A sereia, pulmão anfíbio
dupla vida
condenada a errar
de tanto ar
pelo atol das almas

Imensa no saara de sua
solidão sem rastros
água
água
seca nos pulmões
em ambos o deserto

Respira profundo que
ainda falta muito
Mulher peixe restará
convivas de
Leviatã, que toda vida
devora
Devir anfíbio

Na urna diminuta
o saara é todo amores
rua deserta
Não há ressurreição

Canto porque ainda não
sou cinzas
Hei de ser aquela de estrelas

* Texto de Ibriela Sevilla. 

O jornalismo independente e de causa precisa do seu apoio!


Fazer uma matéria como essa exige muito tempo e dinheiro, por isso precisamos da sua contribuição para continuar oferecendo serviço de informação de acesso aberto e gratuito. Apoie o Catarinas hoje a realizar o que fazemos todos os dias!

Contribua com qualquer valor no pix [email protected]

ou

FAÇA UMA CONTRIBUIÇÃO MENSAL!

  • Abrasabarca

    ABRASABARCA se dedica à pesquisa, descoberta e (re)invenção poética. Somos um coletivo que se formou em encontros para l...

Últimas