Lésbicas que escreveram a história

Por Daniela Valenga

Negra, lésbica, mãe, feminista, escritora e filha de imigrantes caribenhos, lutava contra as múltiplas opressões que sofreu durante a vida.

Audre Lorde (EUA, 1934-1992) 

Uma das pioneiras dos conceitos de feminismo interseccional e autocuidado feminino: “Cuidar de mim mesma não é autoindulgência, é uma autopreservação e isso é um ato de guerra política”.

Primeira mulher na era moderna, que se tem registros, a abordar publicamente ser lésbica, durante um discurso em 1904.

Theo Anna Sprüngli (Alemanha, 1880-1953) 

Publicou uma série de contos sobre temas lésbicos em 1906. Depois, desapareceu inteiramente do registro histórico até sua morte em 1953.

Jornalista, fez parte do movimento para que a Associação Americana de Psiquiatria removesse homossexualidade da categoria de doença mental.

Barbara Gittings (EUA, 1932 - 2007) 

Contribuiu para a promoção de literatura positiva sobre gays e lésbicas. A Associação Americana de Bibliotecas deu o nome de Prêmio Barbara Gittings à premiação anual de melhor romance gay ou lésbico.

Escritora, cofundou The Furies, um coletivo de jornal feminista lésbico em 1971. Publicou, em 1973, o romance Rubyfruit Jungle, quebrando estereótipos relacionados às lésbicas na época.

Rita Mae Brown (EUA, 1944 - ) 

Foi expulsa da Organização Nacional para as Mulheres dos EUA e lutou para conseguir que o movimento feminista aceitasse as lésbicas.

Jornalistas, fundaram, em 1955, o Daughters of Bilitis, primeira organização social e política para as lésbicas nos EUA. 

Del Martin (EUA, 1921 - 2008) e Phyllis Lyon (EUA, 1924 - 2020) 

Ativas na Organização Nacional para Mulheres dos EUA desde 1967, Del Martin foi a primeira mulher abertamente lésbica eleita para o conselho de administração.

Em 2004, receberam uma licença de casamento. Em junho de 2008, casaram novamente após a Suprema Corte da Califórnia legalizar o casamento homossexual. Del Marti faleceu em agosto daquele ano.

Judia, militante lésbica e feminista. Uma das principais articuladoras do levante do Ferro’s Bar, conhecido como “Stonewall Brasileiro”.

Rosely Roth (Brasil, 1959 - 1990)

Integrava o Grupo de Ação Lésbica Feminista e foi a primeira lésbica a falar abertamente sobre sexualidade e identidade na televisão, em 1985, no programa da apresentadora Hebe Camargo.