O livro que inspirou a segunda onda do feminismo localiza o imaginário social construído sobre as norte-americanas no início dos anos 60, mas permanece atual. Um fenômeno centraliza o papel da mulher sob o ponto de vista do consumo e afasta-as da sua construção como sujeito, anulando a sua própria personalidade e gerando frustrações e problemas de ordem social e psicológica. A tradução para a língua portuguesa foi feita por Rose Marie Muraro, feminista brasileira falecida em 2014 e que deixou como legado mais de 40 títulos próprios e traduções fundamentais à formação feminista. “A denúncia de Friedan não se aplica apenas aos Estados Unidos. Com a costumeira defasagem, a sociedade brasileira também se aproxima dos padrões mais elevados do consumo, principalmente nas grandes cidades. O problema por ela levantado começa, também, a ser o problema da mulher brasileira urbana”, escreveu Rose Marie no prefácio da edição de 1971. Acesse aqui.

Ana Claudia Araujo

Jornalista (UPF/RS), especialista em Políticas Públicas (Udesc/SC), mãe de ninja.

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