Democratizar a democracia a partir da presença de mais mulheres diversas na política e nos espaços de poder é uma das missões do Meu Voto Será Feminista e conexão imediata com o Portal Catarinas, numa parceria generosa e frutífera que sempre contribuiu com a qualificação do debate público.

Estes seis anos de trajetória das Catarinas e da construção de um combativo jornalismo especializado em feminismo e gênero merecem nossos aplausos e homenagens. Mais ainda quando a celebração de aniversário é o lançamento de um site novo, que moderniza a produção e amplia horizontes de leitura e alcance, que significa ter mais gente lendo, conhecendo melhor a realidade, se perguntando “Por que?” e refletindo sobre como mudar as coisas. Um oásis em tempos negacionistas e de desinformação.

2023 já bate a nossa porta e será um ano de reconstrução e de remendos na comunicação global, no ativismo e na política.

A vitória de Lula e da frente democrática pluripartidária e pluriideológica nos garantem o ambiente institucional para (re)orientar as ações de modo a construir mais do que barrar a destruição. A vitória alivia o mundo e nos põe numa cuidadosa transição do regime autocrático da extrema direita para outro de centro-esquerda na presidência, tendo no esteio das eleições a grave manutenção da agenda ultraconservadora no Congresso Nacional, nas assembleias estaduais e em muitos governos estaduais.

A boa notícia é que mais mulheres, pessoas negras, indígenas e diversas estarão no poder, incluindo a primeira bancada de deputadas indígenas (a maioria de esquerda) e trans da história, de votações expressivas de mulheres negras e feministas. O outro lado da mesma moeda também está dado, com a maioria das eleitas integrando partidos de extrema direita e centro-direita ( PL, do atual presidente | União Brasil | PP Republicanos | Avante e Novo, PMDB | PSDB | PSD | Solidariedade | Avante). Anti-feministas eleitas com votações vultuosas e um avanço geral da agenda conservadora mais radical, decantada, avessa à coletividade e às bases cidadãs da nossa Constituição.

É neste cenário que seguiremos contando com a coragem das mulheres que compõem o portal Catarinas, com sua ampla cobertura, ponto de encontro com os feminismos plurais e com a agenda da justiça social. O portal traz pautas múltiplas, com reportagens que denunciam, outras que também valorizam as mulheres diversas, ressignificam conceitos, além de artigos e análises que nos ajudam a pensar a realidade na perspectiva de gênero, raça, sexualidade, marcadores de uma espécie de sub-cidadania, lugar que jamais aceitaremos.

Somos parcerias e admiradoras desse portal de lutas, onde apoiamos com pautas e numa coluna mensal (não tão frequente assim) em que já tratamos de muitos assuntos e aspectos da urgente demanda por mais mulheres plurais na política institucional. Mulheres negras, indígenas, brancas, PCDs, LBTs, dos campos, das águas que pactuam conosco uma agenda inegociável de direitos emancipatórios e de enfrentamento às desigualdades e opressões.

Sabemos que o silêncio protege a violência, por isso não podemos calar, jamais. E faremos isso juntas, em rede, é assim que o feminismo se multiplica, difuso como qualquer movimento plural, porém sempre mantendo as pulsações vitais.

Vida longa ao Portal Catarinas, um salve à Paula Guimarães e a todas as companheiras que tocam o projeto. Vocês nos orgulham.

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