Violência de gênero no jornalismo: mulheres sofrem mais ataques

Por Daniela Valenga

Fotos: Unsplash, Pexels e reprodução

Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), mulheres jornalistas são duplamente suscetíveis a serem vítimas de violência, por exercerem seu direito à liberdade de expressão e por razões de gênero.

Somente nos cinco primeiros meses de 2022, já foram registrados 30 ataques a jornalistas com viés de gênero ou casos que vitimaram mulheres no Brasil.

É o que indica o acompanhamento “Violência de gênero contra jornalistas”, realizado pela Abraji, em parceria com a Unesco.

desses ataques contêm discursos estigmatizantes que buscam difamar e constranger as vítimas.

53%

Isso ocorre por meio de ataques à reputação e à moral. São ofensas relacionadas a aspectos como aparência, sexualidade ou traços de personalidade vistos sob uma ótica sexista.

dos casos, os agressores são homens.

Em 90%

Metade dos ataques são originários de pessoas do governo ou funcionários públicos.

Em 2021, foram registrados 119 ataques contra mulheres jornalistas e ataques de gênero envolvendo profissionais da imprensa.

Desses, 90% eram direcionados a mulheres, 8 ataques atingiram homens e tinham caráter homofóbico.

Um dos casos de destaque do ano passado foi o da Patrícia Campos Mello, ofendida por Jair Bolsonaro após publicar reportagem sobre esquema de disparo de mensagens online.

Ser jornalista no Brasil hoje é ser alvo de uma máquina de ódio, que atinge com mais força as mulheres.” 

– Patrícia Campos Mello 

O Portal Catarinas foi vítima de ataques cibernéticos em 2021, o que nos fez ficar fora do ar por quase uma semana.