Dormiu encolhida dando as costas pra lua, depois de tanto encararem-se, ela e a lua a cabeça a girar. Lua preocupada, às tantas que a nuvem veio, fechou visão e pobre satélite nem viu o choro da menina que vazia tinha deixado latas de cerveja e o olhar no chão. Ela nem viu (a menina), pose fetal, brilho nulo esquecendo como fazia para ser crescente e ir dormir. Lua minguou. Sorte que lua não chora. O céu tem mais o que fazer.

Fêre Rocha

Jornalista, escreve no Blog da Fêre há oito anos, espaço criado para publicação de seus escritos e divulgação da música brasileira. Fêre tem algumas parcerias musicais com músicos de Floripa e Sampa e é colunista na revista digital Itinerário Imprevisto. Cotidiano Horizonte é seu primeiro livro publicado.

Últimas