Mulheres estudam mais, mas têm menos presença no mercado de trabalho

Por Daniela Valenga

A taxa de participação das mulheres na força de trabalho em 2022 foi de 53,3%, enquanto a dos homens foi de 73,2%.

45,4% das mulheres pretas ou pardas estavam no mercado de trabalho informal. Entre os homens brancos, a taxa é de 30,7%.

Cerca de 23% das mulheres de 15 a 24 anos não estavam em treinamento, ocupadas ou buscando trabalho.

A menor participação no mercado de trabalho não reflete o nível de escolaridade, no qual, as mulheres apresentam números mais altos.

Em 2022, 35,5% dos homens com 25 anos ou mais não tinham instrução ou não tinham concluído o nível fundamental. Entre as mulheres da mesma faixa etária, essa proporção era de 32,7%.

Os percentuais de nível superior completo eram de 16,8% entre os homens e de 21,3% entre as mulheres.

A proporção de mulheres brancas que tinham completado o nível superior era 29%, enquanto de pretas ou pardas era de 14,7%.

Os dados de 2022 indicam que as mulheres seguem dedicando quase o dobro de tempo que os homens aos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos.

Enquanto as mulheres dedicavam, em média, 21,3 horas semanais ao trabalho do cuidado, os homens gastaram 11,7 horas.

As mulheres pretas ou pardas dedicavam 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas.

O rendimento das mulheres era, em média, 21% menor do que o dos homens.

Cerca de 32,3% das mulheres do país estavam abaixo da linha de pobreza. Entre as pretas e pardas, o número era de 41,3%.

Os dados fazem parte do estudo Estatísticas do Gênero, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Imagens: Unsplash, Freepik e Agência Brasil.