o primeiro jornalista trans na bancada do Roda Viva

Caê

Por Daniela Valenga

“Hoje eu entendo que comecei a me perceber um homem trans em 2015”, Caê Vasconcelos, o primeiro jornalista trans a participar da bancada do Roda Viva. 

Foto: Arquivo Pessoal

Caê começou a escrever sobre Direitos Humanos na graduação, após o caso das agressões contra Verônica Bolina, presa em uma delegacia masculina, agredida e exposta pelos agentes penitenciários. 

Foto: Sérgio Silva

Ali Caê descobriu que queria que seu jornalismo seguisse o caminho dos Direitos Humanos. “Eu pensava que era uma investigação jornalística que estava nascendo”, descreve. 

Foto: Paula Rodrigues

Em 2017, o TCC de Caê foi um livro reportagem sobre pessoas trans, que será publicado em breve.

Foto: Caê com a mãe, falecida em 2017, e irmã, no ano de defesa do TCC

“Foi a primeira vez que sentei com homens trans para poder entrevistá-los e a primeira vez que realmente veio a dúvida na minha cabeça ‘será que eu sou uma pessoa trans também?’”.

Foto: Paula Rodrigues

Em Dezembro de 2019, Caê assistiu ao filme Bixa Travesty, sobre a trajetória da cantora transexual Linn da Quebrada. “Entrei no cinema achando que era uma pessoa cis, saí com 100% de certeza que era trans”.

Vídeo: reprodução

No começo de março de 2020, Caê contou para a irmã mais nova. Foi ela quem contou para os outros membros da família, que souberam durante a pandemia.

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu tenho um privilégio, porque todo mundo da minha família me acolheu, seja quem está mais perto ou mais longe. Meus tios, por exemplo, brigam para ver quem é mais fofo.”

Foto: Arquivo Pessoal

Caê diz que sua pessoa preferida no mundo é a avó, Dona Raimunda, de 77 anos. "Ela sempre me acolheu, entendeu e aceitou”, conta.

Foto: Arquivo Pessoal

Em maio de 2020, Caê procurou o SUS para iniciar a terapia hormonal, mas a unidade estava fechada por conta da pandemia e falaram para ele voltar quando a pandemia acabasse.

Foto: Olavo Costela

Como estava em um trabalho fixo, decidiu fazer o tratamento pela rede particular. Em setembro deste ano, Caê fez a mastectomia, cirurgia para retirada das mamas.

Foto: Arquivo Pessoal

Em fevereiro de 2021, em 35 anos de programa, Caê foi o primeiro jornalista a participar da bancada do Roda Viva. A entrevistada do dia foi a vereadora Erika Hilton, de São Paulo.

Foto: Reprodução

Vídeo: Reprodução

Vídeo: Reprodução

 É importante reconhecer que foi muito histórico, mas eu quero mais pessoas trans sentadas na bancada para falar sobre todos os temas”, defende Caê.

"

"

Caê escreve para veículos como a Ponte Jornalismo e Agência Mural. Suas pautas estão centradas nos Direitos Humanos e nas vivências trans.

Foto: Alice Vergueiro

Para ele, o jornalismo não pode mais reproduzir os estereótipos e preconceitos de gênero e achar que isso é ampliar a voz para os dois lados, porque um deles sempre teve espaço. 

Foto: Arquivo Pessoal

Quer conhecer mais histórias de pessoas trans?