pódios inclusivos, com medalhas em braile, além da introdução de modalidades como basquete e jiu-jitsu para cadeirantes.
“O esporte mudou minha vida, e por isso luto por políticas públicas que promovam a inclusão social”, afirma.
Professor Bruno (PT) – 2.235 votos – R$ 70.791,37 26/09 – 31,67
Eleito no primeiro pleito que disputa, Bruno Ziliotto, 41 anos, é conhecido como Professor Bruno. Ele é formado em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e atua como professor na rede municipal de Florianópolis.
Seu mote de campanha foi “serviço público para o povo”. Ele é defensor da categoria, é diretor licenciado do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem).
Entre suas propostas, estão a criação do cargo de professor auxiliar de sala e coleta de lixo 100% pública e feita pela Comcap.
*Os candidatos foram apresentados em ordem de votação