17 de maio: Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia

Por Kelly Ribeiro

Fotos: Pexels e reprodução

O Dia Internacional da luta contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia é celebrado em 17 de maio. A data busca conscientizar sobre os direitos da população LGBTQIA+ e as discriminações sofridas por ela.

Esse dia foi escolhido como simbólico porque em 1990 a OMS retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde.

A homossexualidade foi reconhecida como um traço de personalidade e o termo “homossexualismo” foi abolido. Pelo mundo todo, acontecem marchas, beijaços e protestos para marcar a data.

Apesar dos avanços, dados mostram que o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo.

É o que revela a Associação Nacional de Travestis e Transexuais no Dossiê dos Assassinatos e da Violência Contra Pessoas Trans Brasileiras 2020, entregue ao Fundo de População das Nações Unidas.

No atual governo, a população LGBTQIA+ viu o temor do retrocesso nos direitos adquiridos se concretizar, com ações conservadoras e retrógradas sendo endossadas pelo presidente.

Ao longo da pandemia da Covid-19, estima-se que, durante os períodos de isolamento mais restrito, a população também ficou mais exposta a violências domésticas, assim como aconteceu com as mulheres.

Diante de tanta vulnerabilidade, as casas de acolhimento têm sido uma alternativa de apoio para a comunidade LGBTQIA+ que não encontra amparo dentro de casa e menos ainda em políticas públicas.

Entre elas, Casa Aurora (Salvador, BA), Casa Nem (Rio de Janeiro, RJ), Casa Miga (Manaus, AM), Astra LGBT (Aracaju, SE) e Casa Transformar (Fortaleza, CE), que operam com pouco ou zero verba pública.

Em ano eleitoral, cabe destacar que houve um aumento significativo do número de candidaturas LGBTQIA+ no último pleito. Foram mais de 500, em capitais e cidades, segundo mapeamento da #VoteLGBT.

É o caso das vereadoras Mônica Benício (PSOL), eleita no Rio de Janeiro,

Erika Hilton (PSOL), eleita em São Paulo capital, e

Duda Salabert (PDT) em Belo Horizonte.

A existência de representantes LGBTQIA+ em espaços de poder público é fundamental para a articulação dessa comunidade e a criação de políticas que assegurem os devidos direitos à essa população.