Encontro debate diferentes expressões do racismo religioso no Brasil e América Latina
Criola, Conectas e Portal Catarinas realizam terceiro encontro de ciclo de debates sobre racismo religioso.
Às vésperas das eleições, Criola, Conectas e Portal Catarinas, com apoio do Synergia – Iniciativa para Direitos Humanos, realizam o terceiro encontro do ciclo de debates sobre racismo religioso, em 29 de setembro, às 18h, de forma online. O tema, mais uma vez, se mostrou urgente no decorrer da campanha política diante de ataques e disseminação de fake news por parte de candidatos fundamentalistas, direcionados, principalmente, às religiões de matriz africana. O evento será transmitido ao vivo, das 18h às 20h, no canal no YouTube do Portal Catarinas.
Para somar forças com lideranças e organizações afro-ameríndias, decidimos ampliar a conversa sobre racismo religioso e trazer participantes de outros países para aprofundar o debate sobre o tema no contexto da América Latina. O que o Brasil tem a compartilhar com países latino-americanos? Quais aprendizados podemos trocar para a garantia da livre expressão de cultos e de fé?
Participam do encontro Edina Shanenawa, coordenadora executiva da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e cacica da aldeia Shane Tatxa, no Norte estado do Acre; Roseli Finscue Chavaco, mulher indígena dos povos Nasa e Misak, da Colômbia. Cofundadora da Rede Nacional de Mulheres Defensoras de Direitos Humanos e Sergio Albino, Babalorixá de Ile de Bara Lode – Kimbanda Zumbi, em Montevidéu, Uruguai.
O objetivo do ciclo é debater o impacto do racismo religioso junto à população negra, povos de religiões de matriz africana, povos indígenas e outros grupos sociais afetados por esse tipo de discriminação. E, ainda, entender as lacunas que existem no debate político e de direitos humanos sobre liberdade religiosa e racismo religioso, levando em consideração a intersecção de gênero, identidade de gênero, territorialidade e outras dimensões de opressão.
No primeiro encontro, realizado em 5 de maio, os participantes defenderam que a expressão intolerância religiosa nem sempre faz justiça à violência sofrida pelas religiões de matriz africana. É preciso apontar o racismo presente nessas condutas.
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Já no segundo, realizado em 14 de julho, os convidados e convidadas compartilharam estratégias para conter as violências decorrentes do fundamentalismo religioso e do discurso de ódio crescentes no Estado Brasileiro, indicando a necessidade de mudanças profundas em espaços como o judiciário e os conselhos tutelares.
Nesta terceira etapa, o objetivo é que as/os participantes compartilhem suas experiências em relação à compreensão do racismo religioso e ao seu enfrentamento, desde o contexto específico de atuação e considerando as legislações próprias de cada país, de modo a contribuir para um diálogo sobre articulações possíveis na região.
As duas lives anteriores estão disponíveis em youtube.com/c/PortalCatarinas e o segundo encontro também está no canal youtube.com/c/Criolamulheresnegras.
Serviço:
Liberdade religiosa e racismo religioso no Brasil e na América Latina
Data: 29 de setembro
Transmissão: www.youtube.com/c/PortalCatarinas
Horário: 18h às 20h
Convidados:
Edina shanenawa: Sou Pekashaya conhecida como Edina Shanenawa, coordenadora executiva da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), cacique da aldeia Shane Tatxa kaya e ativista no direito indígenas principalmente no direito de mulheres.
Sergio Albino: Soy natural de Uruguay. Babaloriya del Ile de Bara Lode -Kimbanda Zumbi- en Montevideo. Actualmente estoy abocado al desarrollo de dos propuestas educativas e investigación, en la “Casa de la cultura Afro-uruguaya” de Montevideo. Ellas son: Encuentro de crianzas; Ludoteca ludo-creativa permanente. Ambas propuestas tienen como finalidad promover procesos de educación significativos, centrados en el sujeto desde su singularidad; en la equidad social e intergeneracionalidad y centrados en la población afro y su contexto social.
Roseli Finscue Chavaco: Mujer Indígena de los pueblos Nasa y Misak. Defensora de Derechos humanos, la vida y el territorio. He ejercido como autoridad indígena en mi resguardo Indígena La Gaitana. Trabajo en la defensa de los derechos humanos d elas mujeres y los pueblos indígenas. He participado en el proceso del movimiento indígena a nivel regional, Nacional e internacional. Confundadora de la Red Nacional de Mujeres Defensoras de Derechos Humanos y he coordinado el Programa Mujeres del CRIC.