“Vamos tratar sobre as violências silenciosas que atingem as mulheres negras, sobre o menor acesso às vagas no mercado de trabalho, principalmente cargos de chefia, sobre o assédio sexual e moral que sofrem”, afirma Cassia Alves Leal, coordenadora do Programa Institucional Diversidade, Inclusão e Direitos Humanos e membro do Grupo de Trabalho Institucional de Pró-equidade, Gênero e Raça, da Superintendência Estadual de Operações dos Correios.

Ela refere-se à programação do Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, comemorado nesta terça-feira (25). A organização é dos Correios. A data possibilita lembrar das trajetórias e da resistência das mulheres negras em busca de inclusão no Brasil e no mundo. “É nosso dever contribuir para a sensibilização, reflexão e educação dos nossos colaboradores e da comunidade nestas questões”, destaca Cassia.

O evento acontecerá no Centro Operacional e Administrativo dos Correios, em São José. Na abertura, será feita a apresentação do trailer do documentário “Mulheres Negras: Projeto de Mundo e sobre Empatia”. A mesa de conversa será composta por Thuanny Paes, atriz e produtora do Coletivo NEGA, Maria Aparecida Rita Moreira, doutora em Literatura pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e professora da Secretaria de Educação e Inovação do Estado de Santa Catarina.

Instituído em 2014 no Brasil, o 25 de julho também é Dia de Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou rainha, resistindo à escravidão por duas décadas. No mesmo ano, também foi feita a inclusão no calendário comemorativo brasileiro do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Quem foi Tereza de Benguela
Tereza de Benguela é considerada uma grande guerreira mato-grossense e símbolo da resistência negra no Brasil colonial. Uma liderança quilombola que viveu no século XVIII, companheira de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso.

Quando José Piolho morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola e liderou levantes de negros e índios em busca da liberdade revelando-se uma grande líder.

Apesar da pouca representatividade na história oficial do país, Tereza é comparada ao líder negro Zumbi dos Palmares, a “Rainha do Pantanal” do período colonial. Sobreviveu até 1770 e não se sabe ao certo como morreu, mas morreu lutando. (Fonte: Governo federal).

Local
Auditório Amanajé – Centro Operacional e Administrativo dos Correios
Rua Romeu José Vieira, 90
São José, SC

Programação
8h30 – Abertura do Evento com a apresentação do vídeo trailer do documentário Mulheres Negras: Projeto de Mundo e sobre Empatia

8h45 – Leitura do Diretor Regional

9h – Exibição do curta “O Xadrez das Cores”

9h25 – Apresentação das participantes e abertura oficial do debate

9h30 – Explanação da 1° participante

9h50 – Explanação da 2° participante

10h10 – Debate (com abertura para a participação do público)

11h30 – Encerramento

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