Seis personalidades que dão cara ao discurso de Silvio Almeida 

Por Kelly Ribeiro

O primeiro discurso de Silvio Almeida como ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do governo do presidente Lula (PT) viralizou nas redes sociais.

“Vou dizer coisas óbvias aqui: Trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós. Mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós.”

A fala marcada pelo reconhecimento às maiorias minorizadas no Brasil recebeu muitos aplausos na sede da pasta e repercutiu após a cerimônia realizada no dia 3 de janeiro. 

Inspiradas pelo discurso, resolvemos dar um rosto aos grupos citados pelo ministro durante sua fala histórica. 

Cida Bento: escritora e psicóloga pioneira nos estudos sobre branquitude. Em 1992, fundou uma ONG que atua em diferentes setores para promover a igualdade racial e de gênero.

 “Mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós. Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são pessoas valiosas para nós.”

Kerexu Yxapyry: liderança da Terra Indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça/SC. Atualmente secretária de Direitos Ambientais e Territórios Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas. 

“Povos indígenas deste país, vocês existem e são valiosos para nós.”

Neon Cunha: Mulher negra, ameríndia e trans, uma das maiores ativistas LGBTQIAP+ que arriscou a vida para que pessoas trans pudessem retificar nome e gênero sem a necessidade de judicialização.

“Pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, inter-sexo e não binárias vocês existem e são valiosas para nós”.

Maria da Penha: ativista e farmacêutica nascida em Fortaleza, no Ceará. Sua luta em nome das mulheres vítimas de violência doméstica resultou na criação da Lei Maria da Penha (Lei Nº 11.340). 

“Pessoas em situação de rua, vocês existem e são valiosas para nós. Pessoas com deficiência, pessoas idosas, anistiados, filhos de anistiados, vítimas de violência (...)” 

Mirtes Santana: Ex-empregada doméstica que começou a fazer curso de direito e se tornou ativista após a morte do filho, de 5 anos, em junho de 2020, em Recife. 

“(...) vítimas da fome e da falta de moradia, pessoas que sofrem com a falta de acesso à saúde, companheiras empregadas domésticas, todos e todas que sofrem com a falta de transporte”.

Amelinha Teles: jornalista e escritora torturada na Ditadura Militar. Uma das principais vozes que denunciam os abusos praticados durante o regime e atua em diversas frentes relacionadas ao tema.

 “Todas e todes que tem seus direitos violados, vocês existem e são valiosos para nós! Com esse compromisso quero ser ministro de um país que põe a vida e a dignidade em primeiro lugar!”

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