Por quais pautas marcharemos neste 8 de março?

Por Daniela Valenga

As pautas deste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, refletem a diversidade de demandas no Brasil, que convergem entre si, destacando a ampla gama de desafios dos feminismos.

Organizamos uma lista que reúne pautas deste 8M com base nos motes das mobilizações em todo o país. 

Esses slogans têm a proposta de compactar  as demandas dos movimentos, oferecendo respostas à conjuntura política.

A descriminalização e legalização do aborto está entre as pautas mais presentes nas mobilizações pelo país. 

“Pela legalização do aborto”

São Paulo, por exemplo, levou para o mote: “Nas ruas pela vida das mulheres e pela legalização do aborto”.

O combate a todas as formas de violência também é uma demanda comum. 

“Contra as violências”

O 8M Pará traz como mote: “Pela Vida das Mulheres, da Amazônia à Palestina, nenhuma a menos!”.

A violência contra as palestinas também é destaque nas chamadas. O Ministério da Saúde Palestino afirma que mulheres e crianças são 70% dos mortos.

“Pela paz, contra o genocídio do povo Palestino!”

É o que traz, por exemplo, o slogan do Distrito Federal: “Pela paz, contra o genocídio do povo Palestino! Pela vida de todas as Mulheres! Não ao feminicídio e ao transfeminicídio!

O mote do 8M SC - Florianópolis aponta que, infelizmente, o luto pelas violências machistas atravessa todas e todes, que resistem ao patriarcado, por isso a importância da convergência dos feminismos.

“TRANSformando luto em lutas”

Com o Brasil liderando as estatísticas de assassinatos de pessoas trans, a chamada enfatiza a necessidade urgente do pacto transfeminista em coalizão, frente aos grupos políticos fundamentalistas e conservadores.

A Comissão Nacional da Verdade afirma que, durante a ditadura brasileira, ao menos 434 pessoas morreram ou desapareceram. Essa verdade histórica é recordada neste 8 de março.

“Ditadura nunca mais”

O mote do 8M Piauí traz a luta das mulheres contra o regime: “Ditadura nunca mais - Mulheres na rua em defesa do orçamento público e contra à violência, o fascismo e o genocídio na Palestina”.

Conforme a pesquisadora Samantha Lodi, combater o fascismo é ir contra os preconceitos, os discursos de ódio, a violência e a banalização da morte.

“Contra o fascismo”

A mobilização no Espírito Santo chama para essa luta: “Contra o capitalismo! Contra o fascismo! Contra o neoliberalismo e suas contrarrefomas que trazem morte!

Mais do que um ato para denunciar as violências a que estamos expostas, o 8 de março é um momento de esperançarmos dias melhores.

“Diversidade, solidariedade e vida digna”

É o que nos lembra o chamado de Minas Gerais: “Parem de nos matar! Diversidade, solidariedade e vida digna a todas mulheres do mundo!”.

Acompanhe mais conteúdos como esse no jornalistmo feminista do Catarinas.

Imagens: Agência Brasil e Mídia Ninja.