Ícone nacional do movimento Escola Sem Mordaça, a professora e historiadora Marlene de Fáveri, receberá a Comenda do Legislativo Catarinense, na próxima segunda-feira (20), em Sessão Solene, às 19h, no plenário. A deputada estadual Ana Paula Lima (PT), que tem entre as prioridades do seu mandato a ampliação dos espaços para as mulheres e o enfrentamento à violência, é a autora da indicação para que a professora receba a maior honraria da Assembleia Legislativa.

Marlene é reconhecida por sua atuação na defesa dos direitos e visibilidade das mulheres e por uma sociedade inclusiva, sem discriminações e preconceitos. Conforme a deputada, a professora representa, por meio de sua produção intelectual e ensino, as pautas do mandato. “O trabalho que a professora Marlene de Fáveri tem realizado ao longo de sua carreira, e também sua postura como cidadã, que busca fortalecer as mulheres e contribuir com as transformações numa cultura machista, misógina e violenta, merece o nosso reconhecimento. Ao contribuirmos com o justo reconhecimento ao trabalho dessa respeitada educadora, estamos valorizando também a luta das mulheres, que ela representa. É uma personalidade que nos orgulha tanto por sua dedicação aos estudos sobre gênero como por sua postura firme contra o ódio e a intolerância”, assinala Ana Paula.

Conheça o caso Marlene de Fáveri

Sobre a homenageada
Professora concursada na UDESC (1996), Marlene de Fáveri atua no Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História dessa universidade, onde é coordenadora do Grupo de Pesquisa “Relações de Gênero e Família” (CNPQ), e do Laboratóriode Relações de Gênero e Família (LABGEF), no Centro de Ciências Humanas e da Educação. Também é membro do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e uma das editoras da Revista Estudos Feministas (REF).

Integra também o Grupo de Trabalho Nacional de Gênero na Associação Nacional dos Professores de História, tendo sido da diretoria da ANPUH Estadual por várias gestões, e organizado dois dossiês na Revista Fronteiras – Revista de Historia da ANPU Estadual SC. Atualmente, leciona História da América, Metodologia da Pesquisa Histórica,  História de Santa Catarina, História e Relações de Gênero na graduação e na Pós Graduação em História da UDESC, e  orienta dissertações, teses, projetos e monografias.

Além da dedicação ao ensino, Marlene de Fáveri também é Como escritora. Destaca-se a publicação Moços e moças para um bom partido: Itajaí, a construção das elites (1929-1960), pela Editora da Univali (1997 e 2a edição em 1999), e Memórias de uma (outra) guerra: cotidiano e medo durante a Segunda Guerra em Santa Catarina, lançado em novembro de 2004, e 2a edição em 2005 (Ed. da Ufsc e Univali), com o qual recebeu o prêmio “Lucas Alexandre Boiteux – História”, concedido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGB/SC), ano de 2005.

Publicou em co-autoria  o livro, cronista da cidade (2008), e Irene Boemer – dama do Rádio, cronista da cidade  (Ed. Mariadocais, 2008), e co-organizou os livros Leituras em Rede: gênero e preconceito (ed. Mulheres, 2007), e  Prostituição em áreas urbanas – histórias do Tempo Presente (Ed. UDESC, 2010).

Também fundou, com outros poetas, o Grupo de Poetas e Escritores Mario Quintana, em 1987, em Itajaí, publicando poesias e contos, com diversos prêmios.

 

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