devastada a pele
a cor intensa da dor
nua, flor, a singeleza dos ais
estancam as lágrimas
a lama, o sangue
escorrem pelas avenidas iluminadas
banham o chão das margens
na madrugada
o pesadelo se repete
o suor encharca
o fim de cada estação
a sofreguidão transborda
os vazios dos corações
ao fundo, fúnebre,
a canção rememora os mortos
as malas desfeitas
os sonhos desabitados
a solidão faz morada
sobre uma multidão ensandecida
nas correntezas do desamor
mundano, nu, a flor
a pele devastada

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