No decorrer da viagem vi muita garra​ na delegação. Estava claro para todos qual era o foco da nossa bandeira: dar um basta na barbárie que esse presidente ilegítimo está fazendo. Quanto mais perto estávamos do nosso destino a adrenalina aumentava. Com o término de 34 horas de viagem chegamos ao destino tão esperado Brasília.

Estávamos ali prestes a iniciar o nosso compromisso, cobrar, representar a classe trabalhadora. Todos os momentos foram de emoções fortes, a quantidade de ônibus no estacionamento nos chamou a atenção. Pois, quanto mais próximos da concentração, o número de manifestantes aumentava e a certeza se confirmava por dentro, que valia a pena está ali lutando pelos nossos direitos.

O ato foi surpreendente, eram muitos​ manifestantes numa só voz, em um coro dizendo FORA TEMER E NENHUM DIREITO A MENOS entre outras reivindicações, dessa classe que está cansada de tanta exploração e desmando por parte desse sistema que quer nos escravizar, nos calar a qualquer custo. Sabíamos que tinham limitado nosso ato, impedindo nossa aproximação ao Planalto. Não abandonamos nossa bandeira. A adrenalina era muito grande, a sensação maravilhosa pois a manifestação só aumentava. Mas, infelizmente os ataques, as brutalidades por parte dessa polícia que tem lado, logo iniciaram, com prisões, agressões sem medidas. Ouvimos um barulho, não tínhamos visão do local que estávamos, mas sentimos um odor que aos poucos foi aumentando era PIMENTA, já imaginávamos o que iríamos enfrentar. Não ​tivemos dúvidas e demos continuidade ao ato, mas conforme íamos nos aproximando o clima ficava tenso. Pois o aparato policial era muito forte e já nos mostrava que eles estavam dispostos a nos impedir e nos amedrontar custe o que custar. Nós, enquanto classe trabalhadora, estávamos firmes e fortes.

A brutalidade foi desnecessária, pois nosso ato era apenas para reivindicar nossos direitos. O desejo era de pular aquelas grades e adentrar ao espaço que jamais deveria ter algum impedimento da nossa permanência, pois se tratando de um órgão público que é nosso de direito.

O extremo da brutalidade posto por esse sistema que não nos representa foi de colocar helicópteros para nos atacar mais, pois até então não tinha sido o suficiente na sua visão. É revoltante presenciar esse tipo de barbárie. Mas, fortemente os manifestantes deram seu recado até o último momento com a mesma garra desde o início contra esse presidente ilegítimo e esse sistema corrupto que não nos representa.

Por isso, é de extrema importância continuar contra atacando, reivindicando e exigindo nossos direitos.

#Juntossomosmaisfortes

Fabiana Paiva é servidora da Comcap e diretora do Sindicatos de trabalhadores do serviço público municipal de Florianópolis.

O jornalismo independente e de causa precisa do seu apoio!


Fazer uma matéria como essa exige muito tempo e dinheiro, por isso precisamos da sua contribuição para continuar oferecendo serviço de informação de acesso aberto e gratuito. Apoie o Catarinas hoje a realizar o que fazemos todos os dias!

Contribua com qualquer valor no pix [email protected]

ou

FAÇA UMA CONTRIBUIÇÃO MENSAL!

Últimas