Série Poéticas da Convivência: o canto
A sereia, pulmão anfíbio
dupla vida
condenada a errar
de tanto ar
pelo atol das almas
Imensa no saara de sua
solidão sem rastros
água
água
seca nos pulmões
em ambos o deserto
Respira profundo que
ainda falta muito
Mulher peixe restará
convivas de
Leviatã, que toda vida
devora
Devir anfíbio
Na urna diminuta
o saara é todo amores
rua deserta
Não há ressurreição
Canto porque ainda não
sou cinzas
Hei de ser aquela de estrelas
* Texto de Ibriela Sevilla.