Anielle Franco: do CPX da Maré para o Ministério da Igualdade Racial

Por Kelly Ribeiro

Anielle Franco agora é ministra da Igualdade Racial. A pasta é uma das promessas de campanha do presidente Lula (PT), assim como o Ministério dos Povos Indígenas, assumido por Sônia Guajajara.

A ministra da Igualdade racial é educadora, jornalista, escritora, ativista pelos Direitos Humanos, feminista preta, mãe, doutoranda, diretora do Instituto Marielle Franco e irmã de Marielle.

Cria do complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é dona de um extenso currículo em renomadas instituições dentro e fora do país. 

É formada em Jornalismo e Inglês pela Universidade Central da Carolina do Norte, bacharel-licenciada em Inglês/Literaturas pela UERJ, mestra em Jornalismo e Inglês pela Universidade da Flórida A&M. 

Além de mestra em Relações Étnico-Raciais pelo CEFET/RJ. Agora faz doutorado em Linguística Aplicada na UFRJ.

Anielle também foi jogadora profissional de vôlei, passando por clubes como Vasco e Flamengo. Por conta disso, ganhou uma bolsa esportiva para estudar nos Estados Unidos, aos 16 anos. 

Lá estudou em diversas escolas, como a Navarro College e a Florida A&M University – as duas últimas consideradas instituições historicamente negras dos EUA.

Essa formação a influenciou a pensar de maneira antirracista e a se entender mais enquanto mulher negra. Além de lhe apresentar pensadores negros como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.

Após o brutal assassinato da irmã, em 2018, fundou o Instituo Marielle Franco e se tornou referência na defesa dos direitos humanos e das mulheres negras e periféricas. 

Em 2022, lançou o livro "Minha irmã e eu", que reúne cartas que escreveu para Marielle após o crime em 14 de março de 2018, e memórias da infância de ambas e da vida juntas.

À frente do instituto, ela lidera iniciativas de impacto nacional. Em 2020, por exemplo, lançou a Plataforma Antirracista nas Eleições para apoiar candidaturas negras nas eleições municipais.

Também já coordenou um mapeamento da violência política de raça e gênero no Brasil para levantar os direitos políticos das mulheres negras no país. E se comprometeu a fazer muito mais como ministra. 

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