5 fake news sobre os golpistas detidos em Brasília
Por Daniela Valenga
Foram detidas mais de 1500 pessoas após os atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro. Os detidos seguem com os celulares e com a produção de desinformação nas redes sociais.
Os detidos são submetidos aos procedimentos de polícia judiciária. Após os trâmites realizados pela Polícia Federal, são apresentados à Polícia Civil do Distrito Federal.
A Polícia Civil é responsável pelo encaminhamento deles ao Instituto Médico Legal e ao sistema prisional. Confira mentiras sobre as detenções e tratamento dado aos presos:
1.Campo de concentração É assim que a extrema direita define a quadra onde estão os detidos. Autoridades no tema dizem que a comparação é ilógica e minimiza a morte de 6 milhões de pessoas no Nazismo.
“O respeito às vítimas dos campos de concentração nazistas requer conhecimento básico do que é um sistema democrático, seus direitos e deveres, e as consequentes responsabilidades”, escreveu o Museu do Holocausto.
2.Morte de idosaA deputada Bia Kicis (PL-DF) disse na tribuna que uma idosa morreu na quadra. A fake foi compartilhada nas redes sociais. A família nega a informação. A imagem é de banco de fotos.
Deolinda Tempesta Ferracini, idosa da imagem, faleceu em 2022 por AVC. A neta dela descreve a fake news como “porca e nojenta”.
3.Idosos e criançasMensagens disseminadas nas redes sociais também dizem que idosos e crianças são mantidas na quadra. A Polícia Federal desmentiu a informação.
“Por questões humanitárias foram liberados 599 detidos, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças”, publicou a PF.
4.Água e comida
Outra informação disseminada é que as pessoas detidas estão sendo mantidas sem alimentação e água. Isso também foi desmentido pela Polícia Federal.
“Todos estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico, quando necessário”, diz a PF.
5.Sem acesso à lei
Os detidos também alegam não ter acesso ao direito de defesa e outros direitos humanos, o que já foi desmentido pela Polícia Federal e por advogados que se apresentaram para a defesa.
“Os procedimentos estão sendo acompanhados pela OAB, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF, SAMU e Defensoria Pública da União”, fala a PF.
Além disso, reportagem do Estadão mostra que advogados de Brasília estão promovendo um “feirão” de defesa dos detidos. Ou seja, eles têm acesso aos profissionais.
Relembre os atos antidemocráticos nas rodovias do país após o resultado das eleições de 2022.