A Parada do Orgulho LGBTQIA+ começou com uma revolta

Por Daniela Valenga

Fotos: Unsplash e reprodução

Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+. Por todo o mundo, em períodos sem pandemia, acontecem Paradas que celebram o orgulho e lembram as lutas da comunidade.

A programação celebra o 28 de junho,  Dia Internacional do Orgulho LGBT, data que relembra uma mobilização histórica: a Revolta de Stonewall.

Na década de 1960, relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas ilegais nos Estados Unidos. Por isso, bares e clubes funcionavam como um refúgio para essas pessoas.

Um desses bares era o Stonewall Inn. O bar foi comprado pela família Genovese em 1966 e transformado em um bar para a comunidade LGBT+. 

Stonewall Inn era conhecido por acolher os membros mais marginalizados da comunidade, como pessoas negras, pobres e drag queens.

Em 28 de junho de 1969, a polícia de Nova Iorque chegou ao Stonewall Inn com um mandato para fazer inspeção. Treze pessoas foram presas, entre eles funcionários e frequentadores do bar.

No lado de fora, não houve dispersão como costumava haver em situações como essa. O tratamento agressivo dos policiais, como bater a cabeça de uma mulher em uma viatura, gerou revolta.

Membros da comunidade que estavam na região se juntaram e iniciaram uma revolta. A polícia precisou se proteger dentro do bar e os manifestantes continuaram até outros policiais chegarem ao local.

Após esse movimento em frente ao Stonewall Inn, manifestações ocorreram nos arredores da cidade por cinco dias e envolveram milhares de pessoas.

Um ano depois da Revolta de Stonewall, milhares de pessoas marcharam do local do bar até o Central Park. Essa marcha foi reconhecida como a primeira parada gay dos Estados Unidos.

No ano seguinte, houve marchas para relembrar Stonewall em diversos locais dos Estados Unidos e Europa. Hoje, a Marcha do Orgulho LGBTQIA+ ocorre por todo o mundo.